Há muito tempo critico o atual sistema de justiça dos EUA – em todos os níveis – por estar se tornando muito mais sobre justiça política do que justiça cega. O bizarro julgamento e condenação do ex-presidente Donald Trump na semana passada por 34 crimes só reforça minhas preocupações.
O promotor distrital de Nova York, Alvin Bragg, apoiado por Soros, tem sido conhecido por rebaixar as acusações criminais contra outras pessoas para acusações de contravenção. De acordo com um artigo recente no Daily Mail, Bragg havia rebaixado 60% dos casos criminais para acusações menores, resultando em criminosos violentos sendo libertados nas ruas e uma onda de crimes em toda a cidade de Nova York.
Mas quando se tratou de Donald Trump, Bragg foi na outra direção, atualizando o que normalmente seriam acusações de contravenção contra qualquer outra pessoa para 34 acusações criminais contra o ex-presidente. Como explicar essa súbita “reviravolta” além da política?
Jonathan Turley, que não é fã de Donald Trump, tem acompanhado de perto o julgamento e achou um tanto perturbadoras as exuberantes celebrações da condenação de Trump entre a grande mídia e seus adversários políticos. Recentemente, ele escreveu:
A condenação do ex-presidente Donald Trump em Manhattan por 34 crimes ensejou celebrações em toda a cidade [que] se estenderam à mídia, onde o ex-procurador Harry Litman disse a Nicolle Wallace, da MSNBC, que era “um dia majestoso” e “um dia para celebrar”. Quando saí do tribunal depois de ver o veredicto sair, fiquei impressionado com as comemorações do lado de fora, tanto pelo público quanto por parte da mídia.”
Independentemente da opinião que se tenha de Donald Trump, é um desenvolvimento perturbador na sociedade quando a justiça é tratada mais como um jogo de futebol onde você torce por seu “time” do que uma forma de preservar a liberdade de forma igual para todos.
O verdadeiro objetivo do julgamento era político. Ninguém menos que o filho de George Soros, Alex Soros, deixou isso transparecer recentemente quando aconselhou colegas que odeiam Trump a tirar proveito do resultado do julgamento. Ele postou no Twitter após o veredicto: “Os democratas devem se referir a Trump como um criminoso condenado em todas as oportunidades. A repetição é a chave para uma mensagem de sucesso e queremos que as pessoas tenham repulsa pela ideia de contratar um criminoso condenado para o cargo mais importante do país!”
Não se tratava de justiça de forma alguma. Tratava-se de poder chamar o provável candidato presidencial republicano de “criminoso” para minar seu apoio entre os eleitores. Ou seja, interferência eleitoral.
O mercado, no entanto, tem como prevalecer. As repetidas tentativas de usar o aparato judicial para remover Trump da cena política saíram pela culatra e serviram para tornar o ex-presidente ainda mais popular entre os eleitores. Imediatamente após a condenação de Trump pelas 34 acusações, ele começou a enviar recursos de arrecadação de fundos devido a sua “perseguição” pelo estado de Nova York. Até o momento, ele arrecadou mais de US$ 200 milhões para sua campanha.
A politização da justiça não se limita ao Partido Democrata. O vento semeado pelos adversários políticos de Donald Trump pode muito bem tornar-se o turbilhão quando os seus próprios adversários políticos estão em posições de poder. Quando algo assim acontece, todos perdemos.
Artigo original aqui
Não querendo jogar gasolina na fogueira, mas, em solo brasileiro, no não tão distante 2022, uma certa emissora de televisão festejou a vitória de um certo candidato, outrora condenado, com fervor semelhante, com direito a um âncora absolvê-lo das três instâncias de julgamento o qual teve de submeter-se…
A rede globo é uma emissora decadente, assim como todo o resto da mídia tradicional.
Logo o posicionamento da rede esgoto não é mais tão relevante quanto já foi, por exemplo, na época do Collor.