Certamente, uma das marcas mais características e indeléveis da militância progressista nos últimos anos tem sido acusar de difundir “discurso de ódio” todas as pessoas — entre conservadores, libertários, anarquistas, monarquistas e cristãos, para citar apenas estes grupos — que por alguma razão discordam das pautas politicamente corretas. Como criancinhas histéricas, arrogantes, prepotentes e egocêntricas, progressistas são criaturas completamente incapazes de compreender que existem no mundo milhões de pessoas com opiniões próprias, que discordarão delas por uma variada série de razões e motivos. Mas não espere que militantes progressistas usem a razão para compreender qualquer coisa. Essas pessoas foram doutrinadas para agir de acordo com a emoção, e não com a razão.
Eu já escrevi alguns artigos, publicados em sua maioria neste site, abordando a questão do insano autoritarismo e da opressiva tirania da seita progressista, explicando as razões pelas quais militantes se consideram os seres mais iluminados do mundo, os senhores absolutos da retidão e da justiça, que estão corretos em praticamente todos os assuntos, em todas as questões, e — de vacinas à geofísica, das duas guerras mundiais à fome na África, da literatura às artes dramáticas, passando por conceitos gerais de astrofísica até o pleno funcionamento do campo eletromagnético — são amplos conhecedores de basicamente tudo o que existe. Portanto, nós, meros mortais, não temos o direito de discordar desses graciosos, magnânimos e esplêndidos seres iluminados que tudo sabem e tudo conhecem à respeito de todas as coisas que existem no universo.
De fato, como se consideram as criaturas que detém a razão absoluta sobre tudo, militantes progressistas — também em virtude da tirania inerente à sua crença ideológica — não aceitam divergências ou contrariedades por parte de ninguém. Portanto, quem não está do lado deles, boa pessoa não pode ser. Consequentemente, alegar que pessoas que defendem outras filosofias e sistemas de crença estão difundindo discurso de ódio é um artifício retórico útil na guerra cultural, embora nem sempre seja usado de forma consciente.
Afinal, boa parte dos integrantes da seita progressista são sujeitos que sofreram uma lavagem cerebral tão ferrenha e corrosiva por parte da sua ideologia de estimação, que eles realmente se consideram seres iluminados que possuem todas as respostas para todos os problemas que afligem a humanidade. Portanto, nós não temos o direito de ignorá-los. Nós devemos prestar solene atenção a tudo o que eles dizem e fazer tudo o que eles mandam.
Acusar de difundir discurso de ódio todas as pessoas que não concordam com as pautas progressistas há muito tempo se tornou uma conduta recorrente entre a militância. Você não está autorizado a ter opinião própria sobre um determinado assunto. Na dúvida, você deve consultar os ungidos para saber o que eles pensam e quais são, exatamente, os seus posicionamentos. Eles têm praticamente todas as respostas para questões como racismo, pobreza, assistencialismo, educação, política, carteira de trabalho, aplicativos de entrega, SUS, demarcação de terras indígenas, crise climática, pandemias e assim por diante. Pessoas como Albert Einstein, Galileu Galilei, Tycho Brahe e Evangelista Torricelli diante dessas pessoas não passariam de torpes ignorantes. Simplesmente nada se compara em sabedoria e conhecimento a um militante progressista.
Progressistas são criaturas com tão resplandecente e magnânima sabedoria que inclusive sabem tudo sobre todas as tribos indígenas brasileiras. Se você é um índio, não importa a tribo — pode ser caiapó, bororo, caingangue, pataxó, mundurucu ou qualquer outras das centenas de tribos indígenas que existem por todo o território nacional —, saiba que os militantes progressistas sabem com formidável exatidão tudo o que você deve fazer, como você deve viver e como deve cuidar das suas terras. Na dúvida, não consulte o cacique da sua tribo; pergunte a um militante progressista, ele tem todas as repostas que você precisa saber sobre tudo, inclusive sobre como deve ser a vida comunitária da sua tribo. E, para o seu próprio bem, é melhor você não se contaminar com os confortos e com a tecnologia do mundo moderno. Você tem a obrigação de continuar vivendo exatamente da mesma maneira rudimentar e difícil que caracterizou o estilo de vida dos seus antepassados.
