Thursday, November 21, 2024
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Os PIIGS e os bancos venceram, mas o estado de bem-estar social se exauriu

Europe-sud-dégradé (1)Os políticos do norte da Europa se curvaram.  Os PIIGS gargalharam.

Os gregos imitaram magnificamente o ex-secretário do Tesouro americano Henry Paulson: “Se vocês não nos emprestarem dinheiro suficiente para pagarmos os juros da nossa dívida, vamos dar o calote.  Haverá uma crise.  Crise, crise, crise.”

Os políticos europeus fingiram estar fazendo jogo durante três semanas.  E então eles aquiesceram.  Vamos rever a cronologia.

O governo grego primeiramente pediu $60 bilhões de euros no dia 23 de abril.  Isso foi numa sexta-feira.

Na segunda-feira, 26 de abril, o Banco Central Europeu garantiu ao mundo que não havia nenhum perigo de a crise grega se espalhar e contaminar outros países europeus.  A Bloomberg noticiou:

“Não há motivo econômico para uma discussão sobre contágio,” disse Ewald Nowotny, membro do Conselho Supremo do BCE, durante uma entrevista em Washington.

Preocupações de que a calamidade grega possa se espalhar para outros países endividados da zona do euro elevaram os custos dos empréstimos para nações como Portugal e Espanha.  Os déficits orçamentários desses países em relação a seus respectivos PIBs estão mais do que três vezes maiores do que o limite estabelecido pela União Europeia, que é de 3%.

“É claro que a Espanha não é a Grécia”, disse o presidente do BCE Jean-Claude Trichet no dia 23 de abril, após uma reunião com os ministros das finanças do G-20…

Isso indica uma das duas coisas a seguir: (1) bancos centrais mentem descaradamente e sem qualquer consciência quando têm de lidar com crises, ou (2) bancos centrais não têm a mínima ideia do que está acontecendo bem à frente de seus narizes coletivistas.

No dia seguinte, 27 de abril, a Standard & Poor’s rebaixou a classificação da dívida soberana da Grécia ao status de títulos podres, rebaixando também a classificação da dívida de Portugal em dois pontos.

No dia 28 de abril, a S&P a rebaixou a dívida da Espanha em um ponto.  A ministra das finanças espanhola rugiu:  “Sem motivos!  Sem motivos!”

No dia 2 de maio, os políticos do norte europeu anunciaram que a Grécia iria obter pelo menos $145 bilhões de euros em empréstimos que se dariam durante um período de três anos.  Isso já era o dobro do que a Grécia havia pedido em 23 de abril.

No dia 3 de maio, o Banco Central Europeu disse que não iria emprestar dinheiro para a Grécia.  Ele disse que iria emprestar apenas aos bancos que lhe oferecessem títulos do governo grego como colateral.  Isso foi visto com um ato de resistência.

No dia 5 de maio, baderneiros gregos incendiaram um banco.  Três pessoas que estavam lá dentro morreram.

No dia 6 de maio houve eleições gerais na Inglaterra.  O resultado foi uma nação com um parlamento indefinido, sem maioria.  Durante o fim de semana, não houve solução para o problema.

No domingo, 9 de maio, o partido de Angela Merkel perdeu uma eleição regional.  Como resultado, seu partido vai perder a maioria que tinha no legislativo.  Ainda no dia 9, após uma reunião que durou o dia todo, os representantes de União Europeia e do FMI anunciaram um pacote de resgate de $960 bilhões para os PIIGS.  Merkel anunciou que o legislativo alemão iria aprovar esse pacote de empréstimo no dia 11 de maio.

Também no dia 9, o Fed — o Banco Central americano — anunciou uma política de emergência: fornecer dólares para os bancos centrais de todo o mundo, com o intuito de arrefecer a corrida ao dólar e, com isso, evitar sua repentina valorização.

Missão cumprida.  O PIIGS venceram.

POR QUE O ESTABLISHMENT CAPITULOU?

