Thursday, November 21, 2024
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Progressismo — a pedagogia da infantilização

Uma análise objetiva e contundente do progressismo, enquanto movimento político e ideológico, mostra que ele é, efetivamente, parte de um deplorável processo de infantilização da sociedade. Isso fica especialmente evidente quando percebemos que o estado é uma espécie de divindade absoluta no panteão de deidades da seita progressista; e — de acordo com os preceitos de sua escatologia político-ideológica — praticamente tudo o que existe na sociedade deve ser primeiramente chancelado, aprovado, autorizado e permitido pelo supremo deus estado.

Se não foi autorizado pelo estado antes, então é errado. Perceba que, para os progressistas, a suprema referência para uma avaliação do que é certo e do que é errado não é, de maneira alguma, a ética e a moral, mas a constituição e a ação política do governo. Portanto, não há problema algum em prender uma pessoa e condená-la a 50 anos de prisão em regime fechado se ela foi surpreendida usando sapatos marrons, com camisa vermelha e calça azul. Afinal, o Ministério da Moda decidiu que isso é uma grave infração do estatuto de vestimentas e indumentárias. Todos devem usar apenas as roupas autorizadas por esse departamento governamental, e unicamente nas combinações de tecidos e cores que são permitidas. Se você acha algo assim improvável, é porque definitivamente não sabe até onde a seita progressista é capaz de ir em sua voracidade regulatória e em sua obsessão por poder e controle sobre os indivíduos.

Para o progressismo, os seres humanos são como criancinhas incapazes e irresponsáveis, que não devem possuir nem mesmo o direito de fazer escolhas. Não pode existir autonomia ou independência para os indivíduos, tampouco liberdade. Muito pelo contrário. As pessoas devem ser limitadas ao máximo. A liberdade é especialmente perigosa, e pode levar as pessoas a fazerem péssimas escolhas. Se necessário, o governo deve censurar posições ou opiniões consideradas equivocadas, ofensivas, subversivas ou perigosas, para que as pessoas sejam protegidas de discursos considerados polêmicos ou controversos.

Para a ideologia progressista, seres humanos são como criancinhas frágeis, ignorantes e indefesas, que precisam ser protegidas do mundo e da realidade. Mas quem sabe tudo, quem pode tomar todas as decisões, quem possui a sapiência universal máxima, é o governo. Esse, sim, deve tomar todas as decisões (sem exceções, das menores às mais importantes), em prol dos cidadãos, que devem ser encarados como criancinhas frágeis e indefesas.

Muito provavelmente, por serem criaturas ostensivamente infantilizadas, militantes progressistas projetam isso nos outros, acreditando que todas as pessoas são como eles; é natural, portanto, que — sendo aviltados por um medo patológico de praticamente tudo o que existe — essas pessoas sejam acometidas de uma necessidade absurda de proteção e buscam no governo o refúgio e a segurança contra as intempéries da vida. Só que essa busca obsessiva por segurança frequentemente leva os militantes a renunciarem completamente à liberdade, visto que absolutamente tudo, em todos os aspectos de suas vidas, incluindo as responsabilidades, acaba sendo terceirizado para o governo. Em sua permanente busca por segurança, no entanto, militantes progressistas ficam absurdamente encolerizados e furiosos com quem não faz exatamente a mesma coisa. Eles exigem que todas as pessoas renunciem à liberdade e coloquem cada singular aspecto de suas vidas sob a tutela do governo.

Ou seja, é uma consequência natural que, enquanto ideologia, o progressismo se torne uma espécie de apologia política da total dependência dos indivíduos no estado paternalista. Os indivíduos dependerão do estado para tudo — não devem fazer absolutamente nada sozinhos; desde as pequenas decisões às maiores, quem deve ter a palavra final sobre todas as questões, relacionadas a todas as coisas que existem no mundo, da ciência às religiões, das vacinas à proteção das florestas, do limite de velocidade nas rodovias ao uso seguro da internet, é o supremo deus estado. E ninguém deve contestá-lo, sob pena de sofrer punições como cancelamento, ostracismo, censura ou prisão.