É fundamental compreender que nós, meros mortais, não estamos autorizados a discordar dos seres iluminados da seita progressista. Quem você pensa que é para pensar por conta própria, de forma autônoma e independente? Quem você pensa que é para questionar os dogmas ou divergir das pautas universitárias progressistas, que são sacralizadas pela mídia corporativa mainstream e pelos acadêmicos mais renomados?
Se sua opinião diverge do dogma da seita progressista, então você é um radical extremista que odeia a humanidade. Simples assim. Se você não é um sujeito totalmente subserviente a todos os dogmas da religião secular progressista, então você não é um ser humano decente que merece consideração e respeito.
Ironias à parte, sabemos perfeitamente que a seita progressista é tão ostensivamente tirânica e totalitária que militantes não hesitam em criticar com extrema voracidade — e até mesmo agredir fisicamente, quando possível — quem manifesta publicamente alguma opinião contrária aos dogmas da religião woke, cujo proselitismo é realizado em sua quase totalidade pela geração floquinho de neve.
Vamos analisar um exemplo polêmico, porém necessário.
Se você decidir expressar alguma crítica contra a obesidade ou contra pessoas gordas, você será rotulado como um gordofóbico opressor. Mesmo que você fale de forma cordial e benevolente, fazendo referência a dados médicos e científicos que comprovam que a obesidade é um grave problema de saúde — e que pessoas obesas terão uma expectativa de vida maior, caso decidam emagrecer, modificar seus hábitos alimentares e procurar a ajuda de um nutricionista —, ainda assim você será classificado como uma pessoa maligna pela militância woke.
E isso na verdade é uma questão muito séria. A obesidade mata milhares de pessoas anualmente no mundo inteiro, sendo um grave problema de saúde, que não deveria ser normalizado ou romantizado de maneira alguma.
Em 11 de janeiro deste ano, Taylor Claydorm, uma famosa personalidade do TikTok, com um perfil seguido por 1,9 milhão de usuários — onde era conhecido como wafffler69 —, morreu aos 33 anos de idade em consequência de uma parada cardíaca. Ele publicava vídeos regularmente na plataforma, nos quais comia e avaliava todo o tipo de alimentos, como chocolates, cereais, cachorros quentes, Fast Food, espaguete, hambúrgueres e sorvetes, entre muitas outras coisas, tanto doces quanto salgados. Ou seja, ele literalmente se entupiu de gordura hidrogenada até morrer. Ser uma personalidade das redes sociais custou a Taylor Claydorm a própria vida.
Nicholas Perry, um Youtuber americano de 30 anos de idade — mais conhecido pelo nickname de Nikocado Avocado —, parece estar indo exatamente pelo mesmo caminho. Violinista com formação musical clássica, ele começou sua carreira no Youtube publicando vídeos sobre veganismo e o estilo de vida vegano. Poucos anos depois, no entanto, ele se tornou uma celebridade por publicar vídeos de Mukbang (estilo de vídeo onde o apresentador aparece devorando colossais quantidades de alimento), e atualmente está consideravelmente obeso. Em alguns de seus vídeos, Nicholas Perry aparece mentalmente desequilibrado e exibindo comportamento errático. Ele tem histórico de depressão e transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros problemas psiquiátricos.
Nicholas Perry é o clássico exemplo de um sujeito que foi totalmente desvirtuado pela fama. Atualmente, ele é mais uma personalidade do Youtube desesperado para se manter em evidência, e parece estar claramente disposto a executar todo o tipo de aberrações e baixarias por curtidas e visualizações. Muitas pessoas especulam por quanto tempo mais ele viverá, até que tenha um trágico fim. Provavelmente, será muito similar ao de Taylor Claydorm.
