O cada vez mais poderoso complexo verde-industrial, cujo quartel-general está nos EUA, está se revelando extremamente eficaz em utilizar a ONU, suas trinta e duas instituições “irmãs”(como o Banco Mundial, a UNESCO e vários “tribunais”) e centenas de centros de pesquisa e treinamento. Esta enorme e continuamente crescente máquina burocrática já emprega mais de um milhão de “servidores públicos internacionais” para administrar aquilo que nossos visionários socialistas sonham se tornar o governo mundial do futuro.
Uma “instituição irmã” da ONU que está se tornando cada vez mais importante é o altamente politizado “Departamento Mundial de Saúde”, também conhecido como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual, como parte de sua nova campanha do medo, emitiu recentemente a declaração de que bacon, presunto, salsicha são cancerígenos. E complementou dizendo que todas as carnes vermelhas são “provavelmente cancerígenas”.
[N. do E.: vale ressaltar que a OMS não mostrou o relatório científico final e também omitiu o fato de que sete dos vinte e dois cientistas que participaram das pesquisas não aprovaram o relatório desconhecido. Até mesmo o politicamente corretíssimo doutor Dráuzio Varella achou isso muito estranho. Diz ele: “[…] não existe consenso entre os epidemiologistas. Não houve unanimidade sequer entre os 22 especialistas do painel da Iarc: sete deles se abstiveram de votar a favor das conclusões por não estarem convencidos da qualidade das evidências apresentadas ou por não concordarem com elas.”]
Essa nova campanha anti-carne, no entanto, nada tem a ver com a sua saúde, mas sim com a “saúde do planeta”. O ataque da OMS à carne ocorreu, coincidentemente, antes da Conferência do Clima em Paris, que ocorrerá no final do ano e que irá discutir “soluções governamentais” para se controlar o clima, e faz parte da lenta, porém progressiva, revolução socialista envolta no lema de “conscientização sobre as mudanças climáticas“. Para essa gente, todo o necessário para fazer com que tudo fique bem é entregar o controle da economia mundial para os planejadores centrais dos governos. Na mente deles, basta o governo acionar suas engrenagens e elas automaticamente farão tudo com assombrosa precisão para preservar o status quo climatológico. Como sempre, políticas socialistas atuais são justificadas como sendo uma “necessidade para as gerações futuras”.
O famoso Nobel de física, o Dr. Ivar Giaever, que já foi um ardoroso apoiador de Obama, mudou de lado e hoje está contra o presidente americano na questão do aquecimento global. “Eu diria que, basicamente, o aquecimento global é um problema inexistente”. Giaever escarneceu Obama por este ter declarado que “nenhum desafio é mais ameaçador para as gerações futuras do que as mudanças climáticas”. O físico disse que essa era uma “declaração ridícula” e complementou dizendo que Obama “está sendo mal assessorado” na questão do aquecimento global.
Já eu estou certo de que Obama e outros políticos estão impondo a agenda do aquecimento global não por causa de “má assessoria”, mas sim porque os defensores dessa tese, inadvertidamente ou não, lhes fornecem todas as justificativas necessárias para adotar políticas de planejamento central e para restringir as liberdades individuais.
A Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas 2015, que será realizada em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro, está sendo propagandeada pelo governo Obama como um grande passo adiante rumo a um governo mundial e a um planejamento centralizado. Será a vigésima primeira sessão anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, criada em 1992, e a décima primeira sessão do Encontro das Partes (a primeira ocorreu no Protocolo de Kyoto, em 1997). O objetivo da conferência é alcançar um acordo universal e legalmente compulsório a respeito do clima, para todos os países.
Todos os globalistas se mobilizaram em preparação para este evento. O papa Francisco, por exemplo, publicou uma encíclica chamada Laudato Si’ para ajudar a garantir o sucesso dessa conferência. A encíclica clama por uma ação imediata contra as “mudanças climáticas causadas pelo homem”. Já a Confederação Sindical Internacional, que tem suas origens na Primeira Internacional fundada por Karl Marx, exortou o objetivo de “carbono zero, pobreza zero”, e seu secretário-geral, Sharan Burrow, proclamou que “não há empregos em um planeta morto”.
A guerra contra a carne faz parte dessa ofensiva das relações públicas. Lord Stern, do Reino Unido, que já foi economista-chefe do Banco Mundial, afirmou que “a carne é um grande desperdício de água, e cria muitos gases geradores do efeito estufa. Ela causa uma enorme pressão sobre os recursos naturais do mundo. Uma dieta vegetariana é muito melhor.”
Já o embaixador americano Todd Stern, nomeado por Obama emissário especial dos EUA para assuntos climáticos, cuja função será assegurar um rígido acordo climático na conferência de Paris, está hoje viajando para Brasil e Cuba com o intuito de conseguir o apoio destes dois corruptos governos socialistas contra “a ameaça global representada pelas mudanças climáticas”
Nos EUA, socialistas fanáticos e seus parceiros “capitalistas” já conseguiram destruir a indústria do carvão. Todo o setor energético está sob inclemente ataque há um bom tempo. Agora, eles estão indo atrás da indústria de carnes, a qual é, de acordo com eles, “insustentável”. A esquerdista Union of Concerned Scientists (União dos Cientistas Preocupados) listou o hábito de comer carne como sendo a segunda maior ameaça ambiental para o planeta (a ameaça número um são os veículos movidos por combustíveis fósseis).
Na União Soviética, de onde fugi, quando havia carne, esta era disponível para o alto escalão do Partido Comunista. O cidadão comum, com muita sorte, encontrava um pouco no mercado negro. O Partido “explicava” para as massas que comer carne era nocivo para a saúde. Em Cuba, você dificilmente encontra carne nas mercearias. Bife (normalmente misturado com soja), frango, salsicha e presunto são racionados pelo governo cubano à quantia de 225 gramas por pessoa para cada 15 dias. Meus amigos cubanos, no entanto, se queixam de que nem mesmo este racionamento é respeitado pelo governo, e que frequentemente as rações de carne são “canceladas” sem qualquer explicação.
Nos EUA, o Comitê Conselheiro de Diretrizes Alimentares (Dietary Guidelines Advisory Committee) publicou, neste ano, um relatório de 571 páginas de “evidências” pseudo-científicas para estimular os americanos a não comerem carne vermelha. O Departamento de Agricultura dos EUA utilizará essa ciência fajuta como base para sua política federal de nutrição, incluindo um programa de US$ 16 bilhões para financiar almoços em escolas.
E tudo isso está sendo bancado pelos pagadores de impostos. Os EUA estão financiando a ONU e suas instituições “irmãs”, incluindo a OMS, em um montante que vai de 25 a 35% do orçamento da organização. A única esperança para o mundo é que as pessoas não recebam todo o governo pelo qual estão pagando.