Thursday, November 21, 2024
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Será que durante uma depressão as regras econômicas se alteram?

fadingbulldozersCompetidores ardilosos já sabem há anos que, se você não pode vencer o jogo, mude as regras.

Durante tempos econômicos normais, se alguém recomendasse que o governo contraísse empréstimos da ordem de um trilhão de dólares e gastasse toda essa quantia em literalmente qualquer coisa, a maioria dos economistas (bem como o bom senso) diria “Isso é loucura!”.  Sendo assim, seria de se pensar que especialmente no meio de uma severa recessão, quando as pessoas precisam se recuperar de seus consumos excessivos (estimulados pela política monetária do banco central), essa política de se endividar monstruosamente apenas para se gastar com inutilidades fosse vista como sendo de um ridículo atroz.

Ah, mas é aí que entram em cena os acadêmicos ardilosos.  De acordo com o nosso mais recente Prêmio Nobel, Paul Krugman, estamos agora em um período diferente, que requer uma nova abordagem econômica.  Essa seria a “economia da depressão”, situação em que as regras padrão não se aplicam.  Especificamente, diz o argumento, quando existem recursos ociosos disponíveis em abundância, o tradicional problema econômico da escassez desaparece.  Nesse cenário, o governo pode despreocupadamente se endividar e sair jogando todo esse dinheiro pela economia, pois tal medida irá certamente estimular a produção total.  E assim seria porque os trabalhadores agora empregados irão produzir mais do que se continuassem desempregados.

No presente artigo, vou decompor esse raciocínio e mostrar que as regras padrão continuam válidas para qualquer cenário.  Durante os tempos bons, o governo retirar recursos do setor privado pode ser visto apenas como desperdício; já essa mesma medida durante uma recessão – quando ela é tomada sob a desculpa de se estar querendo estimular a economia – é muito mais danosa.

O argumento dos recursos ociosos

Primeiro, vamos apresentar de maneira correta e imparcial o argumento que se faz em favor de um maciço “estímulo” governamental.  Embora Krugman tenha dito coisas equivalentes nos últimos meses, é Mark Thoma quem de fato fornece a declaração mais sucinta que eu já vi em defesa dessa posição.  Peço ao leitor que me perdoe a extensa citação, mas o assunto é crucial e realmente precisamos compreendê-lo bem para então atacá-lo.

Deixe-me explicar, através de um exemplo, por que acho que essas objeções [que impostos altos e empréstimos governamentais irão destruir empregos e inibir o investimento privado (efeitocrowding-out)] não se aplicam às economias em depressão.

Imagine que em uma determinada cidade haja uma fábrica de objetos quaisquer.  Essa fábrica fornece empregos para os trabalhadores da cidade.  No momento, a economia está em pleno emprego.  Portanto, todo mundo que quer um emprego à taxa corrente de remuneração, obtém esse emprego (vamos desconsiderar o inevitável desemprego friccional, que é quando as pessoas voluntariamente mudam de profissão, de cidade, etc).

Essa cidade também possui necessidades infraestruturais. Em específico, há uma ponte essencial ao comércio e que já não mais está aguentando o peso de caminhões carregados.  Isso está obrigando os caminhões que vão para o mercado, e que dele saem, a fazer um caminho bem mais longo e muito mais caro.

Se o governo tentar construir uma nova ponte ou tentar consertar a atual, e houver pleno emprego, ele será forçado a requisitar e retirar de outros setores os recursos necessários para tal.  Como não há mão-de-obra ou quaisquer outros recursos ociosos esperando para serem empregados, o governo, se quiser utilizar mão-de-obra, matérias primas e equipamentos para consertar a ponte, terá de retirar esses recursos de outros setores.  Uma grua sendo utilizada na ponte não pode estar construindo uma nova fábrica ao mesmo tempo; da mesma forma, a mão-de-obra para construir a ponte deverá ser retirada da fábrica da cidade, e por aí vai.  Nesse cenário, veremos um substancial crowding-out do investimento privado.