Isso tem uma consequência tão trágica quanto inevitável: pelo fato de seu alicerce ideológico basear-se em uma grande miopia intelectual, que reivindica políticas públicas para chancelar o ressentimento e o paternalismo, o progressismo fornece o diagnóstico errado em praticamente todas as questões que aborda. Portanto, ser uma sequência irracional de erros grosseiros, acavalados uns em cima dos outros, acaba sendo natural para o progressismo, por tratar-se de uma ideologia infantil, pautada por medo irracional e pela necessidade patológica de segurança, com um arcabouço teórico que ignora completamente disciplinas fundamentais como a ética e a moral, bem como todo e qualquer ensino alicerçado em uma referência metafísica superior.

Consequentemente, a ideologia progressista acaba sendo simplesmente um conjunto de regras elaboradas em suposições ideológicas equivocadas, centralizadas no conceito de uma dualidade social de oprimidos e opressores. Dentro desse contexto, os oprimidos devem estabelecer políticas públicas para conter os opressores. Assim, o conceito de mundo progressista é estabelecido em uma divisão de várias classes e grupos sociais. Consequentemente, dentro da visão de mundo progressista, é natural que negros, homossexuais, índios, agêneros, não-binários e um grupo sempre crescente de minorias se manifeste em constante luta por visibilidade, reconhecimento e emancipação.

Só que os progressistas erram no diagnóstico por serem incapazes de identificar adequadamente quem são de fato os opressores e quem são os oprimidos. E o pior, por ser uma seita inerentemente coletivista, o progressismo não reconhece o conceito de individualidade. O que torna ainda mais irracional a sua luta pela emancipação dos grupos oprimidos, além de ser um movimento completamente fora de contexto no mundo atual, ostensivamente polivalente, multifacetado, saturado de variáveis e cada vez mais difícil de categorizar. Para piorar — como expliquei em artigo anterior — o progressismo é uma ideologia ostensivamente simplória, que não contempla dentro de seu arcabouço de referências as complexidades da natureza humana. Assim, quem faz parte do grupo dos oprimidos será sempre visto como uma vítima, não importa quantas coisas maléficas essa pessoa tenha realizado. De maneira similar, alguém que está inserido no grupo dos opressores — um grupo ocupado exclusivamente pelo homem branco — sempre será visto como vilão, não importa quantas coisas extremamente benéficas, altruístas e moralmente edificantes tenha feito. Ou seja, o progressismo apresenta uma visão de mundo monolítica, universitária e pré-fabricada da realidade, que não tolera nenhuma flexibilidade ou interpretação mais profunda.

Adicionalmente, por ser uma seita inerentemente coletivista, o conceito de individualidade é um anátema para a religião secular progressista. Isso é fácil de perceber porque progressistas não sabem como agir com pessoas que não se encaixam em sua seita e em sua visão de mundo. Progressistas não sabem o que fazer com homens brancos que se identificam como progressistas, da mesma forma que ficam confusos ou encolerizados quando um negro se declara conservador, e efetivamente vive e se comporta como um. Um indivíduo negro, natural da periferia, que nunca usou política de cotas universitárias, não é vitimista, não odeia brancos e não defende dívida histórica é uma anomalia para o progressismo. Para militantes progressistas, esse é o exemplo de um sujeito que não tem “consciência de classe”.

Da mesma forma, militantes progressistas — que se declaram inveterados amantes da natureza e das tribos indígenas —, não sabem como classificar ou categorizar índios que preferem deixar a sua tribo para experimentar o conforto da vida moderna em uma cidade grande. “Como assim, você não quer viver em uma aldeia sem internet e sem energia elétrica, no meio do Amazonas, assim como viviam os seus antepassados? Não, você precisa viver um estilo de vida rudimentar e destituído de conforto. Por que? Porque essa é a sua identidade. Eu, militante progressista, que defendo os índios com radical e fervorosa paixão política, exijo isso. Então, volte para o meio do mato agora!”