No final do ano passado, no mês de novembro, uma modelo plus size brasileira foi impedida de embarcar em um voo da Qatar Airways, no Líbano, por ser obesa demais. De acordo com matéria publicada na CNN Brasil, “a companhia alegou que ela teria que comprar uma passagem executiva de 3 mil dólares ou dois bancos comuns para caber no assento”. Isso obviamente gerou um escândalo internacional. Como a companhia área ousa recusar-se a acomodar uma pessoa extremamente obesa, que nem mesmo cabe no assento da aeronave?
Mas, para a militância woke, nada disso importa. O que importa são sentimentos, exigências, vontades pessoais, e todo o tipo de demandas histriônicas, egocêntricas, histéricas e infantis. Lembre-se, a militância progressista está sempre certa, e o resto da humanidade está sempre errado. Afinal, a realidade não importa. O que importa são sentimentos.
Portanto, se tentar persuadir pessoas obesas a mudarem os seus hábitos alimentares e o seu estilo de vida — para benefício delas próprias —, você será invariavelmente classificado como um fascista opressor pela militância. Você tem a obrigação de aceitar as pessoas como elas são; quem é você para dizer a qualquer pessoa que ela deve mudar?
Ou seja, para a militância progressista, é muito mais viável exigir que todas as salas de cinema, todas as companhias aéreas e todas as salas de espera do mundo tenham assentos e cadeiras que possam acomodar pessoas obesas. É o mundo que deve se adequar às pessoas obesas, não são as pessoas obesas que devem se ajustar ao mundo. Trata-se de uma deplorável e nefasta inversão de valores, para dizer o mínimo. Mas quando entendemos como funciona a mentalidade woke, fica fácil compreender a reação histérica da militância progressista a qualquer exigência do mundo real.
Obviamente, pessoas alicerçadas nas demandas e nas exigências do mundo real — popularmente conhecidas como adultos — terão crenças, atitudes e opiniões que irão destoar drasticamente, de forma radical e irrevogável, da religião woke, que consiste em um conjunto de crenças demasiadamente infantil, histriônico, histérico, reducionista, e acima de tudo, ostensivamente egocêntrico. Militantes progressistas acreditam que todas as pessoas do mundo tem a obrigação de se ajustar às demandas deles. Caso contrário, eles estarão sofrendo preconceito e sendo vítimas de algum tipo de fobia coletiva — como gordofobia, homofobia e seus genéricos e similares.
Portanto, ao invés de aceitar a realidade como ela efetivamente se apresenta, é muito mais fácil para a militância acusar pessoas que expressam opiniões diferentes de estarem disseminando alguma atitude negativa, como “discurso de ódio”. Também é fácil perceber como os governantes políticos e os agentes públicos — oportunistas demagógicos por natureza — apreciaram e aderiram ao termo, tendo encontrado para ele ampla utilidade em suas agendas. Governantes impopulares, os famosos arrivistas e bravateiros de ocasião, tem agora a prerrogativa perfeita para institucionalizar os seus projetos de censura, controle e monopólio da informação. Portanto, tornou-se corriqueiro de uns tempos para cá ouvirmos frequentemente a necessidade de se “combater o ódio” nas redes socias.
Esse “ódio”, no entanto, não existe; ao menos, não na grande maioria dos casos. Em 99,99% das vezes, uma pessoa acusada de difundir “discurso de ódio” é na verdade simplesmente uma pessoa comum, que possui uma opinião que diverge de alguma pauta do progressismo ideológico, e que destoa da ditadura politicamente correta. A mentalidade woke, no entanto — totalitária por natureza —, não admite a existência de pessoas que possuem opiniões, pensam por conta própria, raciocinam por si mesmas, e defendem posicionamentos que diferem drasticamente das pautas da religião secular progressista.
