“Se considerarmos a proibição de drogas de um ponto de vista puramente econômico, o papel do governo é proteger um cartel”. – Milton Friedman.
Recentemente surgiu um debate que há muito tempo – se é que já houve – parecia inexistente: o da legalização das drogas. Nos últimos anos, nos Estados Unidos, mais de 15 estados legalizaram a maconha e mais de vinte a legalizaram para fins medicinais. Hoje, a maioria dos americanos apoia a legalização da maconha. Mas por que devemos apoiar a legalização e a liberalização das drogas? Aqui estão 10 razões:
1.- A guerra às drogas é financeiramente insustentável.
Esse placar quantifica os gastos com a guerra às drogas nos EUA até agora este ano; especificamente mais de 40 bilhões de dólares anualmente. Não se deve esquecer que todas essas despesas onerosas são suportadas pelo contribuinte através de impostos.
2.- Permitiria aos tribunais lidar com os crimes reais.
Refiro-me à verdadeira interferência contra a liberdade e a propriedade de terceiros, como roubo, fraude ou agressão física, pois o ato de consumir drogas não viola a liberdade ou a propriedade de terceiros. Muitas vezes reclamamos sobre o colapso da justiça. Não vamos contribuir para isso julgando crimes onde não existem.
3.- Outras liberdades civis seriam protegidas
Na chamada guerra às drogas, várias liberdades civis são destroçcadas no caminho. Registros, invasão de privacidade, censura e outras proibições associadas parecem quase inevitáveis em uma disputa sem fim. A legalização das drogas parece uma parte inevitável da restauração de muitas liberdades civis violadas.
4.- As drogas seriam mais seguras
A esmagadora maioria das mortes por uso de drogas passou a ser vista como devido à falta de doses padronizadas, algo que naturalmente haveria em um mercado livre.
5.- A propagação de doenças como o HIV estaria contida
Como D. R. Blackmon afirma em seu trabalho “Moral Deaths”, a proibição de drogas contribuiu para a disseminação do HIV entre usuários de drogas intravenosas. Outras doenças como a hepatite também aumentam como consequência dessas drogas, além de qualquer controle do mercado legal. Como as drogas são proibidas, a venda de agulhas estéreis tem sido limitada. Legalizando drogas, elas seriam mais seguras e se permitiria comprar e vender utensílios higiênicos livremente. A legalização de drogas em 2000 em Portugal reduziu a infecção pelo HIV entre usuários de drogas neste país para praticamente o mínimo europeu.
6.- O crime organizado seria corroído
Quando um bem é declarado ilegal, quem normalmente é responsável por distribuí-lo e oferecê-lo? Obviamente, os especialistas em violar a lei. Além disso, os preços de bens ou produtos proibidos aumentam dramaticamente, em parte devido aos altos custos da operação fora da lei. Assim, com a proibição, atraímos especialistas em violar a lei com a atração adicional de enormes lucros. Legalizando drogas, qualquer pessoa que respeite a lei e a ordem poderá participar do mercado aberto para esses bens e produtos. Como disse Friedman, a ilegalidade estimula a cartelização do mercado de drogas, uma vez que não está sujeito à livre concorrência.
7.- A corrupção policial seria reduzida
A ilegalidade de drogas gera preços exorbitantes, que se traduzem em lucros muito altos. Lucro que a lei, através da proibição, considera ilegal. A corrupção policial é seriamente agravada no atual cenário proibicionista e, com ela, a própria polícia encontra um obstáculo para combater de maneira mais eficaz que são impossíveis de eliminar.
8.- Muitos países seriam mais seguros
Existem regiões e países como Colômbia, Nicarágua ou outros onde a proibição de drogas causou estragos a ponto de custar muitas vidas por ações de organizações terroristas. A legalização das drogas deixaria de alimentar essas máfias e grupos terroristas armados.
9.- Seu consumo seria reduzido
Embora possa parecer estranho a princípio, o efeito atraente da proibição está alinhado com a realidade. Por exemplo, de acordo com um estudo de 2009 sobre dependência de drogas na Europa, os holandeses estão entre os que têm as menores taxas de uso de maconha, apesar de ter sido legalizada em seu país.
10.- A natureza não pode ser proibida
Proibir substâncias que existem na natureza é ridículo, pois elas não deixarão de existir. A única maneira de saber como conviver com essas substâncias é legalizá-las, da mesma forma que o álcool pode ser visto como prejudicial à saúde, mas sua proibição apenas leva (e levou) a todas as consequências acima mencionadas. Assim como sabemos viver com álcool, precisamos saber como viver com qualquer outra substância.
Ninguém nega como as drogas podem ser prejudiciais. O ponto é reconhecer que tudo que provavelmente é ruim com elas, certamente piora com sua proibição.
Artigo original aqui.
“As drogas seriam mais seguras
A esmagadora maioria das mortes por uso de drogas passou a ser vista como devido à falta de doses padronizadas, algo que naturalmente haveria em um mercado livre.”
Eu poderia rebater cada item, mas como não disponho de tempo para jogar fora me atenho a este.
Argumentar que a liberação das drogas para os noiados tornaria as coisas mais seguras é ridículo, já que os cigarros, as bebidas e remédios são liberados e mesmo assim TEM CONTRATANDO DESSES PRODUTOS gerando inúmeros crimes como homicídio, tráfico, organização criminosa, tráfico de armas, assassinatos.
A questão é que mesmo legalizada, sempre vai ter (uma grande parte) que vai preferir o clandestino, ou seja, o noiado vai achar que maconha vendida a 12 reais na farmácia é mais cara que a maconha vendida na boca do ze pequeno. Então, o drogado noiado vai lá na boca do ze pequeno comprar a droga mais barata.
Mas, as drogas tem uma característica muito peculiar a todas as drogas, incluíndo as drogas lícitas que é o vício.
Depois que o noiado estiver viciado, e não conseguir mais estudar, nem trabalhar ele vai precisar de uma fonte de dinheiro. Aí entra em ofensa as outras prosas, pois o noiado vai roubar, furtar, e caso precise, vai matar para conseguir a próxima lombra.
Então, quer liberar as drogas, então libera a possibilidade de que os cidadãos que não são drogados possam eliminar ou matar o noiado que tentar roubar, matar ou furtar o cidadão não-noiado para ter a droga.
Mais cedo ou mais tarde o noiado vai prejudicar alguém, seja sua família (pais), seja a próxima vítima.
Na prática, o crime continuará o mesmo. A economia, também.