A zona do euro estava enfrentando um efeito dominó.  Os bancos europeus possuem pelo menos $236 bilhões em títulos da dívida grega.  A Grécia estava prestes a dar o calote.  Os bancos estavam prestes a enfrentar outra crise.

O Banco Central Europeu tentou resistir, mas a Standard & Poor’s já havia começado o processo de rebaixamento da dívida.  Sarkozy e Merkel protestaram contra esse ato.  Já se fala hoje que a Europa — no caso, a União Europeia — irá criar sua própria agência de classificação de risco.  Por quê?  Porque a UE quer controlar ela própria as classificações.  Seus líderes não querem estar para sempre dependentes de agências americanas de classificação de risco, as quais estão fora do alcance das pressões política da UE.

A crise ameaçou seriamente a lucratividade dos bancos.  O BCE finalmente aceitou a realidade que ele próprio havia negado no dia 26 de abril.  Essa era uma crise sistêmica.

Os especuladores estavam apostando contra o euro.  O ódio aos especuladores entre os líderes nacionais é total.  Bancos centrais os odeiam tanto quanto.  Afinal, são as decisões dos especuladores que chamam a atenção do público para a debilidade de uma moeda em perigo.  São eles que revelam que os políticos estão mentindo.

A UE, o BCE e o FMI juntaram forças para conter os especuladores.  O trio concordou em fornecer um pacote de resgate 15 vezes maior do que os $60 bilhões que a Grécia originalmente havia pedido.  A mídia classificou tal operação como “choque e espanto”.

Os cronistas, obviamente, já estão escrevendo artigos alertando quanto à possibilidade de esse socorro não ser suficiente.

O establishment possui apenas duas políticas: déficits e inflação monetária.  Isso é keynesianismo básico.  Ambas foram invocadas no dia 9 de maio.

Os mercados se animaram.  Ações de bancos europeus subiram mais de 10% tão logo o pregão abriu.  Já era claro que os bancos foram os principais vencedores.

A ameaça sempre foi, na verdade, uma ameaça aos bancos.  Os bancos estavam repletos de papeis da dívida grega.  Por quê?  Porque esses papeis pagavam juros maiores.  E por que eles pagavam juros maiores?  Porque havia um risco maior de calote.

Os bancos confiam nos governos.  Eles confiavam que o governo grego iria cumprir a rodada de pagamento de juros marcada para o dia 19 de maio.  Porém, no dia 23 de abril os gregos começaram a fazer charme.  Os bancos viram, então, a possibilidade real de um calote.  Suas ações começaram a cair.  Entretanto, os banqueiros também precisam trabalhar.  Eles, também, começaram a fazer charme.  O rebaixamento dado pela S&P trouxe mais credibilidade ao cenário.  Havia uma séria ameaça de um colapso sistêmico.

A solução adotada pelos banqueiros foi a consagrada estratégia do risco moral, descrita por Walter Bageot no final do século XIX.  Os bancos são socorridos por políticos e bancos centrais.  Os prejuízos são transferidos para os pagadores de impostos por meio de pacotes de resgate e depreciação da moeda.  O dia do julgamento final é adiado.

Pela primeira vez na história do Ocidente, desde finais do século XIX, alguns milhões de eleitores estão começando a entender a vigarice.  Eles não entendem o que é um sistema bancário de reservas fracionárias, mas entendem que há problemas quando políticos aumentam a dívida nacional com o intuito de socorrer pessoas incapazes de pagar seus juros na data combinada.

Os eleitores na Alemanha resistiram.  Isso de nada adiantou.  Enquanto eles estavam indo para as urnas, Merkel os estava vendendo para os PIIGS e para os bancos que confiaram nos PIIGS, especialmente os bancos franceses, que possuem um terço da dívida grega.

Uma minoria de eleitores já está começando a entender que o jogo político é sempre manipulado em favor dos grandes bancos.  Demorou um século para que isso começasse a ser percebido.  Eis aí uma ameaça genuína para os establishments de qualquer lugar do mundo.  Esse é o segredo #1 que os establishments têm tentado esconder.

