Friday, November 22, 2024
InícioUncategorizedUma Crítica ao Intervencionismo

Uma Crítica ao Intervencionismo

III. LIBERALISMO SOCIAL

1.      INTRODUÇÃO [1] 

Heinrich Herkner, Presidente da Associação para a Política Social, recentemente publicou sua autobiografia com o subtítulo: The Life of a Socialist of the Chair (A vida de um socialista de cátedra).   Nela propôs-se a “facilitar uma compreensão da era em que se encerrou o ciclo do socialismo acadêmico alemão” [2] .   De fato, não se pode negar que os Socialistas de Cátedra [3] disseram tudo o que pretendiam dizer: aliás, parece mesmo que sua supremacia está agora em declínio.   Portanto, é hora de fazer um balanço de suas realizações.

Por ocasião do septuagésimo aniversário de Gustav Schmoller, os mais eminentes membros da Escola Histórico-Realista reunidos, elaboraram uma extensa obra em que apresentavam os resultados dos esforços da economia alemã, durante o século XIX[4].   Nunca se fez um resumo das 40 monografias deste livro.   O prefácio afirma claramente que o estudo da natureza e da extensão do progresso da ciência econômica alemã como um todo deve ser reservado para análise futura [5].

Se alguém tivesse tentado elaborar essa análise, sem dúvida se teria desapontado.   O resumo, mais do que as monografias individualmente, teria revelado que a Escola atingiu muito poucas de suas metas.   Teria mostrado como a Escola, toda vez que tocava em questões fundamentais, não podia deixar de apropriar-se de descobertas de outra escola teórica que menosprezava.   Em todas as contribuições dessas monografias, que atingem apenas parcialmente o objetivo a que se propõem, evidencia-se o trabalho dos teóricos em economia, apesar de eles estarem separados da Escola Histórico-Realista e serem por ela criticados.   No que diz respeito a salários, por exemplo, Bernhard, autor de uma das monografias, chega à conclusão de que “a Escola Histórico-Estatística mal abordou o principal problema relativo a salários”.   Iniciou investigações detalhadas, mas sobre as grandes questões, acabou por confessar “que os processos eram mais complexos do que todas as detalhadas pesquisas realizadas por nós”.   Não haveria novas pesquisas na Alemanha, não fosse pela ação da Escola Austríaca, conhecida por abstrata [6].   Se isso se aplica aos salários—tópico sobre o qual os Socialistas de Cátedra adoravam fazer comentários —, o que não se poderá dizer de todos os outros problemas!

Também consideramos superficiais e falhas todas as outras coleções de ensaios que essa Escola publicou.   Em Outlines of Social Economics, os economistas austríacos preocupavam-se com a história do pensamento e a teoria econômica.   E as contribuições clássicas de Menger, Böhm-Bawerk, Wiese e de alguns outros “teóricos” representam os únicos ensaios de interesse permanente na coleção de dez mil páginas da terceira edição do Handbook of Social Sciences.   

Há, contudo, um outro abrangente Festschrift, (volume biográfico comemorativo, escrito por vários autores), que procura apresentar a ciência inteira em monografias.   Mas há sinais de que estas coleções, que abrangem problemas heterogêneos, torturam leitores e estorvam bibliotecários, estão sendo, gradativamente substituídas por compilações que tratam de apenas um grupo de problemas.   Por ocasião do octogésimo aniversário de Lujo Brentano, o veterano decano do socialismo acadêmico dentro e fora da Alemanha, seus alunos publicaram Economics After the War [7].

Naturalmente, a qualidade das contribuições individuais varia muito.   Não é preciso ressaltar que os 29 colaboradores trabalharam independentemente e não tomaram conhecimento das teorias e ideologias uns dos outros.   Mas uma linha comum aparece em todos os trabalhos, especialmente naqueles que os editores consideram mais importantes e que Brentano, provavelmente, lia com a maior satisfação: a intenção de defender e elaborar o “sistema Brentano”.   As condições externas para tal tarefa são menos favoráveis hoje do que eram há 17 anos.   Quando surgiu o Festschrift de Schmoller, o socialismo acadêmico e a economia da Escola Histórico-Realista estavam no auge de sua reputação e influência política.   Houve uma grande mudança desde então.   O Festschrift de Schmoller tinha o som de uma fanfarra.   O Festschrift de Brentano exige uma discussão.

 

 

2.      SOCIALISMO DE CÁTEDRA

 

O socialismo acadêmico não é uma ideologia homogênea.   Sendo o sindicalismo concorrente do socialismo—embora não se faça, com frequência, uma distinção nítida entre eles há duas escolas de pensamento no Socialismo de Cátedra: a Escola Socialista (socialismo estatal ou estatismo) e a Escola Sindicalista (às vezes chamada “liberalismo social”).

Socialismo e sindicalismo são antagonistas implacáveis, e duas ideologias que, por sua vez, opõem-se de forma irreconciliável ao liberalismo.   Nenhum argumento capcioso pode ignorar o fato de que o controle direto sobre os meios de produção só pode ficar ou com os indivíduos, ou com a sociedade como um todo, ou com as associações de trabalhadores de cada indústria.   A política, nunca pode ter êxito em dividir o controle direto sobre certos meios de produção entre a sociedade (o estado), os sindicatos, e os indivíduos.   A propriedade, sob a forma de controle direto dos meios de produção, é indivisível.   É verdade que pode haver uma ordem social na qual alguns meios são propriedade do estado ou de outros órgãos administrativos, alguns, dos sindicatos, e alguns, de indivíduos.   Neste sentido, pode haver socialismo parcial, sindicalismo parcial, e capitalismo parcial.   Contudo, nunca pode haver um acordo entre socialismo, liberalismo e sindicalismo com relação a esses mesmos meios de produção.   Esta incompatibilidade fundamental e lógica das três ordens sociais concebíveis tem, muitas vezes, ficado obscurecida na teoria e na política.   Todavia, ninguém jamais teve êxito em criar uma ordem social que pudesse ser chamada de síntese—ou mesmo de reconciliação—dos princípios em conflito.

O liberalismo é a ideologia que considera a propriedade privada dos meios de produção como o único alicerce possível ou, pelo menos, o melhor que se pode conceber para a sociedade com base na divisão de trabalho.   O socialismo procura transferir a propriedade dos meios de produção para as mãos da sociedade organizada, do estado.   O sindicalismo quer transferir o controle dos meios de produção para a associação de trabalhadores nos ramos individuais de produção [8].

O socialismo estatal (estatismo, também socialismo conservador) e os sistemas correlatos de socialismo militar e socialismo cristão almejam a formação de uma sociedade na qual “a administração da propriedade é reservada aos indivíduos”, mas seu emprego é supervisionado e orientado pela coletividade como um todo, de modo que “formalmente a propriedade é privada, mas essencialmente é pública [9].   O fazendeiro, por exemplo, torna-se funcionário público, devendo cultivar aquilo de que o país precisa, de acordo com seu conhecimento e consciência, ou por ordem governamental.   Receber sua participação e um salário que lhe garanta o sustento, é tudo o que pode exigir” [10].   Algumas empresas grandes são transferidas diretamente para o estado ou para a comunidade; todas as outras permanecem formalmente nas mãos de seus proprietários, mas devem ser administradas de acordo com o plano das autoridades.   Desta forma, toda empresa torna-se uma repartição pública e toda ocupação, um “compromisso”,

Houve época em que ainda foram feitas sérias considerações com relação ao programa socialdemocrata, no sentido de se proceder à transferência formal do controle de todos os meios de produção para o controle da sociedade, parecia existir uma diferença considerável—embora não fundamental—entre o programa dos estatistas e o dos sociais democratas.   Hoje o programa socialdemocrata simplesmente pede a nacionalização imediata de grandes empresas, e reivindica para lojas comerciais e propriedades rurais, o controle do estado.   Neste sentido, estatistas e socialistas estão muito mais próximos do que estavam há cerca de uma década.

Entretanto, a diferença fundamental entre os ideais sociais do estatismo e os dos sociais democratas estava no problema de distribuição de renda e não no programa de nacionalização.   Para os sociais democratas estava fora de dúvida de que todas as diferenças de renda deviam desaparecer.   O estatismo, porém, tencionava distribuir a renda de acordo com a “dignidade”.   Cada um devia receber de acordo com sua posição.   Neste ponto, também, a diferença que separava socialdemocratas de estatistas diminuiu consideravelmente.

Estatismo também é socialismo genuíno, embora possa diferir, em alguns aspectos, do socialismo doManifesto Comunista e do Programa de Erfurt.   Essencial apenas é seu posicionamento quanto ao problema da propriedade privada dos meios de produção.   Como os Socialistas de Cátedra representavam o estatismo e exigiam a nacionalização das grandes empresas, bem como a supervisão e o controle pelo governo, de todas as outras, os estatistas adotaram a política socialista.

Mas nem todos os Socialistas de Cátedra foram estatistas.   Lujo Brentano e sua Escola promoveram um programa sindicalista, embora, em muitas questões da política cotidiana, tenham-se unido aos outros Socialistas de Cátedra e tenham lutado, juntamente com os socialdemocratas, contra o liberalismo.   Como já dissemos, seu sindicalismo não é mais definido e direto que o de qualquer outro programa.   Na realidade, é tão contraditório, acarretando consequências tão absurdas, que nunca poderia ser inabalavelmente defendido.   Brentano dissimulava sua posição cuidadosamente, mas, não obstante, era um sindicalista.   Essa posição tornou-se muito clara, quando Brentano tratou dos problemas de coerção e de greves dos sindicatos, bem como da proteção aos trabalhadores dispostos a trabalhar.

Se os empregados têm o direito de paralisar uma empresa, enquanto o proprietário tem o de rejeitar suas exigências, o controle de produção, em última análise, fica nas mãos dos sindicatos.   O problema não deve ser abafado pela confusão entre livre negociação coletiva—a liberdade dos trabalhadores de organizar-se—e a impunidade de trabalhadores que infringirem o contrato.   A proteção aos trabalhadores dispostos a trabalhar é uma questão inteiramente diferente.   Enquanto a paralisação do trabalho pelos trabalhadores de uma empresa ou de uma indústria inteira puder ser neutralizada pela contratação de trabalhadores provenientes de outras indústrias ou de uma determinada reserva de trabalhadores desempregados, os sindicatos não podem elevar os salários acima do que seriam pagos se não tivessem intervindo.   Mas tão logo a força física de trabalho—com consentimento tácito ou promoção explícita do estado—torne impossível substituir os grevistas, os sindicatos podem agir como quiserem.   Os trabalhadores de empresas “essenciais”, então, podem determinar, livremente, os salários.   Podem elevá-los tanto quanto quisessem, não fosse a preocupação com a opinião pública e com a suscetibilidade dos trabalhadores de outras indústrias.   De qualquer forma, todos os sindicatos têm, transitoriamente, a força de elevar os índices salariais acima daqueles que a situação econômica determinaria sem a intervenção do sindicato.

Quem quiser negar proteção a trabalhadores dispostos a trabalhar deverá preocupar-se em encontrar uma forma de lidar com o excesso de demandas por parte da mão de obra.   Não adianta apelar para que os trabalhadores tenham uma conduta razoável ou investir, com poderes de decisão, comitês de patrões e empregados.   Comitês com igual força de representação de ambos os lados só podem chegar a um acordo, se um dos lados fizer concessões.   Mas, se a decisão for tomada pelo estado—seja através de uma instância jurídica forte, seja por algum membro do comitê que represente o estado.  —a solução adotada será, novamente a do estatismo, justamente aquilo que se queria evitar.

Uma ordem social que recusa proteção àqueles dispostos a trabalhar não possui vitalidade e deve desintegrar-se rapidamente.   É por este motivo que todos os sistemas políticos, independentemente de quanto colaborem com os sindicatos, precisam, no final, opor-se à coerção dos sindicatos.   Sem dúvida, a Alemanha antes da guerra nunca se preocupou com uma legislação que garantisse proteção do governo àqueles que se dispunham a trabalhar; houve uma tentativa de estabelecimento de tais leis, que não teve êxito por causa da resistência de Brentano e de sua Escola.   Mas deve-se observar que a Alemanha, antes da guerra, podia facilmente esmagar uma greve em empresas essenciais, convocando-se os grevistas para o serviço militar ativo.   A Alemanha republicana de pós-guerra não dispõe mais dessa força.   E, contudo, apesar da supremacia do Partido Social Democrata, ela assumiu, com sucesso, uma posição contra greves nas empresas essenciais e, dessa forma, assegurou, expressivamente, proteção aos trabalhadores que queriam trabalhar.   Por outro lado, na Rússia soviética, as greves são absolutamente impossíveis.   Kautsky e Lênin concordam inteiramente que, aos trabalhadores que desejem trabalhar, deve ser permitido “furar” greves em instalações vitais.

 

O estatismo confia na experiência e no posicionamento dos representantes do governo.   Knapp afirma:

Nossos representantes estão aprendendo bem rápido como se passam as coisas durante um conflito de interesses econômicos.   Não deixarão as rédeas escaparem de suas mãos, nem mesmo para as maiorias parlamentares, que sabemos muito bem como manejar.   Nenhum poder surge com tanta facilidade nem é aceito com tanta satisfação quanto o de funcionários magnânimos e com muita instrução.   O estado alemão é burocrata, esperemos que permaneça sempre assim.   Deverá ser, então, bem fácil sobrepujar a confusão e os erros dos conflitos econômicos [11].

Brentano e sua Escola não tinham essa fé na infalibilidade dos funcionários do governo, e nisso baseavam até sua pretensão de serem “liberais”.   Mas, com o passar dos anos, as duas escolas aproximaram-se muito: a Escola de Brentano defendia a nacionalização ou municipalização de diversas empresas, e a Escola de Schmoller enfatizava a atividade dos sindicatos.   Por muito tempo, suas posições quanto à política do comércio exterior separaram as duas escolas.   Brentano rejeitava o protecionismo, enquanto este era a meta perseguida pela maioria dos estatistas.   Nesse particular os estatistas fizeram algumas concessões: esta mudança revelava uma resolução ambígua em relação ao livre comércio, planejada em 1923 por professores universitários, que se encontravam em Stuttgart.

O próprio Brentano procurou descrever as diferenças entre as duas escolas nas questões fundamentais de política social, como se pode ver a seguir:

 Ambos estamos a favor da atividade de organizações livres, bem como da intervenção governamental, sempre que o indivíduo, abandonado ao seu próprio destino, não contar com a possibilidade de preservar sua personalidade e desenvolver suas capacidades.   Contudo, desde o início, nossas posições relativas a essas duas situações inverteram-se.   Meus estudos sobre as condições britânicas levaram-me a fundamentar minhas esperanças na elevação das classes trabalhadoras, primordialmente quanto às atividades de suas organizações, enquanto que, para Schmoller, era muito mais importante que o estado assumisse o papel de protetor dos fracos [12].   

Brentano escreveu isso na primavera de 1918, pouco depois do colapso do sistema de Schmoller, e pouco antes do colapso do sistema de Brentano tornar-se evidente.   As diferenças fundamentais entre as duas escolas podem não estar claramente delineadas, mas são, pelo menos, discerníveis.

