Uma cultura comercial é uma tautologia. Uma cultura política é um oximoro.
Um tolo acredita que uma proibição possa eliminar a devassidão. Uma pessoa de razão sabe que isso pode aumentar a atração dela.
Um tolo acredita que o caminho para destruir a cultura seja comercializá-la. Uma pessoa de razão sabe que esse caminho é subsidiá-la.
Um grosseirão libertário é uma possibilidade, mas um cavalheiro estatista é uma contradição.
Um nacionalista é alguém que elogia ilusões regionais por medo de confrontar realidades estrangeiras.
A maturidade estética é a capacidade de ignorar deliberadamente a moda sem transformar isso numa declaração de moda.
Aforismo: o precário meio-termo entre a banalidade breve e a obscuridade condensada.
Acreditar que o estado possa promover a cultura é como acreditar que uma arma apontada para a cabeça de alguém seja uma oferta de cavalheiros.
Fronteira: a expressão geográfica do paroquialismo tribal.
Coletivismo: a prática de explorar os humanos em nome da humanidade.
Conformismo: suicídio intelectual em câmera lenta.
Cultura é a liberdade com orgulho do seu potencial. Decadência é a liberdade com vergonha do seu mau uso.
A cultura é a expressão estética da primazia do indivíduo.
A decadência não é um sintoma de usufruir de muita liberdade, mas sim de considerar a liberdade como garantida.
Ética sem estética é pregação. Estética sem ética é decadência.
A moda é para a beleza o que a propaganda é para a verdade.
O individualismo está para o coletivismo assim como a sociedade está para um rebanho.
A liberdade é para a cultura o que honestidade é para o caráter.
Nacionalismo: a curiosa ideia de que os preconceitos tribais sejam moralmente superiores aos valores universais.
Politicamente correto: a noção de que a habilidade argumentativa suprema seja a capacidade de expressar histeria indignada.
A maturidade social não consiste em aceitar costumes sociais, mas sim em customizar a aceitação social.
Cultura subsidiada é barbárie em negação.
O fato de o libertarianismo não se preocupar com questões de cultura não o torna mais fraco em razão de incompletude cultural, mas mais forte em razão da universalidade cultural.
O sinal mais comum de senso comum e decência comum é confiar na liberdade e abominar a violência.
A única garantia de liberdade de cultura é uma cultura de liberdade.
O mundo conhecerá a paz quando a ficção dos interesses nacionais for substituída pela realidade dos direitos individuais.
Há poucas coisas mais tragicomicamente embaraçosas que um aspirante a intelectual tentando bajular a si mesmo ao chafurdar-se em anedotas sobre a idiotice dos “caipiras”.
Tradição: o freio de emergência do progresso irrefletido.
Duas características inconfundíveis de qualquer sociedade bárbara são a desconfiança em relação aos comerciantes e o amor em relação aos militares.
A vulgaridade é para a cultura o que a crueldade é para a moral.