REVOLTA TRIBUTÁRIA?  AINDA NÃO

Durante o último século, os establishments souberam utilizar a ganância dos eleitores para criar uma árvore de dinheiro para os banqueiros.  Eis como a coisa vem funcionando, desde os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial:

Os políticos prometem dar aos eleitores uma série de benesses com o dinheiro extraído dos ricos.  Prometem empregos públicos, apoio governamental aos sindicatos e benefícios previdenciários portentosos.  O estado assistencialista aumenta.

Os políticos se recusam a aumentar impostos o suficiente para satisfazer essas promessas.  Logo, eles incorrem em déficits.

Esses déficits aumentam suas dívidas.  Investidores compram essas dívidas, pois são garantidas pelo governo.  Com isso, as dívidas são vistas como de risco zero.

Estouram algumas guerras.  Consequentemente, os governos incorrem em déficits ainda maiores.  Essas dívidas nunca são quitadas.  Elas sempre aumentam.  Dívidas antigas são roladas (o governo vende títulos de valor e prazo maiores para pagar os títulos vincendos).

Os governos continuam vendendo promessas para os eleitores.  Estes seguem acreditando que elas serão saldadas algum dia.

Quando os tempos difíceis chegam, os bancos centrais compram as dívidas do governo simplemente imprimindo papel-moeda.  Eles rolam essas dívidas.  As dívidas crescem.

Qualquer ameaça de calote ameaça os bancos comerciais.  Quando uma crise se instala, os governos e os bancos centrais socorrem os bancos comerciais.

Os eleitores não se revoltam porque estão afundados em dívidas pessoais.  Eles não têm poupança.  Eles dependem das promessas do governo.  Eles não querem um calote.

O keynesianismo é um sistema econômico que glorifica o endividamento do governo como sendo a fonte da estabilidade e prosperidade de longo prazo.  O keynesianismo original argumentava que a dívida do governo poderia ser reduzida durante os anos de expansão econômica.  Isso nunca aconteceu em lugar algum.  Os políticos aumentam o fardo da dívida, ano após ano.  A dívida só cresce.

Os eleitores não organizam revoltas tributárias porque sabem que isso pode ameaçar a solvência do governo.  O governo pode resolver cortar gastos com assistencialismo para os idosos e para os desempregados.

Trata-se de um encadeamento de promessas (dívida), todas elas, em última instância, dependentes de mais tributação.

O governo emite títulos da dívida.  Bancos e empresas de seguro compram esses títulos.  O governo emite mais títulos.  Em uma crise, o banco central compra diretamente esses títulos.  Os eleitores resmungam, mas não se revoltam.

Sempre que os eleitores dizem ‘não!’ aos pacotes de estímulo, os políticos os ignoram.  Estes sabem que, no fundo, os eleitores realmente não querem corte de gastos.

Os bancos querem mais dívida do governo para comprar.  Os governos querem mais endividamento para poder garantir mais benesses.  Benesses rendem votos.  E os eleitores querem acreditar que as promessas serão mantidas.

Trata-se de um ménage à trois de sedução.  Cada participante promete amar os outros dois para sempre.  Os banqueiros prometem comprar os títulos da dívida do governo.  Os governos prometem não dar calote.  Os banqueiros prometem aos correntistas que eles podem sacar seu dinheiro quando quiserem.  O governo garante aos correntistas que seus depósitos são segurados (não na Europa, mas nos EUA e no Brasil).  Os eleitores prometem continuar votando no partido que distribuir a maior quantidade de assistencialismo para os grupos de interesse mais especiais.

O banco central promete aos governos servir como emprestador de última instância.  Ele promete aos banqueiros taxas de juros baixas para esses empréstimos emergenciais.  Ele promete aos eleitores agir sempre no interesse deles para manter a inflação baixa e o emprego alto.

