Durante os anos de George W. Bush, Glenn Greenwald ganhou destaque por sua oposição aos ataques da Casa Branca contra liberdades civis.
Oh, o establishment progressista de esquerda o amava.
Então ele decidiu que aplicaria seus princípios igualmente a ambos os lados.
Então eles não gostaram mais tanto dele.
Hoje ele publicou um tópico importante no Twitter, um trecho do qual eu queria compartilhar com vocês. Aqui ele descreve exatamente o que está acontecendo com a supressão de vozes dissidentes. E ao contrário de muitos libertários, cuja análise inteira se resumia a “são empresas privadas; eles podem fazer o que quiserem”, Greenwald chega ao cerne do que está acontecendo:
O regime de censura que está sendo imposto na internet – por um consórcio de democratas de Washington, “especialistas em desinformação” financiados por bilionários, o Estado de Segurança dos EUA e funcionários progressistas de corporações de mídia – está se intensificando perigosamente de maneiras que acredito não estarem sendo adequadamente compreendidas.
Uma série de “crises” foi explorada de forma cínica e agressiva para restringir inexoravelmente a gama de visões permitidas e expandir os pretextos para silenciar e desplataformar online. A eleição de Trump, o Russiagate, 1/6, o COVID e a guerra na Ucrânia fomentaram novos métodos de repressão.
Durante a tentativa fracassada em janeiro de forçar o Spotify a remover Joe Rogan, o podcaster mais popular do país – lembra disso? – Escrevi que a religião atual dos progressistas ocidentais na política e na mídia é a censura: sua principal arma de ativismo.
Mas esse fracasso de tentar censurar Rogan apenas fortaleceu suas campanhas repressivas. Os democratas rotineiramente abusam de seu poder majoritário em Washington para coagir explicitamente a Big Tech a silenciar seus oponentes e dissidentes. Isso é *censura governamental* disfarçada de autonomia corporativa.
Existe agora toda uma nova indústria, alinhada com os democratas, para pressionar a Big Tech a censurar. Think tanks e autoproclamados “especialistas em desinformação” financiados por Omidyar, Soros e o Estado de Segurança dos EUA/Reino Unido usam nomes que parecem benignos para glorificar a censura ideológica como perícia neutra.
O pior e mais vil braço deste regime são os funcionários esquerdistas loucos pela censura das grandes corporações de mídia. Disfarçados de “jornalistas”, eles se alinham com os grupos democratas mais escrotos para silenciar e desplataformar.
É surpreendente ver os democratas e seus aliados nas corporações de mídia se posicionarem como oponentes do “fascismo” – emquanto seu principal objetivo é *unir o poder estatal e corporativo* para censurar seus críticos e degradar a internet em uma arma cada vez mais repressiva de controle da informação.
Um grande mito que deve ser rapidamente desmantelado: a censura política não é um subproduto de escolhas autônomas das grandes empresas de tecnologia.
Isso está acontecendo porque democratas de Washington e o Estado de Segurança dos EUA estão ameaçando represálias se elas se recusarem. Eles são explícitos.
Mas o pior é ver pessoas cujo cargo nos departamentos de RH corporativo é “jornalista” assumir a liderança na agitação por censura. Eles exploram as plataformas de gigantes corporativos para criar meios cada vez mais perigosos de banir dissidentes. *Esses* são os autoritários.
Este é o problema do sapo na água fervente: o aumento da censura é gradual, mas contínuo, impedindo o reconhecimento de quão grave se tornou. A UE agora exige legalmente a censura de notícias russas. Eles tornaram *ilegal* para as empresas transmiti-las.
Tantas novas táticas de repressão de censura surgiram no Ocidente: Trudeau congelando contas bancárias de caminhoneiros manifestantes; PayPal em parceria com ADL para banir dissidentes do sistema financeiro; Plataformas de Big Tech em conluio abertamente em uníssono para eliminar pessoas da internet.
Tudo isso decorre da mentalidade clássica de todos os pretensos tiranos: nossos inimigos são tão perigosos, seus pontos de vista tão ameaçadores, que tudo o que fazemos – mentira, repressão, censura – é nobre. Foi isso que tornou a confissão de Sam Harris tão vital: é assim que pensam as elites esquerdistas.
É por isso que considero o escândalo de Hunter Biden singularmente alarmante. A mídia não apenas “enterrou” o arquivo. A CIA inventou uma mentira sobre isso (é “desinformação russa”); os meios de comunicação espalham essa mentira; A Big Tech [censurou] – porque a mentira e a repressão a eles é justificada!