Quem define como um índio deve viver a sua vida? Ora, a ética diz que é ele mesmo. Afinal, o índio não é propriedade de ninguém, a não ser dele mesmo. Não há absolutamente nada de errado se um índio que nasceu no meio de uma tribo no Mato Grosso do Sul quiser continuar vivendo junto com a sua tribo, levando exatamente o mesmo estilo de vida que levavam os seus antepassados. Da mesma forma, não há problema algum se esse mesmo índio decidir deixar a sua tribo, porque almeja levar um estilo de vida diferente, com o objetivo de experimentar e usufruir dos confortos da civilização na cidade grande.

Militantes progressistas, no entanto, estão com a cabeça tão soterrada em bestialidades irracionais como identitarismo e coletivismo que negligenciam conceitos humanos básicos, como a individualidade. Eles insistem na ideia de que os índios tem a obrigação de viver de forma primitiva, em meio a suas tribos, em suas respectivas aldeias, totalmente isolados, sem conforto, sem internet, sem água encanada e sem energia elétrica. Você nunca vai ver militantes progressistas levando esse estilo de vida. É curioso ver como eles exigem dos outros coisas que nem mesmo eles estão dispostos a fazer.

Essa questão referente aos povos nativos pode ser explicada porque, em decorrência de sua visão de mundo demasiadamente infantil, a militância possui uma concepção romantizada do indígena — considerado o último remanescente de uma resistência aguerrida contra a colonização imposta pelo homem branco, inerentemente maléfico e opressor. Esse pensamento é um ótimo resumo da visão de mundo simplória dos progressistas, e de como a mentalidade universitária degradou as capacidades cognitivas e as faculdades de raciocínio da militância. Essas pessoas ainda estão perdidas em algum lugar entre os séculos 16 e 19 — consequentemente, tornaram-se completamente obtusas para as complexidades da realidade, e são totalmente incapazes de enxergar o ser humano enquanto indivíduo, e ter o mínimo de compreensão por suas necessidades pessoais. Militantes progressistas enxergam apenas grupos e coletivos, mas jamais o indivíduo.

Justamente por não reconhecerem o conceito de individualidade, progressistas não entendem uma questão básica — cada pessoa tem o direito de fazer escolhas, e viver o estilo de vida que ela deseja viver, assim como ela pode se identificar com os grupos que ela deseja se identificar. Se um índio quer viver junto com a sua tribo, porque ele assim desejou, não há absolutamente nada de errado nisso. No entanto, se por outro lado ele deseja deixar a sua tribo para viver na cidade grande, arrumar um emprego, comprar roupas de qualidade e ter um telefone celular, além de abandonar totalmente o seu idioma nativo para falar única e exclusivamente a língua portuguesa, porque ele assim escolheu viver, de livre e espontânea vontade, também não há nada de errado nisso. É o indivíduo que, no final das contas, tem o direito de decidir todos os rumos concernentes à sua vida e à sua existência.

Essa necessidade exagerada da militância progressista de classificar e categorizar todas as pessoas, dispondo todas elas em grupos definidos e pré-estabelecidos — sendo completamente intolerante com qualquer tipo de flexibilidade e mobilidade social — é incompatível com o multifacetado e polivalente mundo contemporâneo em que vivemos, onde a individualidade e o progresso econômico tendem a tornar tudo muito mais dinâmico e personalizado, o que invariavelmente vai fazer com que fique cada vez mais difícil categorizar pessoas e classificá-las em grupos padronizados e monolíticos.