 

 3.   LIBERALISMO E LIBERALISMO SOCIAL

 

Os nomes não são importantes: o que importa é a substância.   O termo “liberalismo social” soa, de fato, estranho, visto que socialismo e liberalismo são mutuamente excludentes.   Mas estamos acostumados com essa terminologia.   O socialismo e a democracia também são irreconciliáveis, em última análise e, não obstante, há o velho conceito de “Democracia Social”, uma contradiction in adjecto.   Se, hoje, a Escola de Brentano, que adotava o sindicalismo, e alguns estatistas “moderados” designassem seu movimento de “liberalismo social”, não surgiria qualquer objeção à terminologia.   Mas não podemos permitir—não por razões políticas, mas no interesse da clareza científica e do pensamento lógico—que esta designação elimine as diferenças entre liberalismo e socialismo.   Ela permite chamar “liberal” o que é justamente o oposto daquilo que a história e a ciência social definem como liberal.   O fato de que, na Grã-Bretanha, a terra natal do liberalismo, prevaleça essa confusão semântica, não justifica que nós a adotemos.

Herkner está certo quando observa que a inviolabilidade da propriedade privada não é um objetivo fixado dogmaticamente para o liberalismo, mas um meio de atingir as metas fundamentais.   Entretanto, está errado quando afirma que isto acontece “apenas temporariamente” [13].   Na sua meta mais alta e fundamental, liberalismo e socialismo estão de acordo.   Diferem precisamente quanto ao que julgam o mais conveniente meio para atingir essa meta: para o liberalismo é a propriedade privada dos meios de produção, enquanto que para o socialismo é a propriedade pública o meio mais adequado.   Essa diferença nos dois programas, e somente essa, corresponde à história do pensamento durante o século XIX.   Suas posições diferentes sobre o problema da propriedade dos meios de produção separa o liberalismo do socialismo.   A questão ficaria obscura se apresentada de outra forma qualquer.

O socialismo, de acordo com Herkner, “é um sistema econômico no qual a sociedade organizada como estado assume diretamente a responsabilidade pela existência de todos os seus membros.   Como sistema econômico, baseia-se no atendimento das necessidades nacionais mais do que na obtenção de parcos lucros.   Todo o processo de produção e distribuição passa a ser atribuição da autoridade pública, em substituição da propriedade privada dos meios de produção e de seu uso para lucro” [14].   Isso não tem muita precisão, mas é exposto com muita clareza.   Adiante Herkner afirma, “Se esse sistema pudesse ser realizado com recursos liberais, isto é, sem a força e a violação da lei, e se pudesse não só melhorar as condições materiais do povo, mas também garantir maior liberdade individual, não se poderia, então, levantar nenhuma objeção contra ele do ponto de vista liberal” [15].   Assim, quando o parlamento discutir a questão da nacionalização, os liberais, de acordo com Herkner, podem votar a favor do bem comum, se a referida questão for apresentada “sem pressão e sem violação da lei”, e se não tiverem dúvidas quanto ao que venha a ser bem-estar material do povo.

Herkner parece acreditar que o liberalismo mais antigo defendia a propriedade privada em benefício próprio e não pelas consequências sociais dela.   Como Wiese e Zwiedineck, ele analisa a diferença entre o liberalismo mais antigo e o contemporâneo.   De acordo com Herkner, “enquanto o liberalismo mais antigo considerava a propriedade privada uma instituição da lei natural, cuja proteção, juntamente com a proteção da liberdade individual, era o primeiro dever do estado, o liberalismo contemporâneo enfatiza, com veemência cada vez maior, o fator social da propriedade…   A propriedade privada não é mais defendida com justificativas individualistas, mas com considerações de conveniência social e econômica” [16].   Numa tendência semelhante, Zwiedineck observa que há razão para otimismo, uma vez “que uma propriedade privada, em benefício próprio, que só atenda aos interesses dos proprietários seria de curta duração”.   Desta forma, o liberalismo moderno também defende a propriedade privada com base na “conveniência social” [17].

Não é nosso dever aqui examinar como as teorias não liberais da lei natural pretendiam defender a propriedade privada como fenômeno natural.   Mas deve ser de conhecimento geral que os liberais mais antigos eram utilitaristas (pelo que são frequentemente criticados), e que, para eles, estava fora de cogitação que alguma instituição social, alguma norma ética, qualquer coisa, em suma, pudesse ser defendida em função do seu próprio interesse, ou de qualquer interesse particular: só admitiam uma defesa fundamentada em razões de conveniência social.   O fato de o liberalismo moderno exigir a propriedade privada dos meios de produção em virtude de sua utilidade social, e não visando seu próprio bem, ou os interesses dos proprietários, não indica que o liberalismo esteja caminhando para o socialismo.

“Propriedade privada e herança”, Herkner continua, “dão origem a renda não derivada de trabalho.   O liberalismo simpatiza com os esforços dos socialistas em opor-se a essa renda não obtida por trabalho em nome da justiça e da igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade” [18].   O fato de a renda não ganha derivar da propriedade é tão evidente quanto o fato de a palavra “pobreza” derivar depauvreté.   De fato, a renda não ganha através do trabalho assalariado provém do controle dos meios de produção.   Quem se opõe a essa renda, deve opor-se à propriedade privada dos meios de produção.   Os liberais, portanto, não podem simpatizar com a rejeição socialista à renda não derivada do trabalho.   Se, por acaso, o fizerem, deixarão de ser liberais.

Então, o que, segundo Herkner, é liberalismo?  Sua resposta é esta:

Liberalismo é uma visão de mundo, uma espécie de religião, uma fé.   É uma fé na dignidade e bondade naturais do homem, no seu grandioso destino, na sua capacidade de crescer por seus poderes de razão natural e liberdade, uma fé na vitória da justiça e da verdade.   Sem liberdade não há verdade.   Sem verdade não pode haver triunfo da justiça, não pode haver progresso e consequentemente não pode haver desenvolvimento, cujos estágios posteriores são sempre mais desejáveis que os precedentes.   O que a luz do sol e o oxigênio significam para a vida orgânica, razão e liberdade significam para o desenvolvimento intelectual.   Nenhum indivíduo, classe, nação, ou raça deve ser considerado simples meio para a consecução dos fins de outro indivíduo, classe, nação ou raça [19].

Tudo isto é muito bonito e nobre, mas infelizmente tão geral e vago que se aplica igualmente ao socialismo, sindicalismo e anarquismo.   Essa definição de liberalismo não contém o ingrediente decisivo, ou seja, uma ordem social que se fundamenta na propriedade privada dos meios de produção.

Não nos surpreende que, com tal desconhecimento sobre liberalismo, Herkner também concorde com praticamente todos os conceitos errôneos que se encontram tão em voga hoje.   Entre outros, destaca-se esse conceito: “ao contrário dos liberais mais antigos, que almejavam, principalmente, o fim das restrições prejudiciais, o liberalismo moderno (isto é, o liberalismo social) tem um programa construtivo e positivo” [20].   Se Herkner tivesse descoberto que a propriedade privada dos meios de produção é o ingrediente básico do liberalismo, teria sabido que o programa liberal não é menos positivo e construtivo que qualquer outro.   A mentalidade burocrática—que, de acordo com Brentano, é “a única caixa de ressonância da Associação para a Política Social” [2l]—considera construtiva e positiva apenas a ideologia que exija o maior número de repartições públicas e de funcionários.   E quem procura reduzir o número de agentes do estado é tachado de “pessimista” ou de “inimigo do estado”.

Tanto Herkner quando Wiese [22] salientam categoricamente que o liberalismo nada tem a ver com o capitalismo.   Passow tentou mostrar que os termos ambíguos “capitalismo”, “ordem econômica capitalista” etc., são palavras de ordem políticas que, com algumas exceções apenas, nunca são usadas objetivamente para classificar e compreender os fatos da vida econômica.   Ao contrário, são usadas para criticar, acusar e condenar fenômenos que são mais ou menos mal compreendidos [23].   É claro que quem aprecia o liberalismo, independentemente da definição que lhe dê, procura defendê-lo dos rótulos considerados aviltantes, difamatórios e ofensivos.   Entretanto, se concordamos com.   Passow, quando observa que, para a maioria dos escritores que deram ao termo “capitalismo” um significado definido, sua essência está no desenvolvimento e expansão de grandes empresas [24], devemos admitir que liberalismo e capitalismo estão estreitamente relacionados.   Foi o liberalismo que criou as condições ideológicas que deram origem à moderna produção industrial em grande escala.   Se usarmos o termo “capitalista” para designar um método econômico que organiza a atividade econômica de acordo com a previsão de capital [25], devemos chegar à mesma conclusão.   Mas se não levarmos em conta a forma pela qual definimos capitalismo, o desenvolvimento dos métodos de produção capitalistas foi e é possível apenas dentro do quadro de uma ordem social fundamentada na propriedade privada dos meios de produção.   Consequentemente, não podemos concordar com Wiese quando defende a ideia de que a essência do liberalismo ficou obscurecida em decorrência de “sua coincidência histórica com o capitalismo de grande escala” [26].

O que faz o capitalismo parecer “não liberal”, de acordo com Wiese, é “a falta de sensibilidade para com os que sofrem, a brutal competição, e a luta para dominar e escravizar o semelhante” [27].   Essas expressões vêm dos velhos registros de queixas socialistas sobre a corrupção e crueldade do capitalismo.   Revelam a errônea interpretação socialista quanto à natureza e à substância de uma ordem social baseada na propriedade privada.   Se, numa sociedade capitalista, o comprador procurar comprar um bem econômico onde for menos caro, sem se preocupar com outras considerações, ele não demonstra “falta de sensibilidade para com os que sofrem”.   Se a empresa superior compete, com sucesso, com uma que funcione de modo menos econômico, não há “competição violenta” nem “luta para dominar ou escravizar o semelhante”.   Esses exemplos não indicam efeitos colaterais negativos nem são um “resultado” do capitalismo indesejado pelo liberalismo.   Pelo contrário, quanto mais acirrada for a competição, melhor ela atende à sua função social de melhorar a produção econômica.   O fato de que o cocheiro da diligência tenha sido substituído pela estrada de ferro, o tecelão pela tecelagem mecanizada, o sapateiro pela fábrica de sapato não ocorreu contra as intenções do liberalismo.   Quando pequenos proprietários de veleiros foram substituídos por uma grande companhia de navios a vapor, quando algumas dúzias de açougueiros foram substituídos por um matadouro, algumas centenas de comerciantes por uma loja de departamentos, isso não significou “domínio e escravidão do semelhante”.

Wiese observa corretamente que “na realidade, o liberalismo nunca existiu em larga escala, e a comunidade de liberais ainda precisa ser criada e incentivada” [28], Dessa forma, ainda não se completou inteiramente o quadro a que o desenvolvimento pleno do capitalismo pode atingir.   Esse quadro não se delineou nem mesmo na sociedade britânica no auge do capitalismo, quando o liberalismo ditava o caminho.   Hoje, é comum culpar o capitalismo por tudo o que causa desagrado.   Aliás, quem sabe o que nos poderia acontecer se não fosse o “capitalismo”?  Quando grandes sonhos não se realizam, o capitalismo é imediatamente acusado.   Esse procedimento, possível na política partidária, deve ser evitado na discussão científica.

 

 

4.   CONTROLE OU LEI ECONÔMICA?

 

Entre os vários erros, a que os Socialistas de Cátedra de todas as espécies se aferram obstinadamente, está a confiança nas limitadas intervenções governamentais na vida econômica.   Estão convencidos de que, com exceção do sindicalismo, há três possibilidades concebíveis de controle dos meios de produção numa sociedade pública e da privada, existe uma terceira possibilidade: a propriedade privada sujeita ao controle do governo.   A possibilidade e a conceptibilidade desse terceiro sistema serão examinadas nesta parte, com base na antítese “controle ou lei econômica”.

Para os Socialistas de Cátedra essa questão tinha importância política especial.   Só podiam manter sua reivindicação de uma posição intermediária imparcial entre a Escola de Manchester e o comunismo, se essa posição apontasse para um ideal social aparentemente “equidistante” dos ideais dos dois movimentos em competição.   Rejeitaram como irrelevante para seus ideais toda censura endereçada ao ideal socialista.   Podiam agir assim, porque não levavam em conta que intervenções limitadas na ordem da propriedade privada são improfícuas, e que os objetivos desejados pelos estatistas só podem ser atingidos, quando a propriedade privada existir apenas, formalmente, e quando uma autoridade central controlar toda a produção.   Möeller observa, corretamente, que a Escola Histórica mais nova se opôs à economia clássica por razões práticas: “Schmoller não se preocupou em buscar justificativa científica da política social bloqueada pelo conceito da regularidade econômica externa, independente do homem”.   Mas Möeller está enganado, quando comenta uma observação de Rist, segundo a qual a escola clássica não sustentou a validade geral das leis econômicas.   Está enganado, quando insiste que “não eram as ‘leis’ de economia clássica propriamente ditas que criavam obstáculos” [29].   Na verdade, elas representaram um obstáculo porque revelaram que a intervenção do governo nas operações de uma ordem social capitalista é incapaz de atingir os resultados desejados, o que deixa duas alternativas: a de renunciar a tal intenção ou ir até o fim e assumir o controle total dos meios de produção.   A esse respeito, nenhuma das críticas feitas pela Escola Histórico-Realista vem ao caso.   Não era importante que essas leis econômicas não fossem “leis naturais” e que a propriedade privada não fosse eterna, mas “apenas” uma categoria histórico-legal.   A nova economia deveria ter substituído a teoria da cataláctica, desenvolvida pelos fisiocratas e economistas clássicos, por um outro sistema que não demonstrasse a inutilidade da intervenção do governo.   Como não teve êxito, teve que rejeitar categoricamente todas as investigações “teóricas” de problemas econômicos.

Às vezes, diz-se que há várias espécies de economia.   Isto não é mais correto do que dizer que há várias biologias e várias físicas.   Certamente, em toda ciência, várias hipóteses, interpretações e debates procuram resolver problemas concretos.   Mas há uma lógica coerente em toda ciência.   Isso vale, também para a economia.   A própria Escola Histórico-Realista, que por razões políticas discordou das teorias tradicionais e modernas, prova este fato, quando, em vez de substituir as doutrinas rejeitadas por suas próprias explicações, nega, simplesmente, a possibilidade de conhecimento teórico,

O conhecimento econômico leva necessariamente ao liberalismo.   Por um lado, demonstra que há apenas duas possibilidades para o problema de propriedade em uma sociedade baseada na divisão de trabalho: propriedade privada ou pública dos meios de produção.   O chamado sistema intermediário da propriedade “controlada” ou é ilógico, porque não conduz ao objetivo pretendido e não produz nada a não ser uma ruptura do processo de produção capitalista, ou acaba conduzindo à socialização total dos meios de produção.   Por outro lado, prova o que apenas recentemente foi aprendido com clareza: uma sociedade fundamentada na propriedade pública não é viável, uma vez que não permite previsão monetária e, consequentemente, não permite a ação econômica racional.   O conhecimento econômico, portanto, representa um obstáculo às ideologias socialista e sindicalista que prevalecem em todo o mundo.   E isto explica a guerra movida em toda parte contra a economia e os economistas.

