Thursday, November 21, 2024
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Capitalismo, Comunismo, Fascismo, Patriarcado — Os espantalhos convenientes

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Se tem uma coisa que direita e esquerda têm em comum, é o fetiche por combater espantalhos — fantasmas imaginários representativos de ameaças autoritárias, que foram motivo de real preocupação no passado, mas que, no presente momento, não representam perigo algum. O espantalho que a esquerda política mais usa em seu favor, como sabemos, é o fascismo. A direita, por sua vez, utiliza o comunismo. A parcela mais inteligente do eleitorado, no entanto, já percebeu como ambos os lados do diagrama político são infantis, ao se apresentarem como “soluções oportunas” para problemas que não são ameaças reais.

A apresentação e a difusão de espantalhos por parte de ideologias políticas servem tanto para legitimar uma suposta coordenação de esforços na sociedade, com o objetivo de protegê-la de um suposto problema, como para demonizar inimigos políticos. Assim, ambos os lados podem reivindicar ou reclamar um suposto direito de governança, alegando que isso é realizado no interesse da população. Em resumo, a difusão de espantalhos que propagam ameaças imaginárias serve para ampliar o alcance ideológico de uma determinada facção política, enquanto esta reivindica sua superioridade moral, por ser capaz de combater um suposto problema — um problema que, em muitos casos, nem sequer existe.

Como sabemos, tanto direita quanto esquerda frequentemente recorrem a espantalhos, em uma tentativa de apavorar o eleitorado, e se apresentar como solução de um problema específico. A direita política sempre fez uso do “comunismo”, como sendo uma ameaça terrível, para o qual ela tem a solução perfeita.

Com a guinada desenfreada para a esquerda que ocorreu em países vizinhos como Venezuela e Argentina nas últimas décadas — e isso com consequências drásticas —, a direita nos anos recentes voltou a usar a oportuna ameaça do comunismo para amedrontar o eleitorado e se apresentar como a solução definitiva para esta terrível calamidade.

Evidentemente, não é minha intenção menosprezar o comunismo. Ditaduras comunistas certamente estiveram entre os regimes mais opressivos, sanguinários e genocidas da história, e até certo ponto, é compreensível que a população sinta pavor e receio. No entanto, a direita política sempre manifestou um certo exagero quanto ao problema (especialmente em anos recentes), maximizando de forma oportunista os perigos iminentes de uma ameaça comunista. E faz isso exatamente da mesma forma que a esquerda, quando esta utiliza o fascismo como espantalho.

Não obstante, quando analisamos a geopolítica de forma prudente e objetiva, fica muito evidente a percepção de que o comunismo não é uma ameaça real em parte alguma do mundo contemporâneo. A menos que você pretenda se mudar para a Coreia do Norte (e eu sei muito bem que você não quer e não vai fazer isso) a verdade é que o comunismo — especialmente em sua vertente clássica, marxista-leninista — na maior parte do mundo está morto. Essa ideologia sobrevive como regime político unicamente na Coreia do Norte, país que permanece sendo uma espécie de fóssil, uma relíquia da Guerra Fria. Uma nação que congelou no tempo e está há décadas estagnada em 1950.

Não obstante, nem mesmo na Coreia do Norte o comunismo vai existir para sempre. Eventualmente, o país terá que se adaptar, de uma forma ou de outra, quando as circunstâncias assim o exigirem. A China e o Vietnã — que no passado foram ditaduras comunistas totalitárias — são excelentes exemplos de países que foram obrigados a se adaptar e a tornar as suas economias bem mais livres e flexíveis (e, consequentemente, mais capitalistas).

