– “Hoje em dia está muito fácil reconhecer quem está contra você. Ele sempre aparece a favor do governo”.
– “Se o governo disse que é verdade é porque é mentira”.
– “Tudo que vem do estado é uma merda! De funcionários à estrutura! Por isso sou antiestado”.
Se você não leu as seguintes frases publicadas recentemente no Twitter, dificilmente identificaria como seu autor o comediante Danilo Gentili, que tem cada vez mais elevado o tom das críticas ao governo e ao estado nas redes sociais e no seu programa Agora é Tarde, na TV Bandeirantes.
Para saber qual a origem e o fundamento dessa posição política, o Podcast do Mises Brasil entrevistou o comediante, que, para nossa surpresa, é ouvinte deste programa:
“Meu pai era o que chamariam de proletário e eu cresci num cortiço em Santo André (São Paulo). E eu posso afirmar que naquele quintal, daquele cortiço, onde as pessoas eram pobres, todas odiavam a intervenção do estado, todas odiavam pagar imposto e […] todos odiavam os sindicalistas, que nada mais são do que máfias. Desde sempre, eu coleciono uma série de insatisfação e até mesmo nojo do estado”.
Formado em Comunicação Social (Publicidade), comediante, roteirista, escritor e empreendedor (é dono doComedians Club), Gentili começa esse podcast relatando como políticos do PT, ao perceberem o êxito de um empreendimento social (um orfanato) que vinha sendo realizado por sua mãe, decidiram confiscar e estatizar o estabelecimento, inventando várias calúnias contra sua mãe na Justiça. Três meses após o confisco tudo já estava às traças, deixando claro que a “preocupação social” nunca foi o real interesse dessa gente.
Gentili também opinou sobre a razão pela qual as ideias socialistas continuam a seduzir tantos jovens, fez uma crítica sobre a ausência de uma ação e um discurso cultural por parte dos liberais e diz que falta apoio aos defensores das liberdades que estão na linha de tiro:
“O estado tem vencido no campo cultural e no campo do ensino. Acho que os liberais precisam ver quem são os ícones culturais ou que têm potencial cultural para influenciar as pessoas, além dos professores que estão na resistência contra a lavagem cerebral, e apoiá-los. Sinto que às vezes falta, daqueles que zelam pela liberdade, zelar pela liberdade daquele que está em cima do palanque falando sobre liberdade, porque o outro lado (os inimigos da liberdade) faz isso muito bem quando aparece no debate um ícone cultural que os representa”.
Perguntado se já foi de esquerda ou simpatizante do socialismo em sua juventude, Gentili é direto: “Talvez por ter sido pobre e não ter estudado na USP, nunca fui socialista.” E conclui: “Graças a Deus tive de adquirir uma opinião própria a respeito das coisas. Quem não é doutrinado em universidade, e é capaz de ler e chegar às próprias conclusões, percebe como o estado e a intervenção estatal são uma desgraça na vida das pessoas”.
Gentili ainda fala sobre a importância da família e dos amigos na formação do indivíduo, a influência marxista no meio universitário, a ditadura do politicamente correto na sociedade atual, o humor contra políticos e muito mais.
Ao ser perguntado se temia perder o programa de TV por causa das críticas que têm feito: “A minha briga não é para manter emprego; a minha briga é para viver num país livre”.
Neste podcast, um Danilo Gentili como vocês nunca ouviram.
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