Zwiedineck-Südenhorst procura dar à doutrina indefensável da terceira ordem social possível uma nova feição.   Diz ele:

Não estamos tratando apenas da instituição da propriedade, mas, provavelmente, com maior destaque, também, da totalidade de padrões legais que formam uma superestrutura, acima de todo o sistema de propriedade e, desse modo, de toda ordem econômica.   Devemos perceber que esses padrões legais são decisivos para o modo de cooperação dos vários fatores de produção (isto é, não apenas capital, terra e trabalho, mas também as diferentes categorias de trabalho comum).   Em suma, estamos tratando de tudo aquilo que compreende a organização da produção.   Essa organização só pode servir ao objetivo de colocar as condições de controle momentâneas acima dos vários fatores de produção que estão a serviço da economia como um todo.   E, só desta forma, terá caráter social.   Naturalmente, essas condições de controle momentâneas, isto é, o instituto da propriedade, constituem uma parte da organização da produção.   Isto, porém, não conduz à conclusão de que a organização teria de ser diferente nas economias individualista e coletivista.   Na verdade, o fundamental é conhecer as condições para a existência dessa diferença e o modo pelo qual ela pode ocorrer [30]

Nesse ponto, novamente,—como ocorre com todos os representantes do estatismo—o autor apresenta a ideia de que uma estrutura legal que coloque a propriedade privada “a serviço da economia como um todo”, pode atingir os objetivos que as autoridades governamentais pretendiam atingir.   Afinal, foi apenas recentemente que Zwiedineck assumiu seu posicionamento sobre o problema da opção entre “controle e lei econômica”, questão tão característica de todos os Socialistas de Cátedra [31].

É notável que todos estes estudos nada tenham produzido de novo.   Velhos equívocos que já tinham sido contestados uma centena de vezes voltaram a ser cometidos.   A questão não é saber se o poder do estado “pode” intervir na vida econômica.   Hoje nenhum economista negaria, por exemplo, que é possível o bombardeio de uma cidade, ou uma proibição de exportações.   Mesmo o livre-cambista não nega que sejam possíveis taxas de importação; sustenta, apenas, que as tarifas protecionistas não têm os efeitos que seus defensores lhes atribuem.   E até quem rejeita controles de preços por julgá-los inadequados, não nega que o governo pode impô-los e fiscalizá-los.   O que podem negar é a possibilidade de que os controles conduzam ao objetivo que o governo pretendia atingir.

 

5.   O METHODENSTREIT

 

Na década de 1870, Walter Bagehot reprovou, de forma irrefutável, os argumentos com que os seguidores da Escola Historicista rejeitavam a credibilidade de investigações “teóricas” no campo da economia.   Chamou os dois métodos—que a Escola Historicista considerava como os únicos permissíveis—de o “método de todos os casos” e o “método do caso único”.   O primeiro usa apenas a indução e supõe erroneamente que é esse o caminho que normalmente conduz as ciências naturais a suas descobertas.   Bagehot demonstrou que este caminho é inteiramente impraticável e que, por ele, ciência alguma jamais atingiu resultados satisfatórios.   O “método do caso único”, que aceita apenas descrições de dados históricos concretos, não percebe, de acordo com Bagehot, que não pode haver história econômica nem descrição econômica, “sem que haja um acúmulo anterior considerável de doutrina aplicável” [32].

O Methodenstreit foi há muito decidido.   Jamais uma mudança de método científico provocou, para uma das partes, uma derrota tão esmagadora.   Felizmente, admite-se isso abertamente em Economics After the War.   No seu trabalho de pesquisa sobre o ciclo econômico, fundamentada no conhecimento total do material, Löwe aborda, superficialmente, a questão do método, provando, habilmente, a indefensabilidade das objeções, que os empíricos levantam contra a teoria.   Infelizmente, devemos também concordar com Löwe, quando ele observa que “a heresia da pesquisa ‘imparcial’ de dados, que privou uma geração inteira de eruditos alemães de atingir resultados”, recentemente, também se impôs na pesquisa americana [33].   Contudo, é ainda mais lamentável que, apesar dos debates metodológicos minuciosos dos últimos anos, frequentemente encontremos na ciência alemã os velhos erros há muito contestados.   Bonn, por exemplo, elogia Brentano porque, no seu livro Agricultural Policy, ele não se satisfez em “descrever o esqueleto de um sistema, separado da carne viva.   Detestava abstrações incruentas, deduções de conceitos estéreis, como as que combatera na juventude.   Procurava a plenitude da vida” [34].

Devo admitir que achei o termo “carne viva” vazio.   O uso de Bonn do adjetivo “incruenta” relativo ao substantivo “abstração” me parece ilógico.   Qual é o contrário de uma abstração “incruenta”—uma abstração “sanguinária” talvez?  Nenhuma ciência pode furtar-se a emitir conceitos abstratos, e quem os detesta deve permanecer distante da ciência e tentar viver sem eles.   Quando examinamos o Agricultural Policy de Brentano, encontramos diversas análises sobre arrendamento, preço de terras, custo etc., investigações puramente teóricas, que evidentemente se relacionam com abstrações e conceitos abstratos [35].   Toda investigação que, de alguma forma, toca em questões econômicas deve necessariamente “teorizar”.   Na verdade, o empírico não sabe que está teorizando, assim como Monsieur Jourdain jamais soube que estava sempre dizendo coisas sem importância.   E, como os empíricos não estão cientes disso, adotam descuidadamente teorias incompletas, ou mesmo incorretas, e evitam considerá-las quanto à lógica, Pode-se criar facilmente uma teoria explicativa para cada “fato”: todavia, apenas quando as teorias individuais estão ligadas, constituindo um todo, podemos determinar o valor ou a inutilidade da “explicação”.   Mas a Escola Historicista rejeitou todas; não queria admitir que as teorias devem ser estudadas e ligadas num todo coerente.   De forma eclética, essa Escola lançou mão de pedaços de todas as teorias possíveis, seguindo, indiscriminadamente e sem qualquer senso crítico, ora essa, ora aquela opinião.

Os Socialistas de Cátedra, além de não construírem um sistema próprio, equivocaram-se inteiramente na crítica à moderna economia teórica.   A teoria de valor subjetivo não recebeu a crítica externa, que é tão indispensável para o progresso científico.   Essa teoria deve seu progresso nas últimas décadas, à sua própria iniciativa, à crítica vinda de suas próprias fileiras de defensores.   Os seguidores da Escola Historicista nem mesmo notaram esse fato.   Sempre que se fala sobre economia moderna, eles se voltam para 1890, quando a maior parte das obras de Menger e Böhm-Bawerk já estavam, em geral, concluídas.   Os avanços teóricos ocorridos a partir dessa época na Europa e América são praticamente desconhecidos para eles.

A crítica que os próceres do socialismo acadêmico fizeram à economia teórica provou ser bastante irrelevante e—aparentemente sem razão—não isenta de ressentimentos pessoais.   Como acontece nos escritos de Marx e seus discípulos, em que uma pilhéria de mais ou menos bom gosto, frequentemente substitui a crítica.   Brentano achou conveniente se lançar uma crítica ao Capital and Interest de Böhm-Bawerk—uma crítica que, a propósito, ninguém avaliou nos dezessete anos decorridos de sua publicação—da qual se destaca o trecho seguinte; “Como um dos meus discípulos do primeiro semestre corretamente observou…” [36].   O professor armênio Totomianz, escreve na sua History of Economics and Socialism:

Um crítico alemão da escola psicológica observa ironicamente, não sem um mínimo de verdade, que o solo no qual a Escola Austríaca cresceu foi a cidade de Viena, com seus inúmeros estudantes e militares, Para um jovem estudante à procura dos prazeres da vida, os bens presentes, naturalmente, são mais valiosos que os bens futuros.   Da mesma forma, um elegante militar, sofrendo cronicamente de falta de dinheiro, pagará qualquer taxa de juros sobre o dinheiro que lhe emprestarem [37].

Esse livro, com essa pesada critica a teoria de Böhm-Bawerk, apareceu primeiro em língua russa.   Rist escreveu uma introdução para a edição francesa; Loria, para a edição italiana, e Masaryk, para a edição tcheca.   Na sua introdução para a edição alemã, Herkner elogia a obra por ser “simples e clara”.   Todas as ideias importantes e produtivas da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália, Rússia e América são analisadas “com carinho e compreensão” por Totomianz, que mostra “notável capacidade de fazer justiça a ideias tão diferentes como as de Fourier, Ruskin, Marx, Rodbertus, Schmoller, Menger e Gide” [38].   Tal julgamento, por parte de Herkner, é muito estranho já que ele conhece bem a história do pensamento econômico [39].

Na Methodenstreit, a ala da Escola Histórico Realista, que apoiava Brentano, age com mais prudência que os seguidores de Schmoller.   Devemos dar crédito pessoal a Brentano, que uma geração antes, teceu críticas veementes à pesquisa da Escola no campo da história econômica.

Muitos autores, cujos trabalhos não passam de citações retiradas de documentos econômicos, acreditam que escreveram um tratado sobre economia.   Ora, quando a citação termina, a análise econômica está apenas começando.   Seu conteúdo deve, então, ser analisado e transformado num quadro cheio de vida; e deve-se tirar uma lição desta pesquisa.   Não basta preparar com eficiência os trechos dos documentos.   É preciso a força da intuição, combinação, sagacidade, e o mais importante dom científico; a capacidade de reconhecer elementos comuns na multiplicidade dos fenômenos.   Quando isto falta, nada ganhamos a não ser detalhes sem interesse…   Essa espécie de análise histórico-econômica não tem qualquer valor para a economia [40].

Levando-se em conta a tendência estatizante das obras da Escola de Schmoller, Brentano considera uma aberração “confundir citações entusiásticas de arquivos com investigações e pesquisas econômicas” [41].

 

6.   AS DOUTRINAS ECONÔMICAS DO LIBERALISMO SOCIAL

 

Fiéis ao seu princípio, os Socialistas de Cátedra não criaram um sistema de economia, o que era o objetivo dos fisiocratas e economistas clássicos, e passou a ser o dos economistas subjetivistas modernos.   Os socialistas não estavam preocupados em criar um sistema de cataláctica.

Marx simplesmente adotou o sistema dos clássicos e concluiu que, numa sociedade com base na divisão do trabalho, não há uma terceira possibilidade, em termos de organização, além dos sistemas privado e público.   Zombava de todas as tentativas de estabelecimento de um terceiro sistema, chamando-as de burguesas.   A posição do estatismo é diferente.   Desde o início não procurou entender, mas julgar.   Trouxe opiniões éticas preconcebidas: “Deve ser feito” e “Não deve ser feito”.   Tudo era caótico, enquanto o estado não interveio.   Apenas a intervenção do governo poderia pôr fim à arbitrariedade das ambições individuais.   A ideia de que uma ordem social podia ser baseada num sistema contra o qual o estado nada faria senão proteger a propriedade privada dos meios de produção pareceu-lhe inteiramente absurda.   Considerava ridículos os “inimigos do estado”, os que acreditassem nessa “harmonia preestabelecida”.   Os estatistas consideravam extremamente ilógico rejeitar toda “intervenção” por parte do governo na vida econômica, já que essa rejeição levaria ao anarquismo.   Se for permitida a intervenção do governo para proteção da propriedade privada não é lógico rejeitar qualquer outro tipo de intervenção.   A única ordem econômica razoável é a social na qual a propriedade privada existe formalmente, porém, na prática, foi abolida, pois é o estado que detém os controles finais da produção e distribuição.   A situação reinante no auge do liberalismo pôde prevalecer apenas porque o estado descuidou-se de seus deveres e assegurou liberdade exagerada aos indivíduos.   Sob esse ponto de vista, o desenvolvimento de um sistema cataláctico é desnecessário, e até ilógico.

O melhor exemplo da ideologia do bem-estar social é a teoria da balança de pagamento.   Um país pode perder todo seu poder monetário se o estado não intervir, segundo a versão mercantilista mais antiga.  Entretanto, os economistas clássicos demonstraram que o perigo tão temido pelos mercantilistas não existe: há forças em movimento que, a longo prazo, evitam a perda de dinheiro.   É por isto que a teoria da quantidade foi sempre tão censurada pelos estatistas.   Eles apoiavam a Escola Bancária.   A vitória da Escola Historicista trouxe, praticamente, a excomunhão da Escola Monetária.   Karl Marx,[42] Adolf Wagner, Helfferich, Hilferding, Havenstein e Bendixen defenderam as doutrinas da Escola Bancária.

Após duas gerações de ecletismo e fuga de conceitos claros, muitos escritores contemporâneos sentem dificuldade de compreender as diferenças entre estas duas famosas escolas britânicas.   Assim Palyi admira-se por “um seguidor resoluto do Princípio Bancário, M. Ausiaux, ocasionalmente …” defender “o contabilismo de Solvay” [43].   Não vamos ignorar o fato de o “contabilizou” e todos os outros sistemas correlatos serem aplicações lógicas do Princípio Bancário.   Se os bancos não estiverem em posição de emitir mais notas que as necessárias (a “elasticidade da circulação”), pode não haver objeção à adoção da reforma monetária de Solvay,

A posição de adepto do estatismo de Palyi explica por que não podia acrescentar uma única palavra às velhas observações mercantilistas, e por que toda a sua teoria se limitava a mostrar a disposição egoísta dos súditos do estado, em quem não se deveria confiar.   [44] O liberalismo social não podia compartilhar dessa posição estatista.   Para melhor ou pior, tinha de mostrar como, de acordo com seu ideal social, os membros de uma sociedade de trocas cooperam sem auxílio do governo.   Contudo, o liberalismo social, por sua vez, nunca desenvolveu uma teoria abrangente.   Provavelmente, alguns dos seus seguidores acreditavam que ainda não era a hora oportuna, pela insuficiência do preparo de coleta de dados; provavelmente, a maioria jamais sentiu necessidade de uma teoria abrangente.   Sempre que surgia a necessidade de uma teoria, os liberais sociais, geralmente, recorriam ao sistema clássico, a maioria das vezes no estilo do marxismo.   Neste particular, os liberais sociais diferiam dos estatistas, que preferiam voltar ao mercantilismo.

O liberalismo social, entretanto, realmente procurou dar uma contribuição independente à teoria: uma doutrina sobre salários.   Não podia usar nem a teoria clássica nem a moderna.   Marx, com muita lógica, tinha negado que a negociação coletiva, através dos sindicatos, pudesse elevar os salários.   Apenas Brentano e Webb procuram provar que a negociação coletiva pode elevar, permanentemente, a renda de todos os trabalhadores.   Essa teoria que é a principal doutrina do liberalismo social, não podia, entretanto, resistir a uma crítica científica, tal como a de Pohle [45] e Adolf Weber [46].   No seu último ensaio, Böhm-Bawerk, também, chegou à mesma conclusão [47], e hoje ninguém ousa sustentar, com seriedade, a doutrina de Brentano-Webb.   É significativo que o abrangente Festschript, que reverencia Brentano, não contém uma única contribuição sobre a teoria salarial e as políticas salariais dos sindicatos.   Cassau, simplesmente, observa que, antes da guerra, o movimento sindicalista funcionava “sem qualquer teoria salarial” [48].