Então, ainda que esses dois países tenham mantido regimes políticos demasiadamente autoritários, nas últimas décadas, ambos foram forçados a se adaptar às demandas da realidade e a ampliar as suas atividades produtivas, através de reformas liberalizantes que concederam mais liberdade econômica à população. Isso foi feito em larga medida como uma reação ao exacerbado grau de pobreza, miséria e depauperamento material que existia nesses dois países, e que foram resultado direto das políticas de planejamento central da economia, elaboradas por uma cúpula de burocratas onipotentes, que não entendiam absolutamente nada sobre como uma sociedade efetivamente funciona. E a parte que eles demoraram para entender é que uma sociedade funciona de forma totalmente descentralizada.

Reformas liberalizantes geralmente sempre prefiguraram como as primeiras medidas a serem implementadas em países que desejavam expurgar a pobreza e a miséria remanescentes do comunismo, para começar a gerar riquezas com o objetivo de se tornarem sociedades prósperas e funcionais. Isso foi inevitável em praticamente todas as sociedades pós-comunistas, dado que o comunismo é uma utopia infantil que — justamente por ignorar a realidade — só consegue se manter por um determinado período de tempo.

E se há uma constante na história do comunismo, é isso: o fato de que o regime “funciona” por um determinado período de tempo (sempre na base da opressão e da tirania) e depois desmorona. Em decorrência de sua estrutura econômica disfuncional, o comunismo invariavelmente entra em colapso depois de um certo período de tempo. E países que vivenciaram a nefasta tragédia de regimes comunistas totalitários (como Romênia, Albânia, Alemanha Oriental, Camboja) comprovam isso.

Não obstante, a verdade é que o comunismo clássico está morto e muito provavelmente nunca mais ressurgirá. De maneira que tentar difundir o comunismo como uma ameaça real não passa de uma jogada oportuna por parte da direita política, para amedrontar eleitores, e assim tentar arregimentar mais simpatizantes.

Como eu escrevi acima, é necessário entender o panorama geopolítico atual; e a verdade é que o século 21 é drasticamente diferente do mundo no qual o comunismo floresceu, estabelecendo ditaduras marxistas em países como Vietnã, Coreia do Norte, China, União Soviética, Laos, Romênia, Albânia, Camboja, Etiópia, Iugoslávia e Cuba, entre muitos outros.

Embora existam comunistas inveterados em muitos países do mundo, incluindo o Brasil, a verdade é que hoje eles não possuem os meios, os recursos, o apoio político e a adesão popular — muito menos o financiamento necessário — para executar golpes revolucionários. De maneira que o comunismo sobrevive atualmente como o fetiche utópico de algumas centenas de revolucionários universitários de apartamento e teóricos de Youtube, que jamais seriam capazes de colocar em prática os seus devaneios ideológicos, tampouco teriam a coragem de executar qualquer ato que colocasse as suas próprias vidas em risco.

Adicionalmente, não estamos mais na era dos golpes de estado. É verdade que eles ainda são recorrentes em países atrasados e subdesenvolvidos, a exemplo de países africanos, como o Gabão, e países do sudeste asiático, como Mianmar. Não obstante, esses países são exceções à regra, que só confirmam o padrão geopolítico atual. E esse padrão é o da idolatria democrática.

Na maioria dos países do mundo, golpes de estado não ocorrem mais — ao menos, não explicitamente, através de falanges revolucionárias ou com militares e tanques nas ruas. Quando eles ocorrem, são executados através de eleições democráticas fraudulentas, que servem para dar uma fachada de legitimidade ao grupo que está tomando o poder. E é necessário pontuar que, em sua grande maioria, esses grupos quase nunca são de comunistas. Na maior parte dos casos, são quase sempre uma coalizão entre social-democratas e progressistas.

É verdade que essa coalizão é bastante hedionda, e faz um excelente trabalho na destruição de países (especialmente na América Latina). Quando temos comunistas marxista-leninistas entre essas pessoas, eles geralmente são os disfuncionais do grupo, que não mandam em absolutamente nada — não possuem nenhum tipo de poder real ou voz de comando. A verdadeira ameaça quase sempre vem de coalizões entre social-democratas, progressistas e socialistas globalistas, que não possuem nem sequer a mais vaga noção do que seja comunismo de fato.

