Não precisa ser branco para se tornar alvos desses esquerdistas, já que “branquitude” não tem a ver principalmente com a cor da pele… Termos como “nacionalista branco” e “supremacista branco” têm a mesma função em nossa república desnaturada que tiveram “cão do capitalismo” na China maoísta ou “capitalista parasita” no Terceiro Reich. São termos que os poderosos aplicam àqueles que consideram inimigos de seu regime “unificado”.
Fraser Myers perguntou recentemente no Spiked como negros e latinos poderiam votar em Donald Trump e, em alguns casos, participar com entusiasmo de manifestações por ele, dado o fato supostamente óbvio de que Trump é um supremacista branco. De acordo com Myers, a professora da New York University Cristina Beltrán respondeu a esta pergunta preocupante no Washington Post em uma nota memorável sobre “branquitude”:
Branquitude é a política de agressão, exclusão e dominação. E a “branquitude multirracial” reflete uma compreensão do ser branco como uma cor política e não simplesmente uma identidade racial. É uma “visão de mundo discriminatória em que sentimentos de liberdade e pertencimento são produzidos por meio da perseguição e desumanização de outros.”
E agora nós entendemos. “Branquitude”, ou o que Beltrán designa em outro lugar como “branquitude multirracial”, não se refere exclusivamente aos caucasianos em oposição aos negros ou a alguma outra raça. É ter uma “visão de mundo discriminatória” que leva alguém a se envolver na “desumanização” de outros. Isso pode ser o que o presidente Biden (ou seu redator de discursos) tinha em mente quando foi atrás dos “nacionalistas brancos”, mas convenientemente se esqueceu de mencionar Black Lives Matter e Antifa como contantes baderneiros. E os supremacistas brancos são pessoas que devemos rejeitar e privar de seus direitos porque eles praticam a desumanização. Além disso, a doença da “branquitude” atingiu não-brancos, bem como brancos biológicos, e faríamos bem em reeducar esses fanáticos não-brancos, particularmente aqueles que usavam chapéus do MAGA e votaram em Trump.
Permitam-me apresentar outro ponto que pode parecer estranho a alguns leitores. A principal luta em que estamos engajados como sociedade e civilização tem pouco a ver com raça. Os negros, como os muçulmanos na Europa, têm uma função atribuída por aqueles que estão no topo da hierarquia. Seu trabalho é ajudar a esquerda cultural como uma força auxiliar. Eles estão lá para ajudar as elites predominantemente brancas a esmagar e humilhar outros brancos, também conhecidos como os Deploráveis nos EUA ou Les Ploucs na França. Portanto, os membros da minoria que se comportam mal devem ser severamente disciplinados, para que outros em suas fileiras não insistam em ter seus próprios pensamentos.
Isso não quer dizer que os grupos minoritários recrutados pela esquerda não tenham problemas, por exemplo, sociedades disfuncionais, ressentimentos injustificados ou exagerados contra a polícia ou preconceitos tribais atávicos. Como o jovem economista das Índias Ocidentais Lipton Matthews aponta no blog da Chronicles, uma classe alta negra controla a subclasse negra se engajando descaradamente em questões raciais. Há uma grande disparidade financeira entre esses agitadores raciais e aqueles a quem eles manipulam, portanto, os ataques a brancos lançados por notáveis como a representante dos EUA Maxine Waters (D-Calif.) e o reverendo Al Sharpton podem ter como objetivo esconder uma verdade embaraçosa.
Mas tais problemas não são as principais causas da convulsão em nossa sociedade ou da desintegração das normas civilizacionais. Mesmo que todas as minorias radicalizadas sumissem, ainda teríamos que lidar com os brancos ricos e influentes que estão promovendo e pagando pelos conflitos sendo criados. Os suspeitos de costume continuariam causando danos, incluindo o financiamento de desordeiros, a menos que encontrássemos alguma maneira de substituí-los ou limitar drasticamente sua influência.