É correto, nesse caso, dizer que os gastos governamentais irão tolher o investimento privado, e que, no máximo, poderão apenas alterar a composição dos empregos – ele não pode alterar os números.  No exemplo acima, a mão-de-obra foi deslocada da fábrica para a ponte, mas não houve mudança na quantidade total de trabalhadores.

Mas alteremos a situação.  Suponha que, por alguma razão, venha uma recessão e a demanda pelos produtos da fábrica caia nacionalmente.  Por causa disso, um grande número de trabalhadores é demitido.  Eles aceitariam trabalhar por qualquer salário, mas já procuraram, procuraram e não encontraram emprego algum.

Nesse caso, o gasto governamental não inibirá o investimento privado.  Além disso, o gasto vai criar empregos, e não apenas alterar a composição.  Suponhamos, para facilitar o raciocínio, que o número de trabalhadores demitidos é exatamente o número necessário para se construir uma nova ponte (caso não seja, basta alterar a lista de projetos, criando mais ou menos obras até que os números se equivalham).

Quando o governo intervém e contrata trabalhadores para construir a ponte, ele não está retirando mão-de-obra de outros setores.  Há uma recessão, as empresas não estão construindo novas fábricas, não se está demandando novos prédios – ou ao menos não na quantidade demandada quando se estava no pleno emprego – e há gruas ociosas nos pátios, apenas esperando para serem empregadas.  Recursos como a mão-de-obra não mais estão plenamente empregados, e colocá-los para trabalhar não significa que outros setores deixarão de produzir.  Nas economias em depressão – quando há recursos ociosos em desemprego involuntário – o crowding-out não é um problema.

Quando falamos sobre crowding-out, estamos falando que os gastos governamentais com a construção de pontes – utilizando gruas, mão-de-obra, etc. – desloca o investimento privado.  Se de fato o investimento privado é mais produtivo que o investimento governamental (algo que não é completamente claro em se tratando de uma ponte, caso essa ponte seja uma infraestrutura essencial), então o crescimento futuro será menor por causa do menor nível de investimento feito pelo setor privado.

Mas em uma economia em depressão, as coisas são diferentes.  A escolha não está entre uma nova ponte e uma nova fábrica; a escolha é entre ter uma ponte ou nenhuma ponte (você poderia tentar induzir o setor privado a construir uma fábrica através de incentivos fiscais ou outros meios, porém boa sorte quanto a isso em uma depressão). [Ênfases minhas]

Após essa longa citação, já temos uma sólida idéia do pensamento krugmaniano: colocar recursos ociosos para trabalhar só trará benefícios, uma vez que é melhor empregar pessoas para produzir bens que ninguém quer do que deixá-las sem nada pra fazer.

Infelizmente, há vários defeitos funestos nesse raciocínio, os quais iremos explicar agora.

Um estímulo “sábio” do governo é incapaz de escolher apenas os recursos ociosos

Mesmo em seus próprios termos, o cenário descrito por Thoma é inadequado por ser totalmente irrealista.  É absurdo imaginar que o governo possa criar programas de gastos que utilizariam apenas recursos ociosos.  O pensamento keynesiano “macro” ignora a complexa estrutura do capital de uma economia.  Construir uma ponte requer muito mais do que gruas e uma mão-de-obra genérica.  Por exemplo, é necessário gasolina para se fazer o transporte diário dos trabalhadores para o canteiro de obras.  Pregos, parafusos, aço, madeira serrada e outros recursos serão canalizados para a nova ponte, e pelo menos alguns desses insumos serão retirados de outras áreas do setor privado, ao invés de simplesmente deixarem o estado de repouso.