No entanto, é preciso rechaçar o oportunismo da direita política: a verdade é que o comunismo clássico morreu. E morreu faz tempo. E a diminuta parcela da esquerda que está interessada em ressuscitá-lo não tem a capacidade, os meios, os recursos ou a influência para tanto. De maneira que alardear o comunismo como sendo uma ameaça real não passa de oportunismo tendencioso por parte da direita política.

A esquerda faz exatamente a mesma coisa, quando tenta difundir o fascismo como uma ameaça real, que coloca em risco toda a sociedade. O fascismo clássico não existe mais, e muito provavelmente, nunca mais voltará a existir. Da mesma forma que o comunismo, existem simpatizantes dessa ideologia dispersos em diferentes países do mundo. Não obstante, esses indivíduos também não possuem os meios, os recursos, a capacidade ou a influência para fazer o fascismo ressurgir das cinzas e se tornar uma ideologia ativa na política prática do mundo contemporâneo.

De fato, o fascismo possui ainda menos simpatizantes do que o comunismo. Em determinados ambientes, como as redes sociais, é fácil nos depararmos com indivíduos que não apenas defendem o comunismo, como manifestam um certo orgulho de se declararem comunistas. Inclusive o presidente do Brasil, Luis Inácio, declarou na abertura da 26ª edição do Foro de São Paulo, que aconteceu no final do mês de junho do ano passado, em Brasília: “Nós ficaríamos ofendidos se nos chamassem de nazista, de neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes.”

Quanto ao fascismo, no entanto, nós não vemos ninguém se assumindo abertamente como fascista, muito menos dizendo ter orgulho de ser fascista. Ou seja, o comunismo, de uma certa forma, usufrui de um grau de santidade política e ideológica, que simplesmente não existe no fascismo.

O mais importante, no entanto, é entender que atualmente tanto o fascismo quanto o comunismo, em larga medida, estão mortos, enterrados e sepultados, especialmente quando o assunto é a política prática. Essas duas ideologias sobrevivem apenas como fetiches ideológicos de sujeitos disfuncionais, com personalidades excêntricas, propensos a cultivar uma nostalgia política de caráter altamente utópico e idealista (em cujo cerne apodrece uma tardia rebeldia adolescente). E isso porque foram levados a acreditar ingenuamente que a sua ideologia de estimação é capaz de reabilitar a sociedade e salvá-la de todos os males que a afligem. Sabemos, no entanto, que esses indivíduos nunca estudaram com real profundidade as ideologias que eles tão ardorosamente defendem na internet.

E é fundamental entender que — ainda que essas duas ideologias possuam alguns milhares de entusiastas dispersos por aí —, elas nunca mais serão absolutamente nada além disso: fetiches ideológicos de indivíduos disfuncionais, que na melhor e mais promissora das hipóteses, terão canais populares no Youtube, saturados de vídeos que são todos basicamente variações do mesmo tema, onde eles difundem para miríades de simpatizantes a ilusão de como seria maravilhoso o mundo, se a ideologia de estimação deles fosse a corrente política dominante na sociedade.

Em virtude desses fatos, é razoável concluir que tanto o comunismo quanto o fascismo, atualmente, servem unicamente como espantalhos convenientes de ideologias políticas, que difundem o medo de ameaças imaginárias entre o eleitorado para tentar ampliar a sua base de apoio. Tanto os ativistas de direita quanto os militantes de esquerda sabem perfeitamente que precisam difundir o medo, para conquistar mais simpatizantes. Com a difusão do medo, a população frequentemente recorre ao estado na busca por proteção. Então, direita e esquerda só precisam competir para ver quem é mais convincente na difusão do medo, e quem oferece mais ilusões de segurança. É, na verdade, muito mais uma competição entre quem é mais persuasivo e quem possui a melhor estratégia de marketing e publicidade, para convencer as massas de eleitores ingênuos e desavisados.