O foco na teoria crítica de raça não tem o objetivo de fazer os negros se sentirem bem consigo mesmos. É uma iniciativa impulsionada por aqueles brancos que dirigem nossas instituições culturais e educacionais. Ela é projetada para degradar outros brancos, que nossos líderes desprezam profundamente. O mesmo é verdade para a demolição de monumentos, começando com as estátuas do Memorial Confederado e depois das de Colombo, Washington, Lincoln, Jesus e assim por diante. Isso também está sendo feito para humilhar os cidadãos comuns, patriotas e tementes a Deus, e os vândalos brancos geralmente estão na linha de frente da destruição.
A verdade finalmente está exposta sobre a identidade dos supostos “supremacistas brancos”. Não estamos falando aqui de pessoas brancas que se propuseram a fazer mal aos não-brancos. Estamos descrevendo aqueles a quem os esquerdistas financeiramente seguros estão decididos a depreciar e arruinar. E eles não precisam ser brancos para se tornarem alvos desses esquerdistas, já que “branquitude” não tem a ver principalmente com a cor da pele. Refere-se àqueles que os poderosos classificam como “desumanizadores” e, portanto, se propõem a desumanizar. Termos como “nacionalista branco” e “supremacista branco” têm a mesma função em nossa república desnaturada que tiveram “cão do capitalismo” na China maoísta ou “capitalista parasita” no Terceiro Reich. São termos que os poderosos aplicam àqueles que consideram inimigos de seu regime “unificado”.
Presumivelmente, Joe Biden em sua mais nova encarnação se opõe à “branquitude” da mesma forma que o Professor Beltrán e Spiked. Este rótulo está reservado para os oponentes de uma agenda esquerdista em curso. E esta nova forma de difamação não poderia ter vindo em melhor hora, ou assim nossos governantes podem imaginar. Uma vez que os brancos foram assediados com conversas sobre privilégios brancos e racismo sistêmico, pode ser fácil amedrontá-los e levá-los à submissão condenando-os como supremacistas brancos. Membros de outras raças evitarão naturalmente o contato com portadores do bacilo da branquitude, que agora se espalhou até mesmo para os não-brancos. A “branquitude multirracial” de Beltrán logo encontrará um lugar na retórica de nossos governantes socialmente radicais.
Artigo original aqui.
Seria Michael Jackson um supremacista branco?
Eu considero esses debates com essa esquerda identitária uma falsa questão. Só existe em função do do estado democrático de direito. Faz parte do seu poderoso aparelho ideológico. Eu até leio sobre isso, pois tem formidáveis textos e bons insights. Eu acho proveitoso para compor meu pensamento anarquista de propriedade privada. Mas é uma bobagem atrás da outra, e somente os libertários tem algo a dizer realmente sobre isso. O resto é ideologia do sistema, inclusive quem denuncia isso. No tempo do tal macartismo ninguém gostava. Só que hoje fazem o mesmo, ou seja, sempre a máfia estatal pautando tudo.
Vejamos o seguinte. Se eu fosse acompanhar essa questão desde o início, eu chegaria a conclusão que a segregação total entre “opressores” e “oprimidos” resolveria a questão. É curioso, pois de certa forma, voltaríamos para uma situação pré-direitos civis, que começou nos EUA e se espalhou para o resto do mundo. Do jeito que está, só aumenta o conflito.
O estado como detentor do monopólio da justiça e da violência agressiva e organizada contra indivíduos pacíficos, era por assim dizer racista. Era justo que isso mudasse e que todos fossem de fato iguais perante a lei. Só que descobrimos com o tempo que esse não era o objetivo, mas uma luta marxista contra o estado burguês. Ou seja, a questão não ficou resolvida com o fim das leis anti-segregação, era necessário aprofundar a agenda. Assim, a luta por uma legislação negativa tornou a ascenção das leis positivas. Assim, a discriminação, que seria um direito individual, tornou-se parte do problema. É fato que as leis de propriedade privada são cancelas ou relativizadas quando não se pode determinar o que fazer o que quiser dentro da sua própria casa ou em um estabelecimento comercial. Somente assim é possível compreender como o conceito difuso de supremacista branco se tornou tão popular. Mantenha todo mundo sob pressão intensa e impeça as pessoas de se defender.
A integração forçada e a falta de direito a discriminação são a base destes movimentos apoiados pela máfia estatal. Portanto é o velho ataque a propriedade privada.