No seu exame crítico da primeira edição do livro de Adolf Weber, Schmoller comentou que, de um modo geral, sem aumento de produtividade, é impossível elevar os salários com a recessão da produção.   De acordo com Schmoller, “tais discussões teóricas e abstratas sobre preços” não conduzem a resultados úteis.   Só podemos fazer um “julgamento seguro” “se pudermos avaliar numericamente esses complexos processos”.   Adolf Weber vê nesta resposta uma declaração de falência de nossa ciência [49].   Mas o estatista não precisa estar preocupado com a falência da cataláctica.   Na verdade, o estatista coerente nega a existência de qualquer regularidade no processo de fenômenos de mercado.   De qualquer forma, como todo político, o estatista sabe como evitar o dilema: o estado determina o nível de salários.   Contudo, a contestação única e exclusiva da doutrina de Brentano-Webb não é decisiva.   Mesmo se nós a aceitarmos—o que, conforme demonstramos, ninguém ousaria fazer, a partir dos trabalhos de Adolf Weber, Pohle e Böhm-Bawerk—a questão decisiva ainda necessitará de uma resposta.   Se, na verdade, os sindicatos tivessem o poder de elevar o salário médio de todos os trabalhadores acima do nível que prevaleceria sem sua intervenção, ficaria ainda por determinar o teto que esses salários podem atingir.   Poderão os salários médios subir tão alto que absorvam toda a renda “não ganha”, devendo por isso ser pagos com capital?  Ou haverá um limite inferior para esta elevação.   É um problema que.a “teoria do poder” deve responder em relação a todo preço.   Contudo, até hoje, ninguém jamais tentou resolvê-lo.

Não devemos tratar do problema do poder considerando a intervenção autoritária “impossível”, como faz o liberalismo mais antigo.   Não pode haver qualquer dúvida de que os sindicatos se encontram numa posição em que podem elevar os salários o quanto quiserem, se o estado, negando proteção aos trabalhadores dispostos a trabalhar, lhes der apoio e pagar seguro-desemprego ou forçar os empregadores a contratar trabalhadores.   Nesse caso, aconteceria o seguinte: os trabalhadores de empresas essenciais ficariam em posição de exigir qualquer salário arbitrário, independente do restante da população.   Mas, mesmo que não se leve isso em consideração, os próprios trabalhadores teriam de arcar com o repasse do aumento de salários para os preços ao consumidor, e não os capitalistas e as empresas, cujas rendas não se elevaram devido ao aumento de salários.   Os capitalistas e as empresas passarão a reduzir o acúmulo de capital, a consumir menos, ou mesmo a gastar parte do capital.   Exatamente o que farão, e até que ponto o farão, depende do volume de redução de sua renda.   Certamente, todos concordarão que é inconcebível pretender, dessa forma, eliminar a renda “não ganha” ou simplesmente reduzi-la, sem, pelo menos, reduzir ou estancar a formação de capital e, muito provavelmente, consumir capital (afinal, nada existe que possa impedir os sindicatos de elevar suas exigências a níveis que absorvam toda a renda “não ganha”).   Mas é evidente que a depreciação do capital não eleva, permanentemente, os salários dos trabalhadores.

Os estatistas e sociais liberais divergem no tocante aos métodos de obtenção de salários mais altos para os trabalhadores.   Contudo, nenhum dos caminhos que apontam levam ao objetivo.   Como o liberalismo social certamente não pode desejar parar, nem mesmo reduzir a formação de capital—e muito menos, provocar a depreciação do capital —, fatalmente terá de escolher entre capitalismo e socialismo.   Tertium non datur(“Não há terceira opção”).

 

 

7.   O CONCEITO E A CRISE DA POLÍTICA SOCIAL

 

Todas as políticas econômicas das duas últimas gerações são planejadas, passo a passo, no sentido de abolir a propriedade privada dos meios de produção—se não em forma, ao menos em substância—e no sentido de substituir a ordem social capitalista pela ordem socialista.   Décadas atrás, Sidney Webb já o anunciava no seu Fabian Essays [50].   Como as concepções da futura ordem social desejada variavam segundo as correntes individuais do socialismo, variavam também as opiniões sobre o caminho através do qual o objetivo devia ser atingido.   Havia questões sobre as quais todas as correntes podiam concordar; sobre outras, porém, havia profundas divergências, como, por exemplo, o trabalho de mulheres casadas nas fábricas, ou a proteção de artesãos contra a concorrência dos grandes negócios.   Mas todas as correntes concordavam com a rejeição do ideal social do liberalismo.   Não importava o quanto diferissem um do outro, cerravam fileiras na luta contra, o “manchesterismo”.   Nesse ponto, pelo menos, os defensores do Socialismo de Cátedra e os defensores do liberalismo social estavam de pleno acordo.

No processo de substituição gradual do capitalismo por uma ordem social socialista ou sindicalista, o termo “política social”, lentamente ganhou aceitação.   Nunca se elaborou uma definição precisa do termo, visto que a Escola Historicista nunca mostrou interesse em definições conceituais bem delineadas.   O uso do termo “política social” permaneceu ambíguo.   Apenas nos últimos anos, com a pressão da crítica econômica, os políticos sociais tentaram defini-lo.

Sombart, provavelmente, percebeu a natureza da política social de maneira mais clara.   “Por política social”, escreveu em 1897, “entendemos aquelas medidas de política econômica que afetam a preservação, promoção ou repressão de certos sistemas econômicos” [51].   Amonn, com razão, encontrou muitas falhas nessa definição, mas, em especial, mostrou que as medidas devem ser caracterizadas por seus objetivos, não pelos seus efeitos na estrutura da política, e que a política social ultrapassa o campo normalmente chamado “política econômica” [52].   Contudo, é certo que Sombart viu em uma mudança na ordem econômica o objetivo da política social.   Não podemos nos esquecer de que, quando Sombart escreveu isso, estava convicto da doutrina marxista, que o fez pensar na introdução do socialismo como a única política social concebível.   Devemos admitir que ele percebeu corretamente o essencial.   A única deficiência da sua definição é a inclusão de todos os esforços para a realização do programa liberal, esforços feitos num momento em que, no dizer de Marx, a burguesia ainda era uma classe revolucionária.   Da mesma forma, Sombart expressamente incluiu, como um exemplo de política social, a libertação dos camponeses da servidão feudal.   Muitos escritores imitaram-no neste particular.   Frequentemente, procuravam definir o termo “política social” de tal forma que ele incluísse outras medidas políticas além daqueles que visavam à realização do socialismo [53].

Faz pouco sentido aprofundar-se numa discussão inútil acerca do conceito de política social, debate que apenas recentemente se acalorou, desencadeado pela crise que surpreendeu o socialismo e sindicalismo de todas as espécies com a vitória dos democratas sociais marxistas, na Alemanha.

O estatismo prussiano e seguidores intelectuais de outros países tinham-se aproximado ao máximo do ideal socialista sem grande prejuízo visível para a economia e sem redução excessiva na produtividade da mão de obra.   Ninguém com horizontes esclarecidos pela política partidária pode negar que a Prússia-Alemanha da era anterior, à guerra estivesse mais preparada que qualquer outro país para conduzir as experiências socialistas.   A tradição do funcionalismo prussiano, a fé de todas as pessoas educadas na ordem do estado, a classificação hierárquica militar da população, sua inclinação a obedecer cegamente às autoridades, enfim, todos os pré-requisitos para o socialismo, que não se encontravam em nenhum outro país.   Jamais poderá haver pessoas mais preparadas para a administração de uma operação comunitária socialista que os prefeitos das cidades alemãs, ou que os diretores da ferrovia prussiana.   Eles fizeram todo o possível para o êxito das empresas sociais.   Se, apesar de tantas vantagens, o sistema fracassou, isso prova exclusivamente que o sistema não podia ser posto em prática; de forma alguma.

De repente, os sociais democratas subiram ao poder na Alemanha e na Áustria.   Durante muitas décadas anunciaram, repetidamente, que seu socialismo genuíno nada tinha em comum com o falso socialismo dos estatistas, e que iriam proceder de forma totalmente diferente dos burocratas e professores universitários.   Agora era a hora de demonstrar o que podiam fazer.   Entretanto a única coisa nova que conseguiram introduzir foi o termo “socialização”.   Em 1918 e 1919, todos os partidos políticos da Alemanha e da Áustria acrescentaram a socialização de indústrias convenientes a seus programas.   Naquela época, nenhum passo na direção do puro socialismo da variedade marxista encontrava séria resistência.   Mesmo assim, o que foi feito em termos de orientação ou objetivo, não foi além das antigas recomendações e inúmeras tentativas dos Socialistas de Cátedra.   Apenas alguns sonhadores, em Munique, acreditavam que o exemplo de Lenin e Trotsky, na Rússia agrária, podia ser seguido pela Alemanha industrializada, sem causar uma crise sem precedentes.

O socialismo não fracassou por causa da resistência ideológica—até hoje, a ideologia dominante é a socialista.   Fracassou pela sua inviabilidade.   À medida que se tomava consciência de que, quanto mais distante se ficava da ordem de propriedade privada, mais reduzida ficava a produtividade da mão de obra, e consequentemente mais aumentava a pobreza e a miséria, tornou-se necessário não só parar a corrida para o socialismo, mas também anular algumas das medidas socialistas já tomadas.   Até os soviéticos tiveram de ceder.   Não continuaram a socialização da terra: limitaram-se a distribuir as terras à população rural.   No comércio interno e externo, substituíram o socialismo puro pela “nova política econômica”.   Entretanto, a ideologia não acompanhou esse recuo.   Agarrou-se, obstinadamente, às concepções de décadas atrás e procurou atribuir os fracassos do socialismo a todas as causas possíveis, excetuando a única verdadeira: sua inviabilidade básica.

Apenas alguns defensores do socialismo perceberam que o fracasso do sistema, embora não tenha sido concomitante, era inevitável.   Alguns, indo ainda mais longe, admitiram que todas as medidas sociais reduzem a, produtividade, consomem capital e riqueza e são prejudiciais.   A renúncia aos ideais que esses homens anteriormente abraçavam chama-se, na literatura econômica, “crise da política social” [54].   Na realidade, é muito mais; é a grande crise mundial do “destrucionismo”—a política que procura destruir a ordem social baseada na propriedade privada dos meios de produção.

O mundo só pode manter a humanidade em prosperidade, como a tem mantido nas últimas décadas, se o homem trabalhar segundo a ordem capitalista.   Só o capitalismo pode aumentar ainda mais a produtividade do trabalho.   O fato de a grande maioria das pessoas aderir a uma ideologia, que, por se recusar a admitir isso, conduz a políticas que levam a uma redução da produtividade da mão de obra e ao consumo de capital, está na base da grande crise cultural que ora nos assola.

 

 

8.   MAX WEBER E OS SOCIALISTAS DE CÁTEDRA

 

A oposição contra os Socialistas de Cátedra, que surgiu na Alemanha, teve início, de modo geral, com a conscientização de que as pesquisas teóricas acerca de problemas econômicos são fundamentais.   Como economistas, Dietzel, Julius Wolf, Ehrenberg, Pohle, Adolf Weber, Passow, e outros se levantaram contra os Socialistas de Cátedra.   Por outro lado, historiadores levantaram objeções à maneira como Schmoller, Knapp e seus discípulos procuravam resolver questões históricas.   Equipados com os instrumentos de suas ciências, esses críticos abordavam as doutrinas dos Socialistas de Cátedra sob uma perspectiva externa.   Naturalmente, os Socialistas de Cátedra, com posições importantes e de grande prestígio, criaram empecilhos para os críticos, sem que esse combate criasse para eles problemas de consciência.   Eles nunca se deixaram seduzir pelo socialismo ou se libertaram dele sem dificuldades.

Com Max Weber, a coisa foi bem diferente.   Mais jovem, dava grande importância aos ideais do estatismo prussiano, e Socialismo de Cátedra e a reforma social evangélica.   Ele os tinha absorvido antes de ter começado a estudar cientificamente os problemas do socialismo.   Considerações religiosas, políticas e éticas tinham determinado sua posição.

A formação universitária de Max Weber foi em Direito, mas seus primeiros trabalhos científicos tratam de história legal.   Começou sua carreira como conferencista sem honorários, tornando-se depois professor de direito.   Suas tendências se dirigiam para a história, não para a pesquisa histórica de peculiaridades, que se perde em detalhes e negligencia o todo, mas para a história universal, a síntese histórica e a filosofia da história.   Para ele, a história não era a meta em si, mas um meio de se chegar a introspecções políticas mais profundas.   A economia era-lhe indiferente.   Foi promovido a professor de economia sem que antes tivesse estudado essa ciência, o que era um procedimento comum na época [55].   Isso refletia a opinião da Escola Empírico-Realista sobre a natureza das “ciências sociais” e sobre a perícia científica de historiadores legais.   Pouco antes de sua morte prematura, Weber lamentou que seu conhecimento sobre a economia teórica moderna e sobre o sistema clássico fosse tão limitado.   Disse recear não ter tempo para preencher essas lacunas, que considerava lamentáveis.

Quando aceitou o cargo, foi obrigado a dar conferências sobre as questões que os Socialistas de Cátedra consideravam o assunto adequado para o ensino universitário, Weber, porém, não se satisfez com a doutrina dominante.   O jurista e o historiador que havia nele rebelaram-se contra a forma como a Escola tratava das questões legais e históricas.   Foi por este motivo que ele começou seu pioneirismo em pesquisas metodológicas e epistemológicas.   Daí vem as questões de filosofia materialista da história, a partir das quais abordou os aspectos religiosos e sociológicos.   Por fim, empreendeu uma tentativa grandiosa de criar um sistema de ciências sociais.

Contudo, todos esses estudos, passo a passo, afastaram Max Weber dos ideais políticos e sociais de sua juventude.   Passou a defender, pela primeira vez, o liberalismo, o racionalismo, o utilitarismo.   Foi uma experiência pessoal dolorosa, semelhante à de muitos outros intelectuais que romperam com o Cristianismo.   De fato, sua fé e religião eram o estatismo prussiano; romper com ele foi como abandonar, a esperança, seu próprio povo e até a civilização europeia,

Quando ficou claro para ele que a ideologia social dominante era indefensável e quando percebeu em que direção ela se encaminhava, começou a ver o futuro da nação alemã e das outras nações líderes da civilização europeia.   De certo modo, assim como o cauchemar des coalitions (“pesadelo de coalizões”) privava Bismark de seu sono, também a conscientização decorrente de seus estudos não deu mais descanso a Weber.   Por mais que se apegasse à esperança de que, no fim, tudo daria certo, uma negra premonição dizia-lhe, repetidamente, que uma catástrofe se aproximava.   Essa conscientização consumiu sua saúde, encheu-o de crescente inquietação depois do início da II Guerra Mundial, incitou-o a uma atividade, que para um homem não solicitado por qualquer um dos partidos políticos, tornou-se inútil e, finalmente, apressou sua morte.

Desde o começo, em Heidelberg, a vida de Max Weber foi uma luta interior ininterrupta contra as doutrinas dos Socialistas de Cátedra.   Contudo, ele não levou tal luta até o fim, morreu antes de conseguir livrar-se completamente do fascínio destas doutrinas.   Morreu solitário, sem herdeiros intelectuais que pudessem continuar a luta que teve de abandonar com a morte.   Na verdade, seu nome é elogiado, mas a verdadeira essência de seu trabalho não foi reconhecida, e aquilo que ele considerava mais importante não teve reconhecimento e também não encontrou discípulos.   Apenas seus opositores reconheceram o perigo que representavam para a sua ideologia as ideias de Max Weber.[56]

 

9.   O FRACASSO DA IDEOLOGIA DOMINANTE

 

Em todas as variantes e matizes, as ideias de socialismo e sindicalismo perderam suas amarras científicas.   Os que por elas lutaram foram incapazes de apresentar outro sistema mais compatível com seus ensinamentos e, desse modo, contestar a acusação de vazios, que vêm recebendo dos economistas teóricos.   Por conseguinte, tinham de negar, fundamentalmente, a possibilidade do conhecimento teórico no campo da ciência social e, especialmente, em economia.   Na negação, contentaram-se com algumas objeções críticas referentes ao fundamento da economia teórica.   Mas sua crítica metodológica, bem como as objeções às várias teorias provaram ser inteiramente indefensáveis.   Nada, absolutamente nada, restou do que, há meio século, Schmoller, Brentano e seus amigos costumavam proclamar como a nova ciência.   O fato de que estudos sobre a história econômica podem ser muito úteis e de que devem ser realizados, já era conhecido antes, e nunca antes fora negado.