Uma análise da política atual, portanto, mostra que a esquerda difunde a ameaça do fascismo de forma muito similar à direita quando esta propaga o medo do comunismo. Ambas difundem espantalhos — perigos abstratos e intangíveis, que não constituem ameaças reais no atual mundo contemporâneo. No entanto, em função da ignorância popular, é fácil difundir esses receios e fazer as pessoas acreditarem que eles são ameaças reais.

Você está com medo do fascismo? Se esconde debaixo da cama, porque teme que um terrível e autoritário governo ultraconservador vai oprimir você? Não se preocupe. A esquerda política chegou para te salvar.

Ou você tem medo do comunismo, e acredita na possibilidade de que em breve os marxistas irão coletivizar os meios de produção e erradicar a propriedade privada? Seus dias de temor e aflição acabaram. A direita está aqui, e ela vai proteger você e sua família.

Como se esses espantalhos não fossem cômicos e anacrônicos o suficiente, existem outros que nos garantem boas risadas. A esquerda política, como bem sabemos, tem outras cartas na manga. O capitalismo e o patriarcado são outros dois espantalhos frequentemente usados pelos militantes de esquerda. De acordo com a ideologia dessa turma de universitários que adoram fazer cosplay de revolucionários, o capitalismo é o grande responsável pelo atraso e pelo subdesenvolvimento da nação e o patriarcado é a instituição onipotente de homens extremamente poderosos, que se congregam periodicamente, com o objetivo de oprimir as pobres e indefesas mulheres da sociedade.

Esses dois espantalhos — o capitalismo e o patriarcado — são particularmente hilários, porque eles não condizem nem um pouco com a realidade. Em primeiro lugar, quem promove o atraso e o retrocesso da nação é o estado, com suas miríades de regulações, portarias, decretos e exigências burocráticas, que comprometem toda e qualquer possibilidade de progresso social e desenvolvimento econômico na sociedade. De acordo com o índice de liberdade econômica da Heritage Foundation, o Brasil ocupa atualmente a 127ª posição (dentre 176 países), sendo classificado como um país cuja economia é não-livre (Mostly Unfree).

Evidentemente, isso a esquerda omite. Assim como ela também omite para a sua base de apoio o fato de que o Brasil é o segundo país do mundo que mais tributa empresas, tem o sistema tributário mais complexo do mundo, e é o país que mais desperdiça tempo e recursos das empresas privadas com serviços contábeis, para o cumprimento das obrigações fiscais. Ou seja, na prática, a iniciativa privada é assaltada de forma ostensiva e recorrente, para que os políticos e os marajás do estado possam usufruir de existências excepcionalmente requintadas e nababescas, com abundantes privilégios, vantagens e benefícios, tudo devidamente custeado com o dinheiro arrancado à força da iniciativa privada. Mas você não vai ver a esquerda reclamando disso em parte alguma. Afinal, se ela abordasse esse assunto, seria obrigada a admitir qual é, de fato, a verdadeira raiz dos problemas do Brasil. Ela teria que ser honesta e sincera. E sabemos que a esquerda, definitivamente, não possui essas virtudes, nem sequer no mais ínfimo grau.

A realidade mostra, de forma muito evidente, que o capitalismo não é o problema do Brasil. É exatamente o contrário — o problema do Brasil é a ausência de capitalismo (ou pouco capitalismo, escassez de capitalismo). E o que agrava esse problema é justamente o governo: um governo titânico, perdulário, dispendioso, sempre expansivo, ultra-extorsivo e hiper-regulador, que não apenas reduz as oportunidades econômicas no mercado como consequência do seu voraz e ostensivo terrorismo regulatório, como suga com extrema voracidade e ganância através de taxação excessiva o pouco que a sociedade consegue produzir.

A consequência direta da intervenção do governo no mercado é a redução de oportunidades e a inexistência de pequenas e médias empresas que — com mais liberdade econômica — conseguiriam existir e prosperar. Portanto, a intervenção governamental vai acarretar, direta e indiretamente, em uma sociedade mais pobre e mais miserável. E é necessário relacionar isso de forma proporcional ao grau de intervenção governamental na economia, que é excepcionalmente denso no Brasil.