A mentalidade autoritária que levou a CIA, a mídia corporativa e a Big Tech a mentir sobre o arquivo de Biden antes da eleição é a mesma que impulsiona essa nova mania de censura. É a marca registrada de toda tirania: “nossos inimigos são tão maus e perigosos, tudo se justifica para detê-los”.
Por que **nenhum meio de comunicação** que espalhou essa mentira da CIA – o arquivo de Hunter Biden era “desinformação russa” – se retratou ou pediu desculpas? É por isso: eles acreditam que são tão benevolentes, sua causa tão justa, que a mentira e a censura são benevolentes.
O único aspecto encorajador: como tantas vezes acontece com facções despóticas, eles estão provocando e alimentando a reação aos seus excessos. Sites dedicados à liberdade de expressão – liderados por Rumble, junto com Substack, Callin e outros – estão explodindo em crescimento.
Mas à medida que essas plataformas de liberdade de expressão crescem e se tornam uma ameaça, os esforços para esmagá-las também crescem – exatamente como AOC, outros democratas e seus aliados de mídia corporativa exigiram com sucesso que Google, Apple e Amazon destruíssem o Parler quando ele se tornou o aplicativo mais popular do país.
É difícil exagerar quanta pressão agora é exercida pelos censores esquerdistas nessas plataformas de liberdade de expressão, especialmente o Rumble. Seus fornecedores estão ameaçados. Suas empresas de hospedagem direcionadas. Eles têm contas canceladas e empresas que se recusam a lidar com elas. É um regime.
Não é melodrama ou hipérbole dizer: o que temos é uma guerra no Ocidente, uma guerra sobre se a internet será livre, se a dissidência será permitida, se viveremos no sistema fechado de propaganda que nossas elites afirmam que os “países maus” impõem. Não é nada diferente disso.
Mesmo nas nações mais despóticas, o cidadão banal e conformista pensa que é livre. Como disse Rosa Luxemburgo: “quem não se mexe, não sente suas correntes”.
É claro que pessoas como Chris Hayes e Don Lemon acham tudo isso absurdo: os bons progressistas não ameaçam ninguém e, assim, florescem.
A medida da liberdade social não é como os servos do poder são tratados: eles são sempre deixados em paz ou recompensados. A principal métrica é como os dissidentes são tratados. Agora, eles estão presos (Assange), exilados (Snowden) e, sobretudo, silenciados pelo poder corporativo/estatal (dissidentes)….
Como já disse muitas vezes, os meios de comunicação que gritam mais alto sobre “desinformação” são os que a espalham com mais frequência, casualmente e destrutivamente (NBC/CNN/WPost, etc.).
Isso é igualmente verdade para aqueles que agora afirmam lutar contra o “fascismo”: a repressão real vem *deles.*
Greenwald continua observando que estão começando a florescer plataformas que resistem à pressão para suprimir vozes dissidentes. Estou feliz em usar uma delas para o meu grupo privado, o Tom Woods Show Elite.
O podcasting também tem estado amplamente imune – até agora – aos supressores. Então eu pude dizer praticamente tudo o que eu quis em quase 2.200 episódios do Tom Woods Show.
Mas lembre-se: é assim que toda a Internet costumava ser, não muito tempo atrás.
Até chegarmos lá, apoie as fontes que estão trabalhando para lhe dar a verdade, aconteça o que acontecer.
Essa afirmação simplista: “É uma empresa privada, logo eles podem…”, que ignora tudo o que forçou a tal empresa a tomar a decisão tirânica, é repetida à exaustão por muitos libertários.
A outra, mais recente, é sobre a Ucrânia ter o direito de entrar para a União Européia e Otan, e nesse caso a Rússia não tendo nenhum direiro de intervir. Totalmente incoerente do ponto de vista libertário !!!.
Eu explico;
Do ponto de vista libertário:
A Ucrânia não é legítima, e cada auto intitulado ucraniano deveria individualmente tomar a sua decisão de entrar ou não para uma milícia supranacional. (no caso a Otan)
A Otan não é legítima, quem quisesse fazer parte dessa milícia globalista, deveria se alistar nela.
(me refiro a indivíduos se alistando, não políticos metendo um país inteiro nisso)
A União Européia não é legítima, cada cidadão europeu deveria decidir individualmente se quer se associar a esta outra instituição supranacional ou não.
A Rússia, assim como todos os outros países do mundo, não é legítima. (valendo as mesmas observações anteriores)