Esse arranjo está agora se esfacelando.  O nível da dívida está criando oportunidades para que os especuladores exponham as mentiras dos governos e dos bancos centrais.  Há enormes lucros a serem feitos nesse confronto.

ROLAGEM DA DÍVIDA E PAPEL-MOEDA

O jogo a ser jogado chama-se rolagem da dívida.  Mais especificamente, trata-se do risco das moratórias das dívidas soberanas.  O que está em jogo é algo muito sério.

Como toda a estrutura de crédito depende da continuação da rolagem da dívida soberana, a crise grega, que começou no dia 23 de abril, agravou-se para um pacote de resgate de um trilhão de dólares em três semanas.  O BCE disse “não há problemas!” no dia 26 de abril.  No dia 9 de maio, ele capitulou completamente.

Compare esse cenário ao que ocorreu nos EUA em 2008, do primeiro fim de semana de setembro até meados de outubro.  Henry Paulson estatizou a Fannie Mae and Freddie Mac no início de setembro.  Uma semana depois, o Lehman Brothers quebrou.  No dia 3 de outubro, o congresso votou o pacote de resgate de $700 bilhões de dólares.  Tudo isso em três semanas.

Se o sistema é confiável, por que essas crises continuam ocorrendo ciclicamente?  Se já havia uma solução para o problema das dívidas ruins no final de 2008, por que teve de haver um pacote de $960 bilhões essa semana?

Trata-se exatamente do problema da rolagem.  Foi isso que derrubou o Bear Stearns.  Foi isso que derrubou o Lehman Brothers.  Em questão de dias, esses dois gigantes não mais conseguiram achar compradores para suas dívidas.  Eles haviam se alavancado numa proporção de 30 para 1, sempre supondo que a rolagem de suas dívidas iria continuar para sempre.  Não continuou.

E é exatamente essa a ameaça ao sistema bancário europeu.  Quando uma nação soberana dá o calote, ela coloca em dúvida a questão da continuidade da rolagem.  E isso coloca em dúvidas toda a economia mundial.

Tudo se baseia em linhas de crédito: promessas.  Essas promessas podem ser quebradas a qualquer momento, por qualquer motivo.  O devedor simplesmente para de pagar.  Quando uma nação devedora para de pagar, os dominós começam a cair.

No dia 9 de maio, os dominós estavam a dez dias do primeiro tombo, o qual se dará no dia 19 de maio.  Os políticos, os bancos centrais e o FMI decidiram no domingo passado que o risco era grande demais.  Eles salvaram o G do PIIGS.  Isso serviu para mandar uma mensagem para os outros PIIS: sua calha seria enchida de euros, exatamente como cada membro do PIIGS sabia que seria.

Os eleitores podem protestar, mas se eles não estiverem dispostos a deixar de viver sem a ajuda dos cofres do estado, não precisam esperar qualquer alívio.  E eu não creio que eles estejam prontos para fazer isso.  Portanto, as rolagens irão continuar.  O nível das dívidas soberanas irá aumentar.

Quanto aos cortes de gastos na Grécia, uma risada.  Quanto a mais austeridade no sul da Europa, mais risadas.  Uma vez que você passa a dever aos bancos do norte um trilhão de dólares, você tem os políticos de lá sob total controle, uma vez que eles estão lá exatamente para proteger seus bancos.  Assim, você consegue fazer com que os políticos de lá vendam cada vez mais dívidas para assim conseguir o dinheiro necessário para lhe dar.  E é com esse dinheiro que você vai cumprir seu pagamento de juros aos bancos do norte — e então voltar a vender mais dívidas a taxas baixas.

O endividamento irá aumentar.  Essa é a inescapável realidade do risco moral.  Os lucros dos bancos irão continuar, pois seus prejuízos são transferidos para os governos. Nada mudou.  O mesmo velho sistema se mantém.