De maneira que podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que quem gera pobreza e miséria na sociedade é o governo. Inversamente, quem gera prosperidade e riqueza (ou pelo menos tenta) é a iniciativa privada.

Quanto ao suposto patriarcado que oprime as mulheres, esse é um elemento ideológico fundamental do esquerdismo alienado, que é tão cômico quanto o mito fantasioso do capitalismo malvado.

Na verdade, vivemos em uma sociedade que prioriza o bem-estar das mulheres, em detrimento do bem-estar dos homens. De fato, a sociedade ocidental, de maneira geral, não hesita em sacrificar os homens, tanto quanto não esconde sua predileção pela segurança, pelo bem-estar e pela defesa dos direitos das mulheres. Embora o sofrimento humano seja comum a ambos os gêneros, quantitativamente, os homens sofrem muito mais. Não há como comparar — as mulheres perderão em qualquer circunstância, e perderão por margens elevadas e totalmente desproporcionais.

No Brasil, 92% das pessoas que são assassinadas são homens (o que coloca por terra a teoria da suposta onda de “feminicídio” que acomete a sociedade). 79% dos suicidas são homens. 84% dos moradores de rua são homens. E como realizam a maioria das funções e atividades de alto risco, homens representam 91% das vítimas de acidentes de trabalho. Os homens são até mesmo a maioria das vítimas de estupro. O que você acha que acontece em larga escala nas penitenciárias brasileiras? Só que absolutamente ninguém fala à respeito disso.

Como se isso fosse pouco, as mulheres se aposentam antes dos homens, apesar de possuírem uma expectativa de vida maior. Ou seja, na prática, vivemos em um sistema onde todos os homens tem de trabalhar para subsidiar todas as mulheres. Se as mulheres vivem mais, mas tem que trabalhar menos, então é razoável concluir que todos os homens trabalham compulsoriamente para financiar um sistema supremacista ginocêntrico.

Agora eu pergunto: que espécie de patriarcado é esse, que mata e sacrifica majoritariamente os homens, ao passo que prioriza o bem-estar e a segurança das mulheres, com um número desproporcional de privilégios, benefícios e leis, que não encontram correspondentes masculinos?

A verdade, dita de forma clara e simples, é que não vivemos no patriarcado. Nenhum país do ocidente é realmente patriarcal. Existem homens poderosos na sociedade, mas eles são uma minoria, quando comparados com o montante de homens comuns. O tal patriarcado machista, sexista e dominante que supostamente controla a sociedade e oprime as mulheres só existe na fértil imaginação das militantes feministas e da mídia corporativa mainstream.

Adicionalmente, as feministas podem protestar à vontade contra o patriarcado imaginário, em qualquer país do ocidente. Elas não serão proibidas de se expressar ou de se manifestar, de maneira alguma. Muito pelo contrário. Sempre que for conveniente, a mídia mainstream estará sempre disposta a celebrar as mulheres “independentes” e “empoderadas” que desafiam as normais sociais vigentes e os padrões impostos pelo sistema “machista” e “sexista” no qual supostamente vivemos.

A verdade, no entanto, é que é muito fácil se comportar histericamente, realizar protestos enfadonhos e fingir ser oprimido em países onde não há uma real oposição do sistema ao feminismo e ao ginocentrismo. O que há, de fato, é tanto condescendência patológica quanto estímulos políticos e ideológicos para alimentar a histeria supremacista feminina.

Quando feministas decidirem protestar em sociedades e países que são verdadeiramente patriarcais — como Arábia Saudita, Paquistão, Irã, Iêmen ou Catar — gravem tudo para eu assistir. Enquanto isso não acontecer, eu vou tratar o feminismo por aquilo que ele realmente é: histeria supremacista de mulheres carentes, gordas e feias, cuja infância muito provavelmente foi marcada por um pai ausente.