Dentro da ampla categoria “mão-de-obra” encontramos uma situação similar logo que começamos a pensar mais a sério no problema.  Por exemplo, se a cidade de Houston quer construir uma nova ponte, será que absolutamente todas as pessoas envolvidas no projeto serão aquelas que estavam desempregadas e que moram nas redondezas da ponte?  Certamente o projeto irá atrair engenheiros, capatazes e outros trabalhadores experientes que ainda estavam empregados mesmo durante a recessão, e que, portanto, não mais poderão trabalhar em tantos projetos do setor privado quanto poderiam caso contrário.

O que é particularmente irônico nessa discussão sobre recursos ociosos é que tal situação requer que os keynesianos pró-estímulo sejam muito meticulosos em suas recomendações sobre projetos de gastos governamentais.  Afinal, se o objetivo é atrair recursos que estão ociosos, então o pacote de estímulo deve ser cuidadosamente elaborado para atrair tais recursos. Mas será mesmo que, por exemplo, pontes e estradas requerem mão-de-obra e outros insumos na mesma proporção que construções imobiliárias?  Ou na mesma proporção que o setor financeiro?  Ou, trazendo para a atual realidade americana, será que é possível fazer com que a construção de um novo sistema de esgoto requeira o serviço de bancos de investimento (atualmente quebrados) e insumos como telhas de madeira em uma combinação tal que os gastos do governo local possam contrabalançar perfeitamente o estouro da bolha imobiliária, fazendo com que os desempregados desse setor arrumem empregos?

Embora tivessem a obrigação de explicitar a teoria, o fato é que os keynesianos, na prática, não estão (obviamente) nem um pouco preocupados com os projetos específicos a serem financiados.  Raciocinar assim desviaria o foco, eles dizem. (Observe que o “foco” muda dependendo do argumento).  Para que o leitor não me acuse de estar sendo injusto, eis Paul Krugman palpitando sobre o assunto [ênfases minhas]:

O segredo quando se está numa situação como essa é entender que as regras normais não mais se aplicam.  Geralmente ficaríamos satisfeitos com um aumento nos investimentos privados; mas atualmente estamos vivendo em um mundo sujeito ao “paradoxo da poupança”, no qual a virtude privada é um vício público.  Normalmente queremos ser cautelosos quanto ao dinheiro público, desejando que ele seja gasto sabiamente; na atual situação, o crucial é que ele seja gasto rapidamente. (John Maynard Keynes certa vez sugeriu que o estado enterrasse jarras de dinheiro dentro de minas de carvão e colocasse o setor privado para cavá-las de volta – não como uma proposta real, mas como uma maneira de enfatizar a prioridade de se estimular a demanda).

Pra começar, por que os recursos estão ociosos?

Ainda que apresentem uma séria objeção, minhas considerações acima apenas argumentam que, na prática, seria difícil criar um pacote de estímulos que acomodasse todas as necessidades especificadas.  Mas mesmo se considerássemos que o governo tivesse essa capacidade – ou seja, que o governo pudesse gastar dinheiro de uma maneira que utilizasse apenas os recursos ociosos -, tal medida ainda assim seria perniciosa e deixaria a economia mais pobre.

Para ver porquê, é preciso antes de tudo entender o que está fazendo com que muitos recursos estejam ociosos.  De acordo com a teoria austríaca dos ciclos econômicos, a bolha imobiliária e a bolha da bolsa de valores foram estimuladas pela decisão de Alan Greenspan de cortar as taxas de juros como forma de tentar garantir um “pouso suave” para a economia após o estouro das empresas ponto.com e os ataques de 11 de setembro.  Esse estímulo artificial incitou o empreendimento de inúmeros projetos que eram insustentáveis.

Em resumo: os juros artificialmente baixos fizeram com que as pessoas no setor privado tomassem decisões de investimento como se os recursos reais à disposição para “financiar” esses projetos até sua conclusão final fossem muito maiores do que eram de fato.  Quando a realidade se reafirmou, muitos dos projetos tiveram de ser abandonados, o que significa que os trabalhadores e os recursos envolvidos tiveram de ser dispensados. (Leiaesse artigo para ver a analogia que Mises faz dessa situação utilizando o exemplo de um mestre-de-obras sendo iludido por um estoque adulterado de recursos; e entenda por que os trabalhadores ficam desempregados logo que ele descobre seu erro).

