Os russos são um povo estranho. Por alguma razão, conhecida apenas por estes próprios seres bizarros, eles se opõem às invasões alemãs de seu país. E não apenas isso: eles têm o hábito inexplicável de se opor vigorosamente a outra eventual invasão como estas.
Alguém poderia muito bem pensar de outra forma. Afinal, os alemães trazem consigo todos os tipos de benefícios salutares: lei e ordem, bom governo, paz (desde que suas ordens sejam seguidas), cerveja de primeira, schnitzel de salsicha, chucrute, grandes pretzels, automóveis de luxo, música magnífica (é difícil vencer Johann Sebastian Bach!). O que mais os russos poderiam querer?
Qualquer país racional ficaria mais do que feliz que os alemães lhes oferecessem tais benefícios, não uma, mas duas vezes durante o século passado. Você acha que os russos ficaram agradecidos? Não. Eles são um bando de ingratos! Em vez de estarem abertos para uma terceira “visita” dos alemães, quase toda a sua política externa foi dedicada ao princípio do “nunca mais”. Às vezes parecia que consistia em pouco mais do que impedir uma terceira aparição benevolente através de suas fronteiras de seus amigos, os alemães.
Assim, eles tentaram estabelecer um cordon sanitaire, uma zona de segurança, entre eles e seus companheiros alemães a oeste.
A OTAN foi criada para enfrentar a suposta expansão soviética na direção oeste. Sim, a URSS se engajou nessa manobra defensiva, destinada a manter seus amigos alemães afastados. Mas então a União Soviética acabou. Esse teria sido o momento perfeito para dissolver a OTAN e o Pacto de Varsóvia. Em vez disso, a OTAN continuou rastejando, às vezes correndo, na direção leste. Dada a sua história passada de invasões, os russos se opuseram fortemente. Eles não foram tardaram em tornar esse desejo, esse desejo fervoroso deles (lembre-se, eles são um povo esquisito), explícito.
Ao mesmo tempo, o governo ucraniano era mais ou menos amigável com seu vizinho do leste. Mas então, graças a um golpe de estado, organizado pela OTAN (adivinhe qual país é um membro proeminente dessa organização. Se você disse Alemanha, vá para o canto da classe) aquele governo democraticamente eleito foi derrubado. Foi substituído por um que tinha uma atitude totalmente diferente em relação à Rússia. Tanto que se candidatou à adesão à OTAN. Isso significaria que as armas inimigas de destruição em massa teriam sido colocadas às portas da Rússia. A paciência finalmente se esgotou e a Rússia disse “chega” a essa política.
Se houvesse justiça no mundo, a Rússia nunca teria entrado na Ucrânia. Em vez disso, eles teriam declarado guerra a todas as nações membros da OTAN, todas elas sem exceção. Graças a Deus que não há justiça neste mundo. Devemos agradecer às nossas estrelas da sorte que Putin é um mensch. Caso contrário, a própria existência de toda a raça humana teria sido colocada em alto risco. Mesmo agora, as chances de um Armageddon nuclear são talvez tão fortes como sempre foram, desde a crise dos mísseis cubanos. (Surpreendentemente, os EUA se opuseram veementemente à colocação de armamento inimigo a 90 milhas de suas costas.)
Qual tem sido a reação dos EUA a atual reação contra sua política de décadas? Infelizmente, tanto os democratas quanto os republicanos, com poucas raras exceções, estão apoiando uma guerra; pedindo que todo tipo de dano seja afligido aos russos. Essas pessoas não percebem o perigo que representam para todos nós, para não falar a si mesmas, seus filhos e netos? Elas ainda não aprenderam a lição de que uma conflagração nuclear pode arruinar todas as nossas vidas?
O que deve acontecer agora, se a sanidade retornar? A paz deve reinar novamente, após um cessar-fogo completo. Todas as tropas devem retornar ao seu país de origem. Nenhuma outra nação deve fornecer à Ucrânia armas de qualquer tipo ou variedade. Este país deve cessar e desistir de sua tentativa de ingressar na OTAN. Essa organização maliciosa, sórdida e maquiavélica deve ser dissolvida e sal grosso deve ser espalhado onde antes ela estava.
Artigo original aqui