É fundamental combater as ameaças reais

Com tantas ameaças reais que efetivamente promovem a restrição de liberdades com o objetivo de oprimir o indivíduo, é um grande desperdício de recursos e energia se desgastar combatendo perigos imaginários e fantasmas ilusórios. O que não falta no mundo contemporâneo são inimigos reais: ideologias altamente opressivas de caráter totalitário, que não toleram divergências ou dissidência, nem mesmo em um grau mínimo — esses são os verdadeiros antagonistas, as reais ameaças à liberdade.

Ambientalismo, globalismo, ditaduras do judiciário e o totalitarismo progressista politicamente correto, atualmente, constituem as maiores ameaças para o indivíduo e para a manutenção das liberdades individuais. São essas as ameaças a serem efetivamente combatidas na sociedade contemporânea ocidental, de maneira ferrenha e intransigente. Não é o comunismo, o capitalismo, o fascismo ou o patriarcado que ameaçam a sociedade. Como explicado nesse artigo, isso são apenas espantalhos de grupos ideológicos, que difundem o medo entre o seu eleitorado, na busca por privilégios, notoriedade, poder político e expansão da sua esfera de influência.

Adicionalmente, combater abstrações é muito mais fácil do que lutar contra a tirania concreta. Subir em um palco, interpretar um personagem que se mostra indignado com as injustiças sociais e ter disposição para proferir um lindo discurso com muita teatralidade e palavras bonitas contra o fascismo — gesticulando com convicção e veemência — é algo completamente desprovido de riscos. Lutar contra partidos oligárquicos, contra um judiciário tirânico e corrupto ou contra grandes corporações poderosas, onipotentes e com enorme influência política, por outro lado, exige enorme coragem e determinação.

No mundo contemporâneo, o ambientalismo, o globalismo, as ditaduras do judiciário e o totalitarismo progressista politicamente correto constituem as verdadeiras ameaças. São essas as ideologias e os movimentos políticos que — através dos poderes constituídos — estão difundindo a censura, a restrição dos direitos individuais e a erradicação da liberdade econômica, deixando o indivíduo refém de políticas de estado ostensivamente tirânicas e arbitrárias, que estabelecem como prioridade o combate em larga escala aos chamados crimes sem vítima. Termo que, por definição, se refere a crimes imaginários que penalizam pessoas inocentes pelo simples fato delas terem supostamente violado alguma regra aleatória do estado, que o governo criou como prerrogativa jurídica para exercer sobre os cidadãos o seu autoritário controle onipotente, ou para beneficiar determinados grupos de interesse, que são muito bem representados através de lobbys organizados e detém um elevado grau de influência em agências governamentais.

Conclusão

Repito: não é o capitalismo, o fascismo, o comunismo ou o patriarcado que estão gradualmente erradicando as nossas liberdades individuais. É o globalismo, o ambientalismo, a tirania progressista politicamente correta e as ditaduras do judiciário.

Com leis tirânicas que praticamente inviabilizam a liberdade de expressão, a ditadura politicamente correta é, atualmente, a maior responsável pela imposição da censura. E através de legislação tirânica e regulações ostensivamente restritivas, o ambientalismo é, provavelmente, a maior ameaça à liberdade econômica para qualquer setor produtivo do mercado. A imposição em demasia de tantas restrições e regulações arbitrárias compromete severamente — de várias formas e maneiras — a prosperidade dos indivíduos e a qualidade de vida da população.

De fato, a ideologia ambientalista hoje, especialmente através da atuação de ONG’s e da militância ecológica, é a maior responsável pela ausência de desenvolvimento em diversos países do mundo. Sob o pretexto de proteger determinadas florestas e a vida selvagem existente, ativistas ecológicos e organizações de proteção ao meio ambiente conseguem impedir regiões inteiras de se desenvolver. E assim, essas regiões permanecem paupérrimas, miseráveis, subdesenvolvidas, sem nenhuma infraestrutura, e consequentemente, ficam permanentemente fadadas à miséria e ao abandono — tudo isso sob a alegação de que são áreas “protegidas”, mantidas para “preservação”.