Quando as pessoas no setor privado perceberam que tinham tomado decisões erradas durante os anos do boom artificial, elas tiveram de interromper os negócios que vinham fazendo e descobrir uma maneira de tirar o melhor proveito dessa situação ruim.  Proprietários de casas que passaram anos sem se preocupar em poupar (pois confiavam que os preços dos imóveis iriam subir eternamente, o que lhes possibilitava seguidos refinanciamentos) tiverem repentinamente de cortar gastos para compensar pelos anos de consumo descontrolado, enquanto que os empreendedores precisavam decidir quais atividades poderiam ser lucrativamente levadas adiante, considerando-se a nova configuração econômica.

O fato é que os trabalhadores e os outros recursos que foram indevidamente alocados para a construção imobiliária e para os bancos de investimento de Wall Street precisavam ser removidos para outros setores.  Esse processo de realocação de fatores e redimensionamento da estrutura econômica é fantasticamente complexo. Para se ter uma idéia, mesmo algo tão simples quanto a produção de um lápis requer a contribuição de milhares de trabalhadores ao redor de todo o mundo.

Por isso, não se trata simplesmente de redirecionar a bel prazer peões e gerentes de hedge-funds desempregados para determinados setores X, Y e Z, porque (como vimos acima) esses trabalhadores precisarão de ferramentas e recursos complementares que não foram liberados na mesma proporção.  Portanto, a questão é: qual o melhor fim para esses trabalhadores desempregados de modo que – considerando-se todas as coisas – o total final de bens produzidos seja aquele que melhor satisfaça os desejos do consumidor?  Como podemos estar certos de que direcionar os trabalhadores desempregados para a ocupação X não irá fazer mais mal do que bem?

Na prática, em uma economia de mercado, as pessoas resolvem esse problema fantasticamente complexo fazendo cálculos de lucro e prejuízo, os quais por sua vez dependem dos preços de mercado.  Por exemplo, um ex-analista quantitativo de Wall Street não estará prestando serviço algum se ficar inventando modelos matemáticos que dão nota máxima a algum derivativo lastreado em hipotecas.  Sendo assim, o que então esse desempregado Ph.D deve fazer agora?  Deveria ele ir para a universidade ensinar termodinâmica (assunto esse que provavelmente foi a matéria de sua tese)?  Ou seria a sua impressionante educação um completo desperdício, e ele seria mais útil – a essa altura, dada a realidade econômica – se estivesse operando algum caixa do Wal-Mart?

Ninguém sabe a resposta dessa questão.  O que ocorre durante um processo de recuperação é que o gênio desempregado inicialmente procura um emprego que lhe pague um salário equivalente ao seu último.  À medida que os meses vão passando, ele percebe que esse objetivo é irreal e começa então a diminuir seu preço mínimo.  Eventualmente ele irá encontrar um empregador com desejos compatíveis e os dois irão fazer um acordo que seja mutuamente benéfico.

Como minha história ilustra, o período de “desemprego ocioso” possui uma função real em uma economia de mercado.  É verdade que tais períodos de maciças descoordenações são quase sempre culpa de interferência governamental, porém qualquer que seja a causa inicial, não há como negar que a descoordenação é real.  Economistas como Krugman e Thoma agem como se recessões fossem causadas por períodos de ansiedade irracional dos consumidores, e que todos os problemas podem ser corrigidos por um simples empurrão na “demanda agregada”.

Ao contrário, a estrutura do capital da economia foi de fato levada a uma condição insustentável durante os anos da expansão econômica artificial, e levará algum tempo para que a bagunça seja ordenada.  Quando o governo incorre em déficits para financiar projetos de “estímulo”, isso significa apenas que se está obrigando os contribuintes a pagar por projetos que eles não querem e, por isso, não estão dispostos a gastar voluntariamente seu próprio dinheiro neles.  (É verdade que um grupo de cidadãos pode não ter a capacidade de construir uma nova ponte, mas isso não é o princípio básico do argumento de Krugman e Thoma.  Imagine que Thoma tivesse discutido o financiamento estatal de um novo shopping center).