Mesmo durante o apogeu da Escola Historicista, a economia teórica não permaneceu ineficiente.   A data de nascimento da teoria subjetiva moderna coincidiu com a fundação da Associação para a Política Social.   Desde então, a economia e a política social vivem em confronto permanente.   Os cientistas sociais, que nem mesmo conhecem a fundamentação do sistema teórico, não observaram o importante desenvolvimento do conhecimento teórico nas últimas décadas.   Sempre que procuraram abordar o assunto criticamente não conseguiram ir além dos velhos erros, já inteiramente analisados por Menger e Böhm-Bawerk.

Nada disso, porém, enfraqueceu a ideologia socialista e sindicalista.   Hoje, esta ideologia exerce sobre as pessoas um domínio maior do que nunca.   Os grandes acontecimentos políticos e econômicos dos últimos anos estão sendo vistos, quase que exclusivamente, desse ponto de vista, embora, naturalmente, haja exceção.   O que Cassau disse sobre a ideologia do socialismo proletário aplica-se, também, à dos Socialistas de Cátedra.   Todas as experiências dessa última década “passaram pela ideologia sem influenciá-la.   Nunca ela teve mais oportunidade de expansão, e dificilmente foi tão estéril quanto durante os debates sobre socialização” [57].   A ideologia é estéril e, contudo, é predominante.   Mesmo na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, o liberalismo clássico está perdendo terreno a cada dia.   Certamente existem diferenças características entre os ensinamentos do estatismo e do marxismo na Alemanha, de um lado, e os da nova doutrina de salvação nos Estados Unidos do outro.   A fraseologia dos americanos é mais cuidadosamente escolhida que a de Schmoller, Held ou Brentano.   Contudo, as aspirações dos americanos, basicamente, coincidem com as doutrinas dos Socialistas de Cátedra.   Eles também partilham do equívoco de que estão defendendo a ordem da sociedade privada.

Quando, no todo, o socialismo e o sindicalismo se encontram em estado de estagnação, quando notamos que há algum recuo na caminhada para o socialismo, e quando se pensa numa limitação de força dos sindicatos trabalhistas, não se pode dar crédito à percepção científica da economia nem à sociologia dominante.   Em todo o mundo, apenas algumas dezenas de pessoas são competentes em economia, e nenhum chefe de estado ou político se preocupa com isso.   A ideologia social, mesmo a dos partidos políticos que se classificam partidos de “classe média”, é inteiramente socialista, estatista ou sindicalista.   Se o socialismo e o sindicalismo estão em declínio, embora, a ideologia dominante esteja exigindo maior progresso, deve-se exclusivamente ao visível declínio na produtividade do trabalho, em consequência de medidas restritivas.   Sob o domínio das ideologias socialistas, todos procuram desculpas para o fracasso e não para as causas desse fracasso.   O resultado prático, entretanto, tem sido maior prudência na política econômica.

A política não ousa apresentar o que a ideologia dominante pede, porque subconscientemente perdeu a confiança nesta ideologia, em decorrência de amargas experiências anteriores.   Nessa situação, entretanto, ninguém está pensando em substituir essa ideologia obviamente inútil.   Não se espera ajuda da razão.   Alguns procuram refúgio no misticismo; outros colocam suas esperanças na vinda do “homem forte”—o tirano que pensará por todos e cuidará de todos.

 

________________________________________________________________

Notas

[1] Zeitschrift Für die Gesamte Staatswissenschaft (Revista de todas as ciências sociais), vol. 81, 1926.

[2] Volkswirtschaftslehre der Gegenwan in Selbstdarstellung (Economia contemporânea numa autobiografia), editada pelo Doutor Félix Meirter, vol. I, Leipzig, 1924, p. 1113.

[3] N. T.: Katheder-sozialisten.

[4] Die Entwicklung dei deutschen Volkswiríschaftstehre im 19, Jahrhundert (O desenvolvimento da economia alemã durante o século XIX), Leipzig, 1908, dois volumes.

[5]Ibid., vol. 1, p. VIII.

[6] Bernhard. “Der Arbeitslohn” (Salários) in, Ibid., vol. I, XI, p. II et seq.

[7] Festgabe für Lujo Brentano: Die Wirtschaffswissenschaft nach dem Kriege (Economia no pós-guerra), Twenty-nine Contributions to the State of German and Foreign Research after the War; vol. T, Economic ideologies: vol. II—The Situation in Research, editado por M. J. Bonn e Palyi, Munique e Leipzig, -1925.Abaixo, faço citações destas contribuições, indicando nos rodapés: autor, volume e número de página.

 [8] O sindicalismo como ideal social não deve ser confundido com sindicalismo como -tática; As táticas sindicalistas específicas (a action directe dos sindicalistas franceses) podem também servir a outras ideologias. Por exemplo, elas podem ser usadas para a efetivação do socialismo.

[9] Também na reestruturação da sociedade de Othmar Spann. Der Wahre Staat (O estado verdadeiro), Leipzig, 1921, p. 249. Cf. Honigheim, Romantische und religiö = mystisch verankerte Wirlschaftsgesinnungen(Opiniões econômicas românticas e de fundamentos místico-religiosos), vol. I, p. 264,

[10] Ver Philip von Armin, Ideen zu ciner vollständigen Landwirtschaftlichen Buchhaltung (Ideias sobre contabilidade agrícola completa), 1805, citada por Waltz, Vom Reinerirag, in der Landwirischaft (Sobre o retorno líquido na agricultura), Stuttgart e Berlim. 1904, p. 21.

 [11] Knapp, Die Landarbeiter in Knechtschafl und Freiheit (Trabalhadores agrícolas em escravidão e liberdade) 2.a ed., Leipzig, 1909, p. 86; agora também em Einfübrung in einige Hauptfragen der Nationulökonomie (introdução e algumas questões fundamentais da economia), Munique e Leipzig, 1925, p. 1922.

 [12] Brentano, Ist das System Brentano tusaummengebrochen?  (O sistema de Brentano desmoronou?), Berlim, 1918, p. 14 et seg.

[13] Herkner, “Socialpolitischer Liberalismus” (Liberalismo social), vol. I, p. 41.

[14]Ibid., vol. í, p, 43.

[15] Ibid., p. 44.

[16]Ibid., p. 49.

[17] Zwiedineck-Siidenhorst, “Zur Eigentums-und Produktíonsverfassung” (Da organização da propriedade e da produção), vol., TI, p. 447.

[18] Herkner, vol. I, p. 49.

[19] lbid., p. 39

[20] lbid., p. 47.

[21] Brentano, op. cit., p. 19.

[22] Ver Herkner, vol., I, p. 38; Wiese, “Gibt es noch Liberalismus?” (Ainda há liberalismo?), vol. I, p. 22.

[23] Ver Passow, Kapitalismus (Capitalismo), Iena, 1918, p. 1 et seg.

[24] lbid., p. 132 et seq.

[25] Ver a obra Gemeinwirstschaft, de minha autoria, Iena, 1922, p. 110 et seq. (Edição em língua inglesa:Socialism (Londres: Jonathan Cape, 1936), IR. 1:11 et seq.).

[26] Wiese, op. eis., vol. I, p. 23.

[27] lbid.,

[28] Ibid., p. 16.

[29] Möeller, “Zur Erage der ‘Objectivitat’ des wirtschaftlichen Prinzips”. (Sobre a “objetividade” dos princípios econômicos), Archives for Social Science, vol. 47, p. 163.

[30] Zwiedincck-Sudenhorst, op. cit., vol. III,p, 4420 et seq.

[31] Ver Zwiedineck-Sudenhorst, “Macht oder ökonomisches Gesetz” (Controle ou lei econômica), in Yearbook, de Schmoller, ano 49, p. 273-92.

[32] Bagehot, “The postulates of English Political Economy” in Wolks, editado por Russel Barrington, Londres, 1915, vol. VII, p. 100-04.

 [33] Löwe, “Der gegenwartige Stand der Konjunkturforschung in Deutschland” (O estado atual da pesquisa do ciclo econômica na Alemanha), vol. II, p. 365 et seg.

 [34] Bonn, “Geleitwort: Lujo Brentano ais Wirtschaftspolitiker” (Prefácio: Lujo Brentano como político econômico), vol. I, p. 4.

[35] Ver Brentano, Agrarpolitík (Política agrícola), Sluttgart, 1897, p. 60 et seq., 83 et seq.

[36] Brentano, Konkrete G lundbedingungen der Volkswirtschaft (Condições concretas da economia), Leipzig, 1924, p. 113.

 [37] V. Totomianz, Geschichte der Nationalökonomie und des Socialismus (História da economia e do socialismo), Iena, 1925, p. 152. Mesmo se desprezarmos essa critica de Böhm-Bawerk, o empenho de Totomianz é inteiramente insatisfatório e equivocado. Ele afirma, por exemplo, na p. 146: “Enquanto o empreendimento de Menger visava principalmente o desenvolvimento de uma nova metodologia, os dois outros representantes da Escola Austríaca, Böhm-Bawerk e Wieser, construíram uma teoria inteligente de valor psicológico”. Dessa afirmação, devemos concluir que Menger contribuiu menos para o desenvolvimento da nova teoria de valor do que Böhm-Bawerk e Wieser, o que não é de forma alguma verdadeiro. Totomianz introduz seu trabalho sobre a teoria utilitarista marginal com a seguinte afirmação: “A economia consiste em bens de consumo. ‘Esses bens, de certa forma, relacionam-se com o bem-estar do homem. Essa relação está expressa em dois graus ou estágios diferentes: o inferior e o superior. Estamos utilizando o estágio superior, quando o bem econômico não é apenas útil, mas também necessário ao bem-estar, de modo que sua posse ou perda implique uma perda de consumo ou de prazer”. Sua análise sobre outros economistas não é melhor. Como não leio russo, não posso determinar se este contrassenso é da responsabilidade do original russo ou da tradução para o alemão.

[38]Ibid., p. 7 et seq.

 [39] Ver Herkner, Die Geschichte der Natilionatökonomie, Festschrift für Lujo Brentano zum siebzigsten Geburlstag (História da economia, Festschrifí para Lujo Brentano em honra do seu septuagésimo aniversário), Munique e Leipzig, 1916, p. 223-35.

[40] O grifo é meu. Brentano, “Uber den grundherrilichen Charakter des hausindustriellen Leinengewerbes in Schlesien” (Sobre o caráter da indústria artesanal de linha na Silésia), Journal for Social and Economic History, vol. I. 1983, p. 319 et seq.

[41] Ibid.,p. 322.

[42] Marx não percebeu que, adotando o Princípio Bancário, reconhecia o fundamento em que se baseavam as ideias de banco de operações cambiais de Proudhon. Marx não tinha uma noção bastante clara de operações bancárias. Muitas vezes ele adotou, sem qualquer objeção, as ideias dos teóricos bancários. Pelas poucas observações que colocou nas citações, evidencia-se que ele entendia muito pouco de problemas tais como, o caráter católico do sistema monetário e o caráter protestante do sistema de crédito (Das Kapital,vol. III, parte II, 3.a ed. Hamburgo, 1911 p. 132). Ainda mais característica é uma outra observação que se relaciona com o fundamento básico do Princípio Bancário de que a “emissão de uma determinada quantidade de notas de uma libra substitui uma quantidade igual de soberanos”. De acordo com Marx, “um passe de mágica bem conhecido de todos os bancos!’ Ibid., vol. I, 7 ed., Hamburgo, 1914, p. 84. Qual a finalidade desse “passe de mágica”?” Os bancos não estavam interessados em atrair soberanos pela emissão de notas. Estavam interessados, apenas, em conceder mais créditos pela emissão de mais notas e, com isto, elevar sua renda de juros. Este “passe de mágica”, bem conhecido dos bancos, não correspondia, todavia, ao mencionado por Marx.

[43] Palyi, “Ungelöste Fragen der Geldtheorie” (Questões não resolvidas da teoria monetária), vol. II, p. 514.

 [44] Apenas súditos têm “interesses particulares” egoístas e não sabem o que é bom para eles. Funcionários do governo e “o soberano” são sempre altruístas e sábios.

[45] Ver Pohle, Die gegenwärtige Krisis in der deutschen Volkswirtsbaftslehre (A crise contemporânea na economia alemã), 2,a ed., Leipzig, 1921, p. 29 et seq.

[46] Ver Adolf Weber, Der Kampf zwischen Kapital und Arbeit (A luta entre capital e trabalho), 2.a ed., Tubingen, 1920, .p. 411 et seq.

[47] Böhm-Bawerk, “Macht oder ökonomisches Gesetz” (Controle ou lei econômica), Collected Works, editado por Weiss, Viena, 1924, p. 230 et seq, (Edição em língua inglesa: Shorter Classics, of Böhm-Bawerk, (South Holland, III: Libertarian Press, 1962), vol. I, p. 139 et seq.).

 [48] Cassau, Die sozialistische Ideenwclt vor und nach dem Kriege. (O universo socialista de ideias antes e depois da guerra), vol. T. p. 136.

[49] Ver Weber, op. cit., p. 405.

 [50] Sidney Webb, Die historische Entwicklung (Desenvolvimento histórico), editado por Grunwald, Leipzig, 1897, p. 44.

 [51] Sombart, “Ideale der Sozialpolitik” (Ideias de política social) Archives for Social Legislation and Statistics, vol. X, p. 8 et seq.

 [52] Ver Amonn, “Der Begriff der Sozialpolitik” (O conceito de política social) in Schmoller, Yearbook, ano 48, 1924, p. 160 et seq.

[53] É sintomático que a Escola Histórica, que, sob outras circunstâncias, conhece apenas categorias históricas, .procure definir o conceito de política social de modo a poder referir-se também, à antiga política social babilônica e asteca.

[54] Ver Pribram, “Die Wandlungen des Begriffes der Sozialpolitik” (As mudanças no conceito de política social), vol. II, p. 249.

[55] Marianne Weber recorda-se do tempo de seu marido em Freiburg. “Ele relata, exagerando de propósito, que está ouvindo grandes conferências sobre economia, dadas por ele mesmo”. Marianne Weber, Max Weber. Ein Lebensbild (Max Weber: uma biografia), Tubingen, 1926, p. 21-3.

[56] Ver Wilbrandt, “Kritisches zu Max Webers Soziologie der Wirtschaft” (Sobre a critica da sociologia econômica de Weber), Cologne Quartely for sociology, ano 5, p. 171 et seq…: Spann, “Bemer-kunger zu Max Webers Sociologie” (Observações sobre a sociologia de Max Weber), Zeitschrift für Volkswirtsvhaft und Sozialpolitik (Revista de economia e política social), nova série, vol. III, p. 761 et seq.

[57] Cassau, op. cit., vol. I, p. 152.