No entanto, ser inerentemente coletivista e colocar todas as pessoas em grupos pré-selecionados é apenas uma das razões que faz o progressismo ser uma seita simplória. Seu coletivismo patológico impede a militância progressista de perceber quão complexa é a realidade, e essa complexidade não tem como ser reduzida a uma fórmula política simplória, universitária e pueril. Mas ao invés de evoluir, mudar de caráter, personalidade, e compreender um pouco melhor como o mundo realmente funciona, progressistas decidem simplesmente ignorar o mundo, persistindo no erro de tentar compreendê-lo por uma fórmula ideológica limitada, através de uma perspectiva enviesada e restritiva. Tentando decifrar a sociedade por uma lente minúscula, não é sem razão ou motivo que progressistas adquirem uma visão terrivelmente míope de mundo e sejam tão ignorantes para com a realidade prática.

Invariavelmente, a ideologia progressista acaba contraída em uma teoria excepcionalmente limitada e intelectualmente medíocre. Não obstante, isso não impede a militância de considerar todos os postulados políticos e ideológicos progressistas como uma verdade absoluta. Consequentemente, qualquer elemento anômalo a essa teoria — seja ele de procedência ética, religiosa ou filosófica —, que de alguma forma desafie ou contrarie a ideologia progressista, é encarado com hostilidade pela militância. No entanto, o pior aspecto de sua ideologia está no lugar ocupado pelo estado: na religião secular progressista, o estado é considerado uma divindade, um deus soberano e absoluto, que não pode nem deve ser contestado ou questionado. Aqueles que desafiam o supremo deus-estado deveriam ser, no mínimo, encarcerados; afinal, ninguém tem o direito de desafiar essa divindade graciosa e onipotente.

No progressismo, o estado é considerado o supremo redentor. Ele é o mediador, o redentor, o provedor e o pacificador. De maneira que quem questiona o estado está — de acordo com a escatologia da religião secular progressista —, comprometendo a paz e a ordem social. Por isso, para a seita progressista, questionar o estado é uma espécie de heresia, uma terrível e abominável blasfêmia.

Esse lugar de divindade, de suprema onipotência, que o estado ocupa na religião secular progressista, é um dos principais fatores que leva à infantilização da militância. Como essas pessoas acreditam cegamente que o estado deve ter a palavra final em tudo, e encaram o estado como uma espécie de provedor e provisor, militantes progressistas aceitam com gratidão as inclinações ideológicas paternalistas do governo benfeitor, de maneira que o veneram como uma espécie de gentil e benevolente papai gracioso, um progenitor, uma divindade excepcionalmente carismática, magnânima e benevolente. O estado é a entidade que concede direitos, proteção, privilégios e a manutenção da ordem social. Sendo assim, o estado é, invariavelmente, um deus potente, caridoso e bondoso. Sem ele, a sociedade cairia no caos e na desordem.

Adicionalmente, o pensamento monolítico que prevalece na academia difundiu o progressismo como uma unanimidade social, política e cultural. Essa unanimidade (totalmente artificial) consequentemente estabeleceu padrões de pensamento e conduta que pretendem ser absolutos, reivindicando uma soberania plena em todos os espaços, e seus agentes difusores estão plenamente determinados a erradicar — ou, no mínimo, relegar ao ostracismo — quem não se submete a essa autoridade.

Por sua doutrinação monolítica implacável, que parte de um pressuposto absoluto de que apenas a ideologia progressista está certa — afinal, a ideologia “defende” os “oprimidos” e exige reparação histórica para eles —, é natural que a militância se torne prepotente, arrogante e autoritária, e se sinta justificada em combater todos aqueles que discordam ou divergem abertamente dos seus postulados ideológicos. Os adeptos da religião secular progressista encaram a luta política como uma espécie de “luta do bem contra o mal”.