PARALISIA POLÍTICA

Está ocorrendo na Inglaterra.  Está prestes a ocorrer na Alemanha.  Em 2011, é provável que ocorra nos EUA.  Quando isso ocorrer, não haverá cortes de gastos, mas haverá resistência a qualquer expansão de programas governamentais.  As dívidas nunca irão cair.  Os gastos já incorporados serão suficientes para manter os déficits em níveis altos.

O déficit anual dos EUA em relação a seu PIB está por volta de 10%.  Na Grécia, essa porcentagem é de 14%.  Na Europa do norte, com exceção da Irlanda e da Grã-Bretanha, está por volta de 6%.  Irá subir agora em decorrência dos pacotes de socorro.  O contágio da dívida grega se espalhou para o norte.  Esse foi o preço de se impedir que o contágio do calote grego se espalhasse para o sul.

A paralisia irá reduzir um pouco a ampliação da dívida, mas os aumentos nos gastos com os idosos, algo já incorporado nos orçamentos, serão o suficiente para garantir outra crise.  Os bancos da Europa ainda estão altamente alavancados.  Eles não estão incluindo essas dívidas nos seus balanços.  O resultado é uma contínua vulnerabilidade.

A velocidade da crise indica que a próxima crise irá requerer ainda mais dinheiro para ocultá-la.  A paralisia política irá dificultar as coisas da próxima vez, tornando difícil persuadir os políticos a colocar suas carreiras em risco pelo bem dos bancos.  O BCE terá de intervir como emprestador de última instância.  Ele vai resistir, mas sua função é salvar os grandes bancos.  E estes precisarão ser salvos novamente.

O tamanho do pacote de resgate indica que os líderes realmente entraram em pânico durante o fim de semana.  Os mercados subiram com a suposição de que um trilhão de dólares extras nas dívidas dos governos não será nenhum problema.  Haverá compradores para rolar essa dívida.  Os PIIGS conseguirão dinheiro para rolar suas dívidas.  Esse dinheiro virá dos bancos, uma vez que estes já receberam a luz verde dos países mais solventes do norte da Europa: ‘podem comprar, que garantimos a solvência’.

CONCLUSÃO

Não vemos nenhuma solução.  Vemos apenas postergação política.  Os políticos creem ser possível aumentar para sempre a dívida do governo; creem que ela pode aumentar sem custos significantes; creem que sempre haverá compradores.  Os bancos e as empresas de seguro confiam nas promessas dos políticos, que emitem dívidas em nome dos eleitores.

Quando os eleitores resistem, os bancos centrais vêm ao resgate.  Eles brevemente simulam uma certa intransigência.  Depois, dizem: “Só dessa vez, depois nunca mais”.  Mas eles sempre capitulam.

O dia em que um banco central realmente estabilizar uma moeda será o dia em que os dominós vão realmente começar a cair.  As rolagens finalmente irão acabar.

Não será porque a dívida estará grande demais para ser rolada.  Ela nunca é grande demais pra ser rolada.  As rolagens irão acabar simplesmente porque os bancos centrais perceberão que a inflação monetária irá solapar as moedas nacionais em decorrência da hiperinflação.  Isso irá colocar em risco suas pensões.  Suas pensões são financiadas, uma vez que o Banco tem o poder de financiá-las.  Mas se o dinheiro não vale mais nada, os próprios banqueiros centrais irão perder.  Se eles pararem de inflacionar, irão ganhar.  Eles terão dinheiro para gastar em uma época de depressão e deflação.

Mas isso não é hoje.  Com as taxas básicas de juros nos EUA e na Europa menores que 1%, e com os preços ainda não em disparada, os bancos centrais não estão tendo de lidar com uma crise imediata.  Quando a próxima chegar, eles farão o que for necessário para manter a rolagens.

O estado de bem-estar social está quebrando.  O nível da dívida soberana demonstra isso.  Os políticos vão endividar seus países o tanto quanto necessário para fazer com que as rolagens continuem.

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Para ver assunto semelhante sobre o Brasil: Atenção aos títulos do governo

Leia também: O socorro à Grécia e o fim do euro

Gary North
Gary North
Gary North ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seu website.
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