 

Ludwig von Mises
Ludwig von Mises
Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política. Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico. Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de 'praxeologia'.
RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Most Popular

Recent Comments

Maurício J. Melo on A casta política de Milei
Maurício J. Melo on A vitória é o nosso objetivo
Maurício J. Melo on A vitória é o nosso objetivo
Leitão de Almeida on Esquisitices da Religião Judaica
Maurício J. Melo on Esquisitices da Religião Judaica
Taurindio on Chegando a Palestina
Maurício J. Melo on Esquisitices da Religião Judaica
Fernando Chiocca on Anarcosionismo
Fernando Chiocca on Anarcosionismo
Daniel Gomes on Milei é um desastre
Daniel Gomes on Milei é um desastre
maurício on Milei é um desastre
Leitão de Almeida on Milei é um desastre
Joaquim Saad on Anarcosionismo
Mateus on Anarcosionismo
Revoltado on Justificando o mal
SilvanaB on Ayn Rand está morta
SilvanaB on Ayn Rand está morta
SilvanaB on Ayn Rand está morta
Carlos Santos Lisboa on A Argentina deve repudiar sua dívida
Jeferson Santana Menezes on As seis lições
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
Fernando Chiocca on Ayn Rand está morta
Luan Oliveira on Ayn Rand está morta
Fernando Chiocca on Ayn Rand está morta
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
YURI CASTILHO WERMELINGER on Ayn Rand está morta
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
YURI CASTILHO WERMELINGER on Ayn Rand está morta
YURI CASTILHO WERMELINGER on Ayn Rand está morta
PAULO ROBERTO MATZENBACHER DA ROSA on O mito do genocídio congolês de Leopoldo II da Bélgica
Fernando Chiocca on Ayn Rand está morta
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
YURI CASTILHO WERMELINGER on Ayn Rand está morta
Maurício J. Melo on Ayn Rand está morta
Fernando Chiocca on O antissemitismo do marxismo 
Maurício J. Melo on O antissemitismo do marxismo 
Maurício J. Melo on Bem-estar social fora do estado
Maurício J. Melo on A guerra do Ocidente contra Deus
Maurício J. Melo on A guerra do Ocidente contra Deus
Maurício J. Melo on A guerra do Ocidente contra Deus
Maurício J. Melo on Objetivismo, Hitler e Kant
Norberto Correia on A Teoria da Moeda e do Crédito
maurício on O Massacre
Maurício J. Melo on A vietnamização da Ucrânia
Maurício J. Melo on A vietnamização da Ucrânia
Maurício J. Melo on Intervenção estatal e Anarquia
Maurício J. Melo on O Massacre
ROBINSON DANIEL DOS SANTOS on A falácia da Curva de Laffer
Maurício J. Melo on Da natureza do Estado
Maurício J. Melo on Da natureza do Estado
Maurício J. Melo on Um mau diagnóstico do populismo
Maurício J. Melo on O que é autodeterminação?
Marco Antônio F on Anarquia, Deus e o Papa Francisco
Renato Cipriani on Uma tarde no supermercado . . .
Maurício J. Melo on O mito do Homo Economicus
Voluntarquista Proprietariano on Anarquia, Deus e o Papa Francisco
Antonio Marcos de Souza on A Ditadura Ginocêntrica Ocidental
Maurício J. Melol on O problema do microlibertarianismo
Leninha Carvalho on As seis lições
Carlos Santos Lisboa on Confederados palestinos
Ivanise dos Santos Ferreira on Os efeitos econômicos da inflação
Ivanise dos Santos Ferreira on Os efeitos econômicos da inflação
Ivanise dos Santos Ferreira on Os efeitos econômicos da inflação
Marco Antônio F on Israel enlouqueceu?
Maurício J. Melo on Confederados palestinos
Maurício J. Melo on Confederados palestinos
Fernando Chiocca on Confederados palestinos
Matheus Polli on Confederados palestinos
Pobre Mineiro on Confederados palestinos
Matheus Oliveira De Toledo on Verdades inconvenientes sobre Israel
Ex-microempresario on O bombardeio do catolicismo japonês
Ex-microempresario on O bombardeio do catolicismo japonês
Ex-microempresario on O bombardeio do catolicismo japonês
Ana Laura Schilling on A pobreza do debate sobre as drogas
Maurício J. Melo on Israel enlouqueceu?
Fernando Chiocca on Israel enlouqueceu?
Matheus Oliveira De Toledo on A queda do pensamento crítico
Ex-microempresario on O bombardeio do catolicismo japonês
Ex-microempresario on O bombardeio do catolicismo japonês
Julio Cesar on As seis lições
Marco Antônio F on Anarquia, Deus e o Papa Francisco
Carola Megalomaníco Defensor do Clero Totalitário Religioso on Política é tirania por procuração
historiador on Por trás de Waco
Francês on O mistério continua
Revoltado on O mistério continua
Maurício J. Melo on Anarquia, Deus e o Papa Francisco
José Tadeu Silva on A OMS é um perigo real e presente
Revoltado on Dia da Mulher marxista
José Olimpio Velasques Possobom on É hora de separar escola e Estado
Bozo Patriotário Bitconheiro on Libertarianismo e boicotes
maurício on A catástrofe Reagan
maurício on A catástrofe Reagan
Imbecil Individual on A catástrofe Reagan
Flávia Augusta de Amorim Veloso on Tragédia provocada: A síndrome da morte súbita
Conrado Morais on O mal inerente do centrismo
Maurício J. Melo on Isso é legal?
Maurício J. Melo on O que podemos aprender com Putin
Imbecil Individual on Por que as drogas são proibidas?
Marco Antônio F on Por que as drogas são proibidas?
Marco Antônio F on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Ex-microempresario on Por que as drogas são proibidas?
Ex-microempresario on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Ex-microempresario on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Por que as drogas são proibidas?
Maurício J. Melo on Ayn Rand sobre o Oriente Médio
Maurício J. Melo on Ayn Rand sobre o Oriente Médio
Daniel Gomes on Sobre a guerra na Palestina
Maurício J. Melo on Ayn Rand sobre o Oriente Médio
Maurício J. Melo on Uma Carta Aberta a Walter E. Block
Estado máximo, cidadão mínimo. on O que realmente está errado com o plano industrial do PT
Maurício J. Melo on Sobre a guerra na Palestina
Maurício J. Melo on Kulturkampf!
Maurício J. Melo on Discurso de Javier Milei em Davos
Maurício J. Melo on Discurso de Javier Milei em Davos
Maurício J. Melo on Discurso de Javier Milei em Davos
Maurício J. Melo on Discurso de Javier Milei em Davos
Maurício J. Melo on Covid e conformismo no Japão
Marco Antônio F on Tem cheiro de Genocídio
Marco Antônio F on Tem cheiro de Genocídio
Pobre Mineiro on Tem cheiro de Genocídio
Rodrigo Alfredo on Tem cheiro de Genocídio
Marco Antônio F on Tem cheiro de Genocídio
Maurício J. Melo on Tem cheiro de Genocídio
Maurício J. Melo on Fora de Controle
Pobre Mineiro on Fora de Controle
Maurício J. Melo on Fora de Controle
Antonio Gilberto Bertechini on Por que a crise climática é uma grande farsa
Pobre Mineiro on Fora de Controle
Phillipi on Anarquismo cristão
Maurício on A tramoia de Wuhan
Maurício J. Melo on Fora de Controle
Chris on Fora de Controle
Maurício J. Melo on Os lados da história
Pobre Mineiro on “Os piores dias em Gaza”
Maurício J. Melo on Os lados da história
Ex-microempresario on Os lados da história
Pobre Mineiro on Os lados da história
Pobre Mineiro on Os lados da história
Pobre Mineiro on Os lados da história
Maurício J. Melo on Os lados da história
Fernando Chiocca on “Os piores dias em Gaza”
Pobre Mineiro on Os lados da história
Fernando Chiocca on “Os piores dias em Gaza”
Maurício J. Melo on Os lados da história
Ex-microempresario on Os lados da história
Maurício J. Melo on Os lados da história
Ex-microempresario on Os lados da história
Maurício J. Melo on Os lados da história
Ex-microempresario on Os lados da história
Cristério Pahanguasimwe. on O que é a Economia Austríaca?
Pobre Mineiro on Morte e destruição em Gaza
Pobre Mineiro on A imoralidade da COP28
Maurício J. Melo on Sim, existem palestinos inocentes
Maurício J. Melo on Morte e destruição em Gaza
Maurício J. Melo on Morte e destruição em Gaza
Fernando Chiocca on Sim, existem palestinos inocentes
HELLITON SOARES MESQUITA on Sim, existem palestinos inocentes
Revoltado on A imoralidade da COP28
Pobre Mineiro on Morte e destruição em Gaza
Pobre Mineiro on Morte e destruição em Gaza
Fernando Chiocca on Morte e destruição em Gaza
HELLITON SOARES MESQUITA on Morte e destruição em Gaza
Maurício J. Melo on Morte e destruição em Gaza
Pobre Mineiro on Inspiração para a Nakba?
Historiador Libertário on Randianos são coletivistas genocidas
Historiador Libertário on Randianos são coletivistas genocidas
Historiador Libertário on Randianos são coletivistas genocidas
Historiador Libertário on Randianos são coletivistas genocidas
Maurício J. Melo on A controvérsia em torno de JFK
Joaquim Saad on Canudos vs estado positivo
Maurício J. Melo on A Economia de Javier Milei
Maurício J. Melo on A Economia de Javier Milei
Maurício J. Melo on Combatendo a ofensiva do Woke
Pobre Mineiro on Rothbard sobre Guerra
Douglas Silvério on As seis lições
Maurício José Melo on A verdadeira tragédia de Waco
Joaquim Saad on O Retorno à Moeda Sólida
Joaquim Saad on O Retorno à Moeda Sólida
Maurício J. Melo on Juízes contra o Império da Lei
Revoltado on George Floyd se matou
Revoltado on George Floyd se matou
Juan Pablo Alfonsin on Normalizando a feiura e a subversão
Cláudio Aparecido da Silva. on O conflito no Oriente Médio e o que vem por aí
Maurício J. Melo on A economia e o mundo real
Maurício J. Melo on George Floyd se matou
Victor Camargos on A economia e o mundo real
Pobre Mineiro on George Floyd se matou
Revoltado on George Floyd se matou
Universitário desmiolado on A precária situação alimentar cubana
JOSE CARLOS RODRIGUES on O maior roubo de ouro da história
Historiador Libertário on Rothbard, Milei, Bolsonaro e a nova direita
Pobre Mineiro on Vitória do Hamas
Edvaldo Apolinario da Silva on Greves e sindicatos criminosos
Maurício J. Melo on Como se define “libertário”?
Maurício J. Melo on A economia da guerra
Alexander on Não viva por mentiras
Lady Gogó on Não viva por mentiras
Roberto on A era da inversão
Roberto on A era da inversão
Samsung - Leonardo Hidalgo Barbosa on A anatomia do Estado
Maurício J. Melo on O Anarquista Relutante
Caterina Mantuano on O Caminho da Servidão
Maurício J. Melo on Mais sobre Hiroshima e Nagasaki
Pedro Lopes on A realidade na Ucrânia
Eduardo Prestes on A verdade sobre mães solteiras
Guilherme on Imposto sobre rodas
José Olimpio Velasques Possobom on Precisamos de verdade e beleza
Ex-microempresario on A OMS é um perigo real e presente
José Olimpio Velasques Possobom on A OMS é um perigo real e presente
Maurício J. Melo on Rothbard sobre o utilitarismo
LUIZ ANTONIO LORENZON on Papa Francisco e a vacina contra a Covid
Juri Peixoto on Entrevistas
Maurício J. Melo on Os Incas e o Estado Coletivista
Marcus Seixas on Imposto sobre rodas
Samuel Jackson on Devemos orar pela Ucrânia?
Maurício J. Melo on Imposto sobre rodas
Lucas Q. J. on Imposto sobre rodas
Tony Clusters on Afinal, o agro é fascista?
Joaquim Saad on A justiça social é justa?
Caterina on Mercado versus estado
Fernando Chiocca on A ética da liberdade
Fernando Chiocca on A verdadeira tragédia de Waco
Carlos Eduardo de Carvalho on Ação Humana – Um Tratado de Economia
João Marcos Theodoro on Ludwig von Mises: um racionalista social
Maurício José Melo on Lacrada woke em cima de Rothbard?
José Carlos Munhol Jr on Lacrada woke em cima de Rothbard?
Fernando Chiocca on Lacrada woke em cima de Rothbard?
Matador de onça on Os “direitos” dos animais
Micael Viegas Alcantara de Souza on Em defesa do direito de firmar contratos livremente
Adversário do Estado on Lacrada woke em cima de Rothbard?
Maurício José Melo on Nações por consentimento
Nairon de Alencar on Precisamos do Estado?
Marcus Seixas on Aflições Econômicas
Nairon de Alencar on O Governo Onipotente
Demetrius Giovanni Soares on O Governo Onipotente
Nairon de Alencar on A economia da inveja
Nairon de Alencar on Leitura de Sima Qian
Nairon de Alencar on O que sabíamos nos primeiros dias
Cândido Martins Ribeiro on A Mulher Rei dá ‘tilt’ na lacração
Robertodbarros on Precisamos de verdade e beleza
Cândido Martins Ribeiro on Precisamos de verdade e beleza
Cândido Martins Ribeiro on Precisamos de verdade e beleza
Robertodbarros on Precisamos de verdade e beleza
Marcus Seixas on O problema da democracia
Marcus Seixas on O problema da democracia
Marco Antonio F on O problema da democracia
Marco Antonio F on O problema da democracia
Cândido Martins Ribeiro on O problema da democracia
Cândido Martins Ribeiro on As linhas de frente das guerras linguísticas
Richard Feynman on Por que você não vota?
Maurício J. Melo on A fogueira de livros do Google
Maurício J. Melo on Por que você não vota?
Maurício J. Melo on Em defesa dos demagogos
Yabhiel M. Giustizia on Coerção e Consenso
Maurício J. Melo on Hoppefobia Redux
Maurício J. Melo on O problema com a autoridade
Maurício J. Melo on Raça! Aquele livro de Murray
Cândido Martins Ribeiro on Europa se suicida com suas sanções
Cândido Martins Ribeiro on Como os monarcas se tornaram servos do Estado
Nikus Janestus on Os “direitos” dos animais
João Marcos Theodoro on O verdadeiro significado de inflação
Maurício J. Melo on O ex-mafioso e a Democracia
Nikus Janestus on O ex-mafioso e a Democracia
Maurício J. Melo on Comédia Vs Estado
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Al Capone e a data de validade
Fernando Chiocca on Comédia Vs Estado
dannobumi on Comédia Vs Estado
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Demetrius Giovanni Soares on Patentes e Progresso
Demetrius Giovanni Soares on O coletivismo implícito do minarquismo
Demetrius Giovanni Soares on O coletivismo implícito do minarquismo
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Demetrius Giovanni Soares on Carta aos Brasileiros Contra a Democracia