Por isso se tornou tão comum vermos em redes sociais pessoas que não são progressistas sendo chamadas de fascistas, extremistas e radicais, dentre outros predicados. Isso é uma combinação direta da histeria infantil que a militância é estimulada a cultivar — como um combustível contra o que eles acreditam serem as injustiças do mundo — com o totalitarismo ideológico da seita, que está intimamente conectado à uma visão de mundo monolítica, ostensivamente estimulada por um projeto afunilado de doutrinação sistemática. Como militantes não tem uma visão de mundo expansiva e interdisciplinar, onde a ética, a sociologia, a antropologia, a história e a teoria econômica são combinadas para explicar o estado de coisas do mundo atual, tudo o que eles sabem fazer é dar ataques histéricos quando alguém questiona ou contesta os sacrossantos postulados ideológicos da seita progressista. Isso mostra como essas pessoas são excepcionalmente destituídas de valores coesos, princípios sólidos e conteúdo.

As próprias palavras usadas como xingamentos não carregam nenhum significado especial. A novilíngua as distorceu, conferindo a elas um novo significado, cuja finalidade é simplesmente carregar em si um sentido pejorativo. A palavra “fascista” — frequentemente usada por militantes progressistas quando querem xingar alguém — é um exemplo disso. Se for considerada em seu sentido literal, a palavra fascismo pretende definir uma ideologia política que está diretamente relacionada ao totalitarismo. Consequentemente, progressistas deveriam entender que eles são os verdadeiros fascistas. Afinal, o fascismo é uma teoria política que defende que o estado deve estar no controle de tudo. A ideologia progressista defende exatamente a mesma coisa.

Como em debates a intenção da militância é simplesmente submeter os divergentes e os insubmissos à situações vexatórias, a militância ofende gratuitamente toda e qualquer pessoa que discorda da sua ideologia de estimação. Por isso, militantes progressistas são invariavelmente inclinados ao autoritarismo, à arrogância e a agressividade histérica. Eles foram devidamente programados para pensar e agir dessa maneira. Eles foram doutrinados para manifestar uma conduta patológica infantil e histriônica quando contrariados. Por essa razão, se alguém defende o livre mercado, chamam essa pessoa de fascista. Afinal, apenas o governo onipotente e benfeitor deve decidir o que o mercado deve produzir, quem compra ou vende e quais serão os valores dos salários pagos para cada categoria (ironicamente, ao classificar como fascista um defensor do livre mercado, a militância apenas expõe de maneira direta o nível absurdo de sua ignorância).

E assim a histeria prossegue, em qualquer circunstância. Alguém emitiu uma opinião contra o feminismo e contra políticas de ação afirmativa? Então essa pessoa é certamente um misógino sexista. Alguém disse que é contra política de cotas? Só pode ser um racista. Alguém disse ser contra políticas identitárias e linguagem neutra? Com certeza trata-se de uma pessoa transfóbica e extremista. Essa é a conduta que a militância progressista manifesta indefinidamente, motivada unicamente por uma fúria cega e um desejo irracional de xingar qualquer pessoa que expressa uma opinião contrária à sua ideologia de estimação — sua intenção nunca é racionalizar, pesquisar ou raciocinar de forma pontual, objetiva e categórica, de maneira a buscar a verdade. Sua conduta emocional histérica mostra que a única coisa que a militância sabe fazer com certo nível de competência é protestar de forma colérica e irracional, conferindo rótulos pejorativos a todos os indivíduos que manifestam divergências com relação a qualquer aspecto da seita progressista. Militantes são completamente incapazes de argumentar de forma coesa, prudente e racional, sobre qualquer assunto.

A conduta da militância progressista é igual em qualquer lugar, exatamente porque todas essas pessoas são doutrinadas e programadas exatamente da mesma maneira. Por isso, agem como uma turba infantilizada de pessoas histéricas, furiosas e permanentemente amedrontadas pelas incertezas da vida, e se comportam como se o governo fosse uma apólice de seguro, um refúgio protetor, um papai benevolente, afável e caridoso. Chamam os outros de fascistas, mas são elas que exigem — com toda a prepotência e arrogância de uma criança insolente de três anos que perdeu a chupeta — que o governo controle cada singular aspecto da vida de todas as pessoas.