Considerando-se que parte da queda na demanda se deve ao “pânico” geral e à busca pela liquidez, os políticos só pioram as coisas ao aumentarem o endividamento das famílias (pelo aumento da dívida interna) e ao jogaram dinheiro em projetos isolados.  Se um dono de restaurante interrompe a expansão de seus negócios porque a demanda despencou, como poderá a construção de uma ponte alterar as coisas?  O dono do restaurante não irá fazer um investimento de longo prazo baseando-se nos operários dessa ponte, dado que eles estarão desempregados assim que a ponte estiver finalizada.

Os investidores privados estão correndo em massa para os bens reais porque estão incertos até mesmo em relação ao curto prazo; e fazer com que trilhões de dólares estejam sujeitos a acordos políticos, e não a escolhas voluntárias do consumidor, irá apenas aumentar a incerteza em relação às condições futuras.  Os economistas favoráveis a pacotes de estímulos podem inventar novas justificativas o quanto quiserem; cada nova consideração apenas comprova o quão contraproducente suas propostas são.

Conclusão

É difícil pensar objetivamente sobre “recursos ociosos” quando estes são trabalhadores com famílias para alimentar.  O leitor que ainda está em cima do muro deveria antes analisar os argumentos, favoráveis e contrários, utilizando outros recursos.  Na seção de comentários de um blog, o professor da GMU Mario Rizzo relata como Milton Friedman utilizava em sala de aula o exemplo das camisas sociais nas prateleiras das lojas de departamento.  Adotando-se o ponto de vista krugmaniano, essas camisas são um estoque “ocioso” e estão claramente desperdiçadas no caótico setor privado.  Claramente o governo deve se endividar e gastar alguns bilhões comprando essas camisas, nem que seja apenas para utilizá-las como pano de chão no canteiro de obras.  Alguns críticos podem contestar dizendo que isso é um “desperdício” de recursos preciosos, mas e daí?  Qual o benefício trazido por uma camisa na prateleira?

A analogia acima não é tão irreverente quanto parece; o leitor realmente deveria pensar nas implicações dela.  Qualquer problema relacionado à sugestão irônica das camisas é (mais ou menos) aplicável aos trabalhadores desempregados.  Em particular, se o governo começasse a comprar camisas, isso levaria a um excesso de novas camisas sendo produzidas, da mesma forma que programas governamentais “pró-verde” irão induzir trabalhadores a abandonar outras áreas e irem para a produção de painéis solares.

Embora Krugman e Thoma tenham feito uma manobra retórica para salvar suas recomendações desastrosas, a alegação é falsa: as regras padrão da escassez continuam valendo, mesmo no meio de uma depressão.  Não importa qual seja o cenário, os gastos governamentais retiram recursos do setor privado.  Mesmo que o projeto empregue trabalhadores que estavam desempregados, isso ainda assim irá retardar a genuína recuperação do setor privado, porque há menos trabalhadores disponíveis para serem contratados por empreendedores.

Se o governo quer que a economia se recupere o mais rápido possível, a solução é simples: cortar gastos, cortar impostos, parar de inflacionar a oferta monetária e parar de alterar as regras a cada três dias.  Mas tal solução não será adotada, pois ela não permite que os políticos façam sua tradicional pose de generosos salvadores.

Robert P. Murphy
Robert P. Murphy
Robert P. Murphy é Ph.D em economia pela New York University, economista do Institute for Energy Research, um scholar adjunto do Mises Institute, membro docente da Mises University e autor do livro The Politically Incorrect Guide to Capitalism, além dos guias de estudo para as obras Ação Humana e Man, Economy, and State with Power and Market É também dono do blog Free Advice.
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