Demetrius Giovanni Soares on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Cândido Martins Ribeiro on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Patentes e Progresso
Maurício J. Melo on Mensagem de Natal de Viganò
Maurício J. Melo on Mentiras feias do Covid
Cândido Martins Ribeiro on Soljenítsin sobre a OTAN, Ucrânia e Putin
Cândido Martins Ribeiro on Soljenítsin sobre a OTAN, Ucrânia e Putin
Maurício J. Melo on Os vândalos linguísticos
Richard Feynman on A guerra imaginária
Shrek on Morte por vacina
Maurício J. Melo on Morte por vacina
Kletos Kassaki on Os verdadeiros anarquistas
Cândido Martins Ribeiro on A guerra imaginária
Maurício J. Melo on A guerra imaginária
Thomas Morus on A guerra imaginária
Cândido Martins Ribeiro on A guerra imaginária
Joaquim Saad on Os verdadeiros anarquistas
Cândido Martins Ribeiro on A conspiração Covid contra a humanidade
Gabriel Figueiro on Estado? Não, Obrigado!
Maurício J. Melo on Revelação do método
Maurício J. Melo on A missão de Isaías
Maurício J. Melo on A questão dos camelôs
Nikus Janestus on A questão dos camelôs
Ancapo Resfrogado on Votar deveria ser proibido
Fernando Chiocca on A missão de Isaías
Maurício J. Melo on Reservas fracionárias são fraude
Sedevacante Católico on A missão de Isaías
Sedevacante Católico on Uma vitória para a vida e a liberdade
Richard Feynman on A missão de Isaías
Richard Feynman on Cristianismo Vs Estatismo
Nikus Janestus on Cristianismo Vs Estatismo
Maurício J. Melo on Cristianismo Vs Estatismo
Maurício J. Melo on A ontologia do bitcoin
Maurício J. Melo on Sobre “as estradas” . . .
Nikus Janestus on Sobre “as estradas” . . .
Maurício J. Melo on Sobre “as estradas” . . .
Nikus Janestus on Sobre “as estradas” . . .
Richard Feynman on A busca pela liberdade real
Robertodbarros on A busca pela liberdade real
Maurício J. Melo on Coletivismo de Guerra
Maurício J. Melo on A Ditadura Ginocêntrica Ocidental
Simon Riley on Contra a Esquerda
Thomas Cotrim on Canudos vs estado positivo
Junior Lisboa on Canudos vs estado positivo
Thomas Cotrim on Canudos vs estado positivo
Maurício J. Melo on Canudos vs estado positivo
Maurício J. Melo on A guerra da Ucrânia é uma fraude
Richard Feynman on Descentralizado e neutro
Maurício J. Melo on O inimigo dos meus inimigos
Maurício J. Melo on Descentralizado e neutro
Maurício J. Melo on Descentralizado e neutro
Maurício J. Melo on A questão das nacionalidades
Maurício J. Melo on Todo mundo é um especialista
Maurício J. Melo on Adeus à Dama de Ferro
Maurício J. Melo on As elites erradas
Maurício J. Melo on Sobre a defesa do Estado
Maurício J. Melo on Após os Romanovs
Maurício J. Melo on A situação militar na Ucrânia
Amigo do Ancapistao on Entendendo a guerra entre oligarquias
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on Toda a nossa pompa de outrora
Maurício J. Melo on Duas semanas para achatar o mundo
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on Após os Romanovs
Maurício J. Melo on Os antropólogos refutaram Menger?
Dalessandro Sofista on O mito de hoje
Dalessandro Sofista on Uma crise mundial fabricada
Maurício J. Melo on O mito de hoje
Carlos Santanna on A vingança dos Putin-Nazistas!
Maurício J. Melo on O inimigo globalista
cosmic dwarf on O inimigo globalista
Maurício J. Melo on O inimigo globalista
Richard Feynman on Heróis, vilões e sanções
Fernando Chiocca on A vingança dos Putin-Nazistas!
Maurício J. Melo on A vingança dos Putin-Nazistas!
Marcus Seixas on O que temos a perder
Maurício J. Melo on Putin é o novo coronavírus?
Maurício J. Melo on A esquerda, os pobres e o estado
Maurício J. Melo on Heróis, vilões e sanções
Maurício J. Melo on O que temos a perder
Richard Feynman on Heróis, vilões e sanções
Maurício J. Melo on Heróis, vilões e sanções
Maurício J. Melo on Tudo por culpa da OTAN
Maurício J. Melo on O Ocidente é o melhor – Parte 3
Maurício J. Melo on Trudeau: nosso inimigo mortal
Teóphilo Noturno on Pelo direito de não ser cobaia
pauloricardomartinscamargos@gmail.com on O verdadeiro crime de Monark
Maurício J. Melo on O verdadeiro crime de Monark
Maurício J. Melo on A Matrix Covid
cosmic dwarf on A Matrix Covid
vagner.macedo on A Matrix Covid
Vitus on A Matrix Covid
Maurício J. Melo on Síndrome da Insanidade Vacinal
James Lauda on Mentiras gays
cosmic dwarf on Mentiras gays
Marcus Seixas on Da escuridão para a luz
Maurício J. Melo on Da escuridão para a luz
Maurício J. Melo on Mentiras gays
Richard Feynman on Mentiras gays
carlosoliveira on Mentiras gays
carlosoliveira on Mentiras gays
Maurício J. Melo on A mudança constante da narrativa
Mateus Duarte on Mentiras gays
Richard Feynman on Nem votos nem balas
Richard Feynman on Nem votos nem balas
Richard Feynman on O que deve ser feito
Fabricia on O que deve ser feito
Maurício J. Melo on Moderados versus radicais
Richard Feynman on Moderados versus radicais
Richard Feynman on As crianças do comunismo
felipecojeda@gmail.com on O sacrifício monumental de Novak Djokovic
Matos_Rodrigues on As crianças do comunismo
Matos_Rodrigues on As crianças do comunismo
Maurício J. Melo on As crianças do comunismo
Richard Feynman on É o fim das doses de reforço
Maurício J. Melo on É o fim das doses de reforço
felipecojeda@gmail.com on É o fim das doses de reforço
Kletos Kassaki on É o fim das doses de reforço
Maurício J. Melo on Rothbard e as escolhas imorais
Maurício J. Melo on A apartação dos não-vacinados
Maurício J. Melo on A apartação dos não-vacinados
Yuri Castilho Wermelinger on Como retomar nossa liberdade em 2022
Marcus Seixas on Uma sociedade conformada
Maurício J. Melo on Abaixo da superfície
Robertodbarros on Abaixo da superfície
Richard Feynman on Anarquismo cristão
Maurício J. Melo on Anarquismo cristão
Quebrada libertaria on Anarquismo cristão
gfaleck@hotmail.com on Anarquismo cristão
Maurício J. Melo on Fauci: o Dr. Mengele americano
Maurício J. Melo on O homem esquecido
Filodóxo on O custo do Iluminismo
Maurício J. Melo on Contra a Esquerda
RF3L1X on Contra a Esquerda
RF3L1X on Contra a Esquerda
Robertodbarros on Uma pandemia dos vacinados
Robertodbarros on Uma pandemia dos vacinados
Maurício J. Melo on A questão do aborto
Pedro Lucas on A questão do aborto
Pedro Lucas on A questão do aborto
Pedro Lucas on A questão do aborto
Pedro Lucas on A questão do aborto
Maurício J. Melo on Hugh Akston = Human Action?
Richard Feynman on Corrupção legalizada
Principalsuspeito on Corrupção legalizada
Maurício J. Melo on Hoppefobia
Maurício J. Melo on Hoppefobia
Richard Feynman on O que a economia não é
Richard Feynman on O que a economia não é
Maurício J. Melo on O que a economia não é
Richard Feynman on O que a economia não é
Douglas Volcato on O Mito da Defesa Nacional
Douglas Volcato on Economia, Sociedade & História
Canal Amplo Espectro Reflexoes on A Cingapura sozinha acaba com a narrativa covidiana
Daniel Vitor Gomes on Hayek e o Prêmio Nobel
Maurício J. Melo on Hayek e o Prêmio Nobel
Maurício J. Melo on Democracia e faits accomplis
Gilciclista on DECLARAÇÃO DE MÉDICOS
Gael I. Ritli on O inimigo é sempre o estado
Maurício J. Melo on Claro que eu sou um libertário
Maurício J. Melo on DECLARAÇÃO DE MÉDICOS
Maurício J. Melo on Donuts e circo
Maurício J. Melo on Um libertarianismo rothbardiano
Daniel Vitor Gomes on O mito da “reforma” tributária
Daniel Vitor Gomes on Populismo de direita
Daniel Vitor Gomes on Os “direitos” dos animais
Daniel Vitor Gomes on Os “direitos” dos animais
Maurício J. Melo on A verdade sobre fake news
Hemorroida Incandescente do Barroso on Socialismo – Uma análise econômica e sociológica
Richard Feynman on Nem votos nem balas
Maurício J. Melo on Nem votos nem balas
Richard Feynman on Nem votos nem balas
Richard Feynman on A lei moral contra a tirania
Maurício J. Melo on A ética da liberdade
cosmic dwarf on O Império contra-ataca
peridot 2f5l cut-5gx on Nacionalismo e Secessão
Maurício J. Melo on Nacionalismo e Secessão
The Schofield County on O catolicismo e o austrolibertarianismo
The Schofield County on O catolicismo e o austrolibertarianismo
pauloartur1991 on O Mito da Defesa Nacional
Cadmiel Estillac Pimentel on A teoria subjetivista do valor é ideológica?
Maurício J. Melo on Anarcocapitalismo e nacionalismo
Maurício J. Melo on A pobreza: causas e implicações
Richard Feynman on O inimigo é sempre o estado
Robertodbarros on Como o Texas matou o Covid
cosmic dwarf on Como o Texas matou o Covid
ApenasUmInfiltradonoEstado on Cientificismo, o pai das constituições
Paulo Marcelo on A ascensão do Bitcoin
Robertodbarros on O inimigo é sempre o estado
Maurício J. Melo on O inimigo é sempre o estado
Fernando Chiocca on O inimigo é sempre o estado
Robertodbarros on O inimigo é sempre o estado
Maurício J. Melo on O inimigo é sempre o estado
Rafael Henrique Rodrigues Alves on Criptomoedas, Hayek e o fim do papel moeda
Richard Feynman on Que mundo louco
Maurício J. Melo on Que mundo louco
gabriel9891 on Os perigos das máscaras
Will Peter on Os perigos das máscaras
Fernando Chiocca on Os perigos das máscaras
guilherme allan on Os perigos das máscaras
Juliano Arantes de Andrade on Não existe “seguir a ciência”
Maurício J. Melo on Mises sobre secessão
Fernando Chiocca on O velho partido novo
Maurício J. Melo on O velho partido novo
Richard Feynman on O velho partido novo
Maurício J. Melo on Não temas
Claudio Souza on Brasil, tira tua máscara!
Maurício J. Melo on Por que imposto é roubo
Yuri Castilho Wermelinger on A felicidade é essencial
Yuri Castilho Wermelinger on Como se deve viver?
Yuri Castilho Wermelinger on Como se deve viver?
Yuri Castilho Wermelinger on Por que o jornalismo econômico é tão ruim?
Yuri Castilho Wermelinger on Por que o jornalismo econômico é tão ruim?
Maurício J. Melo on Como se deve viver?
Yuri Castilho Wermelinger on Harmonia de classes, não guerra de classes
Yuri Castilho Wermelinger on Meu empregador exige máscara, e agora?
Yuri Castilho Wermelinger on O aniversário de 1 ano da quarentena
Maurício J. Melo on Em defesa do Paleolibertarianismo
Maurício J. Melo on O cavalo de Troia da concorrência
Maurício J. Melo on A Era Progressista e a Família
Rômulo Eduardo on A Era Progressista e a Família
Yuri Castilho Wermelinger on Quem controla e mantém o estado moderno?
Richard Feynman on Por que Rothbard perdura
Mauricio J. Melo on O mito do “poder econômico”
Mauricio J. Melo on O mito do “poder econômico”
Yuri Castilho Wermelinger on O mito do “poder econômico”
Yuri Castilho Wermelinger on O mito do “poder econômico”
Yuri Castilho Wermelinger on Manipulação em massa – Como funciona
Yuri Castilho Wermelinger on Coca-Cola, favoritismo e guerra às drogas
Mauricio J. Melo on Justiça injusta
Yuri Castilho Wermelinger on Coca-Cola, favoritismo e guerra às drogas
Richard Feynman on A grande fraude da vacina
Yuri Castilho Wermelinger on Hoppefobia
Mauricio J. Melo on Hoppefobia
Yuri Castilho Wermelinger on Máscara, moeda, estado e a estupidez humana
Joaquim Saad de Carvalho on Máscara, moeda, estado e a estupidez humana
Marcos Vasconcelos Kretschmer on Economia em 15 minutos
Mauricio J. Melo on Mises contra Marx
Zeli Teixeira de Carvalho Filho on A deplorável ascensão dos idiotas úteis
Joaquim Alberto Vasconcellos on A deplorável ascensão dos idiotas úteis
A Vitória Eugênia de Araújo Bastos on A deplorável ascensão dos idiotas úteis
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on A farsa sobre Abraham Lincoln
Maurício J. Melo on A farsa sobre Abraham Lincoln
charles santos da silva on Hoppe sobre como lidar com o Corona 
Luciano Gomes de Carvalho Pereira on Bem-vindo a 2021, a era da pós-persuasão!
Luciano Gomes de Carvalho Pereira on Bem-vindo a 2021, a era da pós-persuasão!
Rafael Rodrigo Pacheco da Silva on Afinal, qual é a desse “Grande Reinício”?
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on A deplorável ascensão dos idiotas úteis
Wendel Kaíque Padilha on A deplorável ascensão dos idiotas úteis
Marcius Santos on O Caminho da Servidão
Maurício J. Melo on A gênese do estado
Maurício J. Melo on 20 coisas que 2020 me ensinou
Kletos on Mostrar respeito?
Juliano Oliveira on 20 coisas que 2020 me ensinou
maria cleonice cardoso da silva on Aliança Mundial de Médicos: “Não há Pandemia.”
Regina Cassia Ferreira de Araújo on Aliança Mundial de Médicos: “Não há Pandemia.”
Alex Barbosa on Brasil, tira tua máscara!
Regina Lúcia Allemand Mancebo on Brasil, tira tua máscara!
Marcelo Corrêa Merlo Pantuzza on Aliança Mundial de Médicos: “Não há Pandemia.”
A Vitória Eugênia de Araújo Bastos on A maior fraude já perpetrada contra um público desavisado
Kletos on Salvando Vidas
Maurício J. Melo on As lições econômicas de Belém
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on O futuro que os planejadores nos reservam
Fernando Chiocca on Os “direitos” dos animais
Maurício J. Melo on O mito da Constituição
Maurício J. Melo on Os alemães estão de volta!
Tadeu de Barcelos Ferreira on Não existe vacina contra tirania
Maurício J. Melo on Em defesa do idealismo radical
Maurício J. Melo on Em defesa do idealismo radical
RAFAEL RODRIGO PACHECO DA SILVA on A incoerência intelectual do Conservadorismo
Thaynan Paulo Fernandes Bezerra de Mendonça on Liberdade através do voto?
Maurício J. Melo on Liberdade através do voto?
Maurício J. Melo on Políticos são todos iguais
Fernando Chiocca on Políticos são todos iguais
Vitor_Woz on Por que paleo?
Maurício Barbosa on Políticos são todos iguais
Maurício J. Melo on Votar é burrice
Graciano on Votar é burrice
Maurício J. Melo on Socialismo é escravidão (e pior)