Com um medo absurdo da vida e da realidade, a militância progressista elegeu o estado como a suprema entidade que lhes dará conforto, segurança e proteção contra as instabilidades e os perigos do mundo. Quem rejeita o estado paternalista e se recusa terminantemente a renunciar à liberdade para conceder ao governo total e irrestrito controle sobre a sua vida é um radical extremista perigoso, que precisa ser censurado o mais rápido possível, antes que seja capaz de influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Devemos enxergar militantes progressistas por aquilo que eles realmente são: como criancinhas histéricas que cultivam um medo absurdo e desproporcional da realidade, e constantemente suplicam pela proteção do deus-estado e do papai-governo contra os perigos e as instabilidades da vida. Quem convoca essas pessoas a amadurecer, crescer, assumir responsabilidades e a viver como adultos, é criticado de forma histérica, agressiva e contundente. Quem conclama a militância a abandonar o vitimismo e a estudar — para assim compreender que a realidade é muito mais complexa e intrincada do que uma ideologia universitária pode supor — é chamado de fascista, racista, misógino, sexista e extremista. Logo em seguida, é acusado de discurso de ódio, Fake News, negacionismo e masculinidade tóxica.

Progressistas são, efetivamente, criancinhas perdidas em uma infância permanente e acreditam que o governo é uma grande creche. Só esquecem que alguém tem que trabalhar para pagar toda a parafernália assistencialista que sustenta as políticas públicas que eles tanto defendem e usufruem. Como sempre, os adultos tem que pagar as contas, enquanto as criancinhas histéricas dão chiliques — fazendo cosplay de pobres vítimas oprimidas —, exigindo sempre cada vez mais.

Conclusão

Quando analisamos a ideologia progressista, percebemos que hostilidade crônica, cólera irracional e ataques histéricos são tudo o que seus adeptos tem a oferecer. Militantes progressistas são pessoas vazias, plenamente destituídas de verdadeiro conhecimento. Tudo o que essas pessoas tem a oferecer é pavor, pânico e um medo patológico de praticamente tudo o que existe. E para todos os problemas, adversidades e inseguranças existentes, apresentam o governo como solução.

Ou seja, o progressismo é simplesmente o ajuntamento de um monte de coisas imprestáveis — medo patológico, histeria coletiva, submissão a burocratas, adoração incondicional ao governo, veneração a minorias “injustiçadas” e carga tributária excruciante para sustentar os benefícios assistencialistas, entre outros elementos igualmente sórdidos e prejudiciais para a sociedade. Nada que preste ou que realmente sirva para a edificação da sociedade e a evolução da civilização.

O progressismo está em derradeira oposição à tudo aquilo que é correto, edificante, verdadeiro, construtivo e moralmente salutar. É natural, portanto, concluirmos que os melhores antídotos contra o progressismo são o conhecimento e a racionalidade. Do progressismo, só podemos esperar fúria coletiva, retrocesso, irracionalidade, indolência institucional, expansão irrefreável do estado e patológica inversão de valores. Ou seja, nada que efetivamente contribua para um mundo melhor. O progressismo é uma patologia política e social a ser combatida. Não é absolutamente nada além disso.

Wagner Hertzog
Wagner Hertzog
é um defensor radical das liberdades individuais e um dedicado opositor da ditadura totalitária politicamente correta. Atualmente está sendo processado por artigo publicado neste site, que foi posteriormente removido por ordem judicial.
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3 COMENTÁRIOS

  1. O interessante é que o progressismo é bem antigo na verdade, e tecnicamente se originou na nobresa européia lá pelos bocados do século de XVIII, formadas geralmente por ideólogos ou poetas fervorosos iludidos e hábeis em manipular e enganar outros.

  2. Eu lendo, parecia que todos meus pensamentos em relação aos momentos atuais, quase de domínio total, surgiam sendo impressos nesse texto tão esclarecedor, amei, muito bom

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