Não são raras as pessoas que ainda creem que o capitalismo é inerentemente instável, e que apenas o estado pode “estabilizar” o sistema e corrigir suas flutuações. No entanto, a realidade é que a principal causa das crises e depressões não é o mercado funcionando livremente, mas sim, ao contrário, o intervencionismo dos governos e de seus bancos centrais.
Essa tese da instabilidade do capitalismo puro serve aos interesses dos políticos porque assim se torna mais fácil para eles justificarem seu poder.
Ninguém menos que Milton Friedman demonstrou, ainda em 1963, que a atuação errada do Banco Central americano foi a principal causa da profundidade da Grande Depressão dos anos 1930. Enquanto Milton Friedman e Anna Schwartz mostraram em sua monografia sobre a história monetária dos Estados Unidos que foi o Banco Central americano quem causou a depressão e obstruiu a recuperação, Murray Rothbard detalhou em seu livro A Grande Depressão Americana, de forma muito mais completa e perspicaz, como o intervencionismo do governo americano foi crucial em causar, aprofundar e prolongar a depressão que começou em 1929.
Em conjunto com a tese de “incerteza do regime“, formulada por Robert Higgs no ano 1997, e com vários outros estudos mais recentes, existe hoje um arsenal imbatível para acabar de uma vez por todas com o mito de que a Grande Depressão teve suas raízes na instabilidade do capitalismo. Ao contrário da lenda de que depressões e crises são uma característica intrínseca ao capitalismo, os verdadeiros motivos de a Grande Depressão ter se tornado um fenômeno prolongado, intenso e doloroso estão nas medidas erradas implantadas pelo Banco Central americano em conjunto com o intervencionismo desvairado do governo, algo que começou ainda sob a presidência de Hoover (1929-1933) e assumiu uma forma ainda mais bizarra sob seu sucessor, Roosevelt (1933-1945).
Os integrantes do governo de Roosevelt eram formados por um pandemônio de excêntricos e malucos, dentre eles alguns espiões soviéticos. Confundindo completamente causa com consequência, as políticas econômicas deste governo basearam-se inteiramente na presunção de que os preços baixos eram a causa da continuidade da depressão, de modo que solução — efetivamente implantada — seria o governo criar várias políticas que elevassem artificialmente os salários e que aumentassem artificialmente os preços, particularmente na agricultura. Pela “Lei de Ajuste Agrícola”, milhões de suínos foram dizimados e descartados — e os agricultores foram obrigados a desistir da produção —, enquanto milhões de pessoas passavam fome e se avolumavam em filas para conseguir sopas fornecidas por instituições de caridade.
Sempre ávido por seguir as loucuras no exterior, o governo brasileiro imitou a política americana na área da cafeicultura, comprando e em seguida queimando 80 milhões de sacas de café.
As estatísticas monetárias de Friedman e Schwartz sobre a Grande Depressão, juntamente com os detalhados relatos fornecidos por Rothbard, Higgs e vários outros autores posteriores, demonstram claramente que a história segundo a qual o capitalismo quebrou e só foi salvo pela intervenção do governo nada mais é do que um mito útil para justificar as intervenções governamentais até os dias atuais.
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O curso online sobre “Patologias Macroeconômicas” do Instituto Mises Brasil foi criado justamente para acabar com o mito de que governos e bancos centrais são os salvadores de economia. No seminário online, você não apenas irá aprender as verdadeiras causas da Grande Depressão, como também será capacitado para distinguir uma teoria sólida de outras teorias populares, e erradas, sobre as causas de crises e depressões.
No curso, o participante aprenderá também sobre a crise atual, sobre a origem do fenômeno da inflação, da deflação e da estagflação, bem como sobre outras recessões e crises econômicas. Ainda mais importante: não estudaremos apenas as causas das patologias macroeconômicas, mas também as curas e a profilaxia.
Para que seja possível um futuro melhor para o Brasil, é imprescindível acabar com a tradição de política erradas.
Terças, 9, 16, 23, 30 de Abril, 20:00—21:30
Materiais:
Data shows, apostilas, bibliografia, ferramentas didáticas, diploma de participação
4 aulas nas terças-feiras de abril
Tópicos das aulas
1ª aula. Panorama de patologias e crises macroeconômica
A Grande Recessão da atualidade, a Estagflação dos anos 1970, a Grande Depressão dos anos 1930 — diferenças e semelhanças
2ª aula. Teorias macroeconômicas
O fracasso das teorias keynesianas, monetaristas e neoclássicas em frente de crises e depressões
3ª aula. A teoria austríaca de economia
Uma abordagem nova baseada na teoria quantitativa da moeda
4ª aula. Patologias macroeconômicas e sua cura
Inflação e deflação monetária, deflação bondosa, recessão inflacionária, depressão deflacionário — profilaxia e curas
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