Raissa on Gaslighting global
Maurício J. Melo on Gaslighting global
Maurício J. Melo on O ano dos disfarces
Maurício J. Melo on O culto covidiano
Graciano on O ano dos disfarces
Johana Klotz on O culto covidiano
Graciano on O culto covidiano
Fernando Chiocca on O culto covidiano
Mateus on O culto covidiano
Leonardo Ferraz on O canto de sereia do Estado
Maurício J. Melo on Quarentena: o novo totalitarismo
Maurício J. Melo on Por que o Estado existe?  
Fernando Chiocca on I. Um libertário realista
Luis Ritta on O roubo do TikTok
Maurício J. Melo on Síndrome de Melbourne
Maurício J. Melo on Porta de entrada
Joaquim Saad on Porta de entrada
Kletos Kassaki on No caminho do estado servil
Maurício de Souza Amaro on Aviso sobre o perigo de máscaras!
Joaquim Saad on Justiça injusta
Maurício de Souza Amaro on Aviso sobre o perigo de máscaras!
RAFAEL BORTOLI DEBARBA on No caminho do estado servil
Maurício J. Melo on Mises e Rothbard sobre democracia
Bruno Silva on Justiça injusta
Alberto Soares on O efeito placebo das máscaras
Bovino Revoltado on O medo é um monstro viral
Austríaco Iniciante on O medo é um monstro viral
Fernando Chiocca on A ética dos Lambedores de Botas
Matheus Alexandre on Opositores da quarentena, uni-vos
Maria Luiza Rivero on Opositores da quarentena, uni-vos
Rafael Bortoli Debarba on #SomosTodosDesembargardor
Ciro Mendonça da Conceição on Da quarentena ao Grande Reinício
Henrique Davi on O preço do tempo
Manoel Castro on #SomosTodosDesembargardor
Felipe L. on Por que não irei usar
Eduardo Perovano Santana on Prezados humanos: Máscaras não funcionam
Maurício J. Melo on Por que não irei usar
Pedro Antônio do Nascimento Netto on Prefácio do livro “Uma breve história do homem”
Joaquim Saad on Por que não irei usar
Matheus Alexandre on Por que não irei usar
Fernando Chiocca on Por que não irei usar
Fernando Chiocca on Por que não irei usar
Daniel Brandao on Por que não irei usar
LEANDRO FERNANDES on Os problemas da inflação
Luciana de Ascenção on Aviso sobre o perigo de máscaras!
Manoel Graciano on Preservem a inteligência!
Manoel Graciano on As lições do COVID-19
Manoel Graciano on Qual partido disse isso?
Manoel Graciano on Ambientalismo e Livre-Mercado
Abacate Libertário on O Ambientalista Libertário
Douglas Volcato on Uma defesa da Lei Natural
Joaquim Saad on Uma defesa da Lei Natural
Douglas Volcato on O Rio e o Velho Oeste
Ernesto Wenth Filho on Nietzsche, Pandemia e Libertarianismo
LAERCIO PEREIRA on Doença é a saúde do estado
Maurício J. Melo on Doença é a saúde do estado
José Carlos Andrade on Idade Média: uma análise libertária
Wellington Silveira Tejo on Cientificismo, o pai das constituições
Barbieri on O Gulag Sanitário
filipi rodrigues dos santos on O coletivismo implícito do minarquismo
filipi rodrigues dos santos on O coletivismo implícito do minarquismo
Kletos Kassaki on O Gulag Sanitário
Paulo Alberto Bezerra de Queiroz on Por que Bolsonaro se recusa a fechar a economia?
Privacidade on O Gulag Sanitário
Jothaeff Treisveizs on A Lei
Fernando Chiocca on É mentira
Renato Batista Sant'Ana on É mentira
Vanessa Marques on Sem produção não há renda
Anderson Lima Canella on Religião e libertarianismo
edersonxavierx@gmail.com on Sem produção não há renda
Mauricio Barbosa on Sem produção não há renda
Eduardo on Poder e Mercado
Valéria Affonso on Vocês foram enganados
JOAO B M ZABOT on Serviços não essenciais
Marcelino Mendes Cardoso on Vocês foram enganados
Jay Markus on Vocês foram enganados
Caio Rodrigues on Vocês foram enganados
Fernando Chiocca on Vocês foram enganados
João Rios on Vocês foram enganados
Sebastião on Vocês foram enganados
Alexandre Moreira Bolzani on Vocês foram enganados
João Victor Deusdará Banci on Uma crise é uma coisa terrível de se desperdiçar
João Victor Deusdará Banci on Mises, Hayek e a solução dos problemas ambientais
José Carlos Andrade on Banco Central é socialismo
thinklbs on O teste Hitler
Daniel Martinelli on Quem matou Jesus Cristo?
Vinicius Gabriel Tanaka de Holanda Cavalcanti on O que é a inflação?
Maurício J. Melo on Quem matou Jesus Cristo?
Edivaldo Júnior on Matemática básica do crime
Fernando Schwambach on Matemática básica do crime
Carloso on O PISA é inútil
Vítor Cruz on A origem do dinheiro
Maurício José Melo on Para entender o libertarianismo direito
LUIZ EDMUNDO DE OLIVEIRA MORAES on União Europeia: uma perversidade econômica e moral
Fernando Chiocca on À favor das cotas racistas
Ricardo on Imposto sobre o sol
vastolorde on Imposto sobre o sol
Max Táoli on Pobres de Esquerda
Joaquim Saad on Imposto sobre o sol
Fernando Chiocca on A ética da polícia
Paulo José Carlos Alexandre on Rothbard estava certo
Paulo José Carlos Alexandre on Rothbard estava certo
Paulo Alberto Bezerra de Queiroz Magalhães on Como consegui ser um policial libertário por 3 anos
fabio bronzeli pie on Libertarianismo Popular Brasileiro
João Pedro Nachbar on Socialismo e Política
SERGIO MOURA on O PISA é inútil
Jemuel on O PISA é inútil
Mariahelenasaad@gmail.com on O PISA é inútil
Yuri CW on O PISA é inútil
Rodrigo on Contra a esquerda
José Carlos Andrade on A maldade singular da esquerda
Lucas Andrade on À favor das cotas racistas
DouglasVolcato on À favor das cotas racistas
Fernando Chiocca on À favor das cotas racistas
TEFISCHER SOARES on À favor das cotas racistas
Natan R Paiva on À favor das cotas racistas
Joaquim Saad on À favor das cotas racistas
Caio Henrique Arruda on À favor das cotas racistas
Guilherme Nunes Amaral dos Santos on À favor das cotas racistas
GUSTAVO MORENO DE CAMPOS on A arma de fogo é a civilização
Samuel Isidoro dos Santos Júnior on Hoppefobia
Edmilson Moraes on O toque de Midas dos parasitas
Mauro Horst on Teoria do caos
Fernando Chiocca on Anarquia na Somália
liberotário on Anarquia na Somália
Rafael Bortoli Debarba on O teste Hitler
Lil Ancap on Por que eu não voto
Matheus Martins on A origem do dinheiro
OSWALDO C. B. JUNIOR on Se beber, dirija?
Jeferson Caetano on O teste Hitler
Rafael Bortoli Debarba on O teste Hitler
Rafael Bortoli Debarba on Nota sobre a alteração de nome
Alfredo Alves Chilembelembe Seyungo on A verdadeira face de Nelson Mandela
Nilo Francisco Pereira netto on Socialismo à brasileira, em números
Henrique on O custo do Iluminismo
Fernando Chiocca on Mises explica a guerra às drogas
Rafael Pinheiro on Iguais só em teoria
Rafael Bortoli Debarba on A origem do dinheiro
João Lucas on A anatomia do Estado
Fernando Chiocca on Simplificando o Homeschooling
Guilherme Silveira on O manifesto ambiental libertário
Fernando Chiocca on Entrevista com Miguel Anxo Bastos
DAVID FERREIRA DINIZ on Política é violência
Fernando Chiocca on A possibilidade da anarquia
Guilherme Campos Salles on O custo do Iluminismo
Eduardo Hendrikson Bilda on O custo do Iluminismo
Daniel on MÚSICA ANCAP BR
Wanderley Gomes on Privatize tudo
Joaquim Saad on O ‘progresso’ de Pinker
Cadu Pereira on A questão do aborto
Daniel on Poder e Mercado
Neliton Streppel on A Lei
Erick Trauevein Otoni on Bitcoin – a moeda na era digital
Skeptic on Genericídio
Fernando Chiocca on Genericídio
Antonio Nunes Rocha on Lord Keynes e a Lei de Say
Skeptic on Genericídio
Elias Conceição dos santos on O McDonald’s como o paradigma do progresso
Ignacio Ito on Política é violência
ANCAPISTA on Socialismo e Política
Élber de Almeida Siqueira on O argumento libertário contra a Lei Rouanet
ANTONIO CESAR RODRIGUES ALMENDRA on O Feminismo e o declínio da felicidade das mulheres
Neta das bruxas que nao conseguiram queimar on O Feminismo e o declínio da felicidade das mulheres
Jonathan Silva on Teoria do caos
Fernando Chiocca on Os “direitos” dos animais
Gabriel Peres Bernes on Os “direitos” dos animais
Paulo Monteiro Sampaio Paulo on Teoria do caos
Mídia Insana on O modelo de Ruanda
Fernando Chiocca on Lei Privada
Joaquim Saad on Repensando Churchill
Helton K on Repensando Churchill
PETRVS ENRICVS on Amadurecendo com Murray
DANIEL UMISEDO on Um Livre Mercado em 30 Dias
Joaquim Saad on A verdade sobre fake news
Klauber Gabriel Souza de Oliveira on A verdadeira face de Nelson Mandela
Jean Carlo Vieira on Votar deveria ser proibido
Fernando Chiocca on A verdade sobre fake news
Lucas Barbosa on A verdade sobre fake news
Fernando Chiocca on A verdade sobre fake news
Arthur Clemente on O bem caminha armado
Fernando Chiocca on A falácia da Curva de Laffer
MARCELLO FERREIRA LEAO on A falácia da Curva de Laffer
Gabriel Ramos Valadares on O bem caminha armado
Maurício on O bem caminha armado
Rafael Andrade on O bem caminha armado
Raimundo Almeida on Teoria do caos
Vanderlei Nogueira on Imposto = Roubo
Vinicius on O velho partido novo
Mauricio on O mito Hiroshima
Lorhan Mendes Aniceto on O princípio da secessão
Ignacio Ito on O princípio da secessão
Matheus Almeida on A questão do aborto
Ignacio Ito on Imposto = Roubo
Hans Hoppe on Imposto = Roubo
Jonas Coelho Nunes on Mises e a família
Giovanni on A questão do aborto
Jan Janosh Ravid on A falácia da Curva de Laffer
Satoshi Rothbard on Por que as pessoas não entendem?
Fernando Chiocca on A agressão “legalizada”
Mateus Duarte on A agressão “legalizada”
Fernando Dutra on A ética da liberdade
Augusto Cesar Androlage de Almeida on O trabalhismo de Vargas: tragédia do Brasil
Fernando Chiocca on Como uma Economia Cresce
Hélio Fontenele on Como uma Economia Cresce
Grégoire Demets on A Mentalidade Anticapitalista
FILIPE OLEGÁRIO DE CARVALHO on Mente, Materialismo e o destino do Homem
Wallace Nascimento on A economia dos ovos de Páscoa
Vinicius Gabriel Tanaka de Holanda Cavalcanti on A economia dos ovos de Páscoa
Eugni Rangel Fischer on A economia dos ovos de Páscoa
Cristiano Firmino on As Corporações e a Esquerda
Luciano Pavarotti on Imposto é roubo
Luciano Pavarotti on As Corporações e a Esquerda
Leandro Anevérgetes on Fascismo: uma aflição bipartidária
FELIPE FERREIRA CARDOSO on Os verdadeiros campeões das Olimpíadas
mateus on Privatize tudo
victor barreto on O que é a inflação?
Fábio Araújo on Imposto é roubo
Henrique Meirelles on A falácia da Curva de Laffer
Paulo Filipe Ferreira Cabral on A falácia da Curva de Laffer
sephora sá on A pena de morte
Ninguem Apenas on A falácia da Curva de Laffer
UserMaster on O que é a inflação?
Pedro Enrique Beruto on O que é a inflação?
Matheus Victor on Socialismo e Política
Rafael on Por que paleo?
vanderlei nogueira on Sociedade sem estado
vanderlei nogueira on Independência de Brasília ou morte
vanderlei nogueira on Independência de Brasília ou morte
Fernando Chiocca on Por que paleo?
Esdras Donglares on Por que paleo?
Fernando Chiocca on A Amazônia é nossa?
Fernando Chiocca on A Amazônia é nossa?
Margareth on A Amazônia é nossa?
André Lima on A questão do aborto
Fernando Chiocca on Socialismo e Política
André Manzaro on Por que paleo?
Markut on O mito Hiroshima
Eduardo César on Por que paleo?
Thiago Ferreira de Araujo on Porque eles odeiam Rothbard
mauricio barbosa on Capitalismo bolchevique
Vinicius Gabriel Tanaka de Holanda Cavalcanti on Uma agência assassina
rodrigo nunes on Sociedade sem estado
Fernando Chiocca on A natureza interior do governo
Marcello Perez Marques de Azevedo on Porque eles odeiam Rothbard
Virgílio Marques on Sociedade sem estado
Vinicius Gabriel Tanaka de Holanda Cavalcanti on O que é a inflação?
Fernando Chiocca on A ética da liberdade
Fernando Chiocca on Os “direitos” dos animais
Rafael Andrade on Por que imposto é roubo
Joseli Zonta on O presente do Natal
Ana Fernanda Castellano on Liberalismo Clássico Vs Anarcocapitalismo
Luciano Takaki on Privatizar por quê?
joão bosco v de souza on Privatizar por quê?
saoPaulo on A questão do aborto
joão bosco v de souza on Sociedade sem estado
Luciano Takaki on Sociedade sem estado
Luciano Takaki on Privatizar por quê?
joão bosco v de souza on Sociedade sem estado
joão bosco v de souza on Privatizar por quê?
Júnio Paschoal on Hoppefobia
Sem nomem on A anatomia do estado
Fernando Chiocca on Teoria do caos
RAFAEL SERGIO on Teoria do caos
Luciano Takaki on A questão do aborto
Bruno Cavalcante on Teoria do caos
Douglas Fernandes Dos Santos on Revivendo o Ocidente
Hélio do Amaral on O velho partido novo
Rafael Andrade on Populismo de direita
Fernando Chiocca on Votar deveria ser proibido
Thiago Leite Costa Valente on A revolução de Carl Menger
mauricio barbosa on O mito do socialismo democrático
Felipe Galves Duarte on Cuidado com as Armadilhas Kafkianas
mauricio barbosa on A escolha do campo de batalha
Leonardo da cruz reno on A posição de Mises sobre a secessão
Votin Habbar on O Caminho da Servidão
Luigi Carlo Favaro on A falácia do valor intrínseco
Bruno Cavalcante on Hoppefobia
Wellington Pablo F. on Pelo direito de dirigir alcoolizado
ANONIMO on Votos e Balas
Marcos Martinelli on Como funciona a burocracia estatal
Bruno Cavalcante on A verdade, completa e inegável
Aristeu Pardini on Entenda o marxismo em um minuto
Fernando Chiocca on O velho partido novo
Enderson Correa Bahia on O velho partido novo
Eder de Oliveira on A arma de fogo é a civilização
Fernando Chiocca on A arma de fogo é a civilização
Heider Leão on Votar é uma grande piada
Leo Lana on O velho partido novo
Fernando Chiocca on O mito do império da lei
gustavo ortenzi on O mito do império da lei
Douglas Fernandes Dos Santos on Democracia – o deus que falhou
mauricio barbosa on INSS e a ilusão de seguridade
mauricio barbosa on Justiça e direito de propriedade
Josias de Paula Jr. on Independência de Brasília ou morte
Bruno Cavalcante on Democracia – o deus que falhou
paulistana on IMB sob nova direção
Alexandre on IMB sob nova direção