A mentalidade de seita apregoa que alguém que discorda dos seus dogmas sagrados e dos seus iluminados postulados ideológicos só pode ser uma pessoa maligna. Afinal, tudo aquilo que não está de acordo com a ideologia progressista é inerentemente nefasto, portanto merece ser demonizado e hostilizado. E todos aqueles que não são progressistas devem ser censurados e punidos, pois são pessoas retrógradas e reacionárias, que são contrárias a evolução da sociedade; portanto, elas devem ser penalizadas por coibirem o avanço da civilização. Um “avanço” que envolve ideologia de gênero, bloqueadores hormonais, pessoas não-binárias e mutilação de genitálias. Os “amantes” da ciência — que em nome da sua cartilha ideológica estão dispostos a omitir o que realmente significam os cromossomos XX e XY —, convenientemente ignoram a biologia. Mas militantes progressistas são de fato negacionistas da biologia.
A verdade, dita de forma clara e simples, é que discurso de ódio não existe. O que existe de fato são pessoas corajosas com opiniões próprias, que não se deixam intimidar pelo totalitarismo da seita progressista. Discurso de ódio — enquanto acusação executada pela militância woke — é um artifício retórico que serve como recurso político para perseguir, hostilizar e censurar qualquer pessoa que expressou uma opinião ou um posicionamento que diverge da doutrina da seita totalitária progressista.
A intolerância progressista é produto de sua própria mentalidade totalitária, que por sua vez é oriunda do reducionismo simplório de sua ideologia infantil e histriônica. Militantes progressistas são como criancinhas que dependem do estado para tudo, e odeiam com profunda mordacidade pessoas autônomas e independentes, que não precisam do governo para absolutamente nada, não tem medo de assumir responsabilidades e tem plena competência para pensar e agir como adultos.
Militantes progressistas são, na prática, como criancinhas que tem um medo patológico da vida e da realidade, e precisam do deus-estado e do papai-governo para sentirem um pouco de segurança. São como crianças presas no corpo de pessoas adultas. Há nelas o medo de crescer, de se desenvolver e de assumir responsabilidades pela própria vida. Como o progressismo é, basicamente, a materialização política de uma visão de mundo deturpada e infantil, o estado assume o papel de protetor e genitor. Ou seja, é basicamente um papai.
Quem critica o estado, portanto, sempre será visto como uma pessoa inerentemente má pelos integrantes da seita progressista. Afinal, como podem existir pessoas que sejam tão malévolas, a ponto de criticar a autoridade governamental, essa gentil e graciosa entidade paterna, que cuida de todos nós?
Sabemos que o governo não cuida de ninguém, a não ser dele mesmo. Mas a militância progressista jamais irá compreender a realidade, tampouco algum dia entenderá a vida como ela efetivamente se apresenta. O que essas pessoas querem é depender do estado. Como elas precisam desesperadamente do estado para tudo, defenderão o sistema com unhas e dentes, com toda a mordacidade da sua fúria histérica e irracional.
Dito isso, não podemos agir como otimistas delirantes acreditando que progressistas algum dia irão mudar, cair em si, ou que a seita algum dia será menos totalitária do que é hoje. Muito pelo contrário — a probabilidade é dela vir a se tornar um agrupamento de pessoas cada vez mais histéricas, tirânicas, egocêntricas e parasitárias. O progressismo é um caso sério para a psiquiatria. O nível delirante de transtornos psiquiátricos que alguém deve possuir para aderir a essa seita está muito além da simples insanidade. O progressismo é uma dolorosa e corrosiva patologia política, que destrói de forma indelével e contumaz tudo aquilo que aparece no seu caminho. Da razão à sanidade, da economia à liberdade, das instituições de ensino aos próprios indivíduos, o progressismo é uma colossal avalanche de horrores macabros, que arrasa toda a sociedade no frenesi do seu colérico e irascível despotismo.
Todas as características que você citou eu também vejo na Direita. Mas isso você ignora e não escreve absolutamente nada!
Não escreve? O que seria isso: Direita, esquerda e a irracionalidade da utopia
Boa Marco, falou como um verdadeiro esquerdista!
Graças Deus nosso Senhor Jesus Cristo eu não sei quem são as pessoas citadas neste excelente artigo. E nem sabia do episódio da baleia no hidroavião. Eu só sei que gordo tem que se fuder.