É inequívoco o fato de que o ambientalismo é um dos grandes responsáveis pela difusão e pela normalização da pobreza em diversos países e regiões do mundo, conforme os ativistas ecológicos combatem ativamente toda e qualquer possibilidade de desenvolvimento — o que inclui a ação voluntária do mercado, do setor privado e de toda e qualquer atividade produtiva.

Com tantas ideologias autoritárias e com tanta opressão para combater, é uma grande estupidez perder tempo lutando contra ameaças imaginárias. A liberdade é ameaçada (e gradualmente suprimida) por inimigos reais diariamente. De maneira que está mais do que na hora de parar de combater o “comunismo” ou o “fascismo”, e passar para a frente de batalha, onde o combate real acontece, e onde o autoritarismo realmente está presente, erradicando as liberdades individuais, pouco a pouco.

Wagner Hertzog
Wagner Hertzog
é um defensor radical das liberdades individuais e um dedicado opositor da ditadura totalitária politicamente correta. Atualmente está sendo processado por artigo publicado neste site, que foi posteriormente removido por ordem judicial.
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7 COMENTÁRIOS

  1. “Os homens são até mesmo a maioria das vítimas de estupro. O que você acha que acontece em larga escala nas penitenciárias brasileiras? Só que absolutamente ninguém fala à respeito disso.”

    Isso sim é uma informação muito bem colocada. Só que devemos reconhecer que existe um certo apoio da direita política a esta situação. E indiferença do resto. À exceção da esquerda que adora bandido.

    Eu acharia muito salutar que se acabasse esse privilégio de prisões só para mulheres. Se as escolas, por exemplo, tem que ser obrigatoriamente mistas, porque não os presídios? Se eu quisesse me incomodar lançaria essa promessa de campanha….

  2. Coreia do Norte tem como doutrina e ideologia política, A Filosofia Juche, que é uma filosofia nacionalista e de defesa da soberania e independência do país, que não é fantoche dos EUA e da UE, um país sem drogados, sem mendigos, sem crianças pedindo esmolas em semáforos, não tem cracolância e nem movimentos LGBT e Woke e muito menos ONGs imperialistas e sionistas atuando no país.

    • Não quero parecer arrogante, mas o nível aqui é um pouco mais alto que o da militância de TikTok e Youtube.

      • Não quero parecer arrogante, mas você não tem argumentos sérios e decentes sobre as colocações sobre a Coreia do Norte que eu coloquei aqui, portanto é um infantilizado sem argumentos racionais.

        • Suas “colocações” não têm nada de sérias ou decentes. Porque vc acha que alguém perderia tempo argumentando, especialmente depois de demonstrar que vc parte para a agressão pessoal quando é contrariado?

  3. A direita brasileira nada mais é que uma turba ignorante e reacionária que relaciona legalismo religioso e moralismo de carolas a ser verdadeiramente conservador de direita. Se falarem com alguns deles sobre Edmund Burke vão pensar que se trata de algum atacante da Premier League. Não bastasse o total descaso e falta de intimidade com escritores liberais e libertários e sem terem tido uma formação de direita política de fato, lutam de forma incansável para que o Estado interfira na vida familiar e religiosa das pessoas, embora digam que detestam o progressismo. São proibicionistas inveterados, desejando proibir cidadãos adultos de consumirem o que quiserem e de privar esses mesmos adultos de opinarem com discursos que eles consideram “perigosos” ou contra a religião. Se o STF estivesse tomando medidas autoritárias contra miltantes de esquerda ou ateus, esses “direitistas” estariam aplaudindo e reforçando a tirania dos agentes do Estado, como já fizeram no passado.

    Os verdadeiros defensores da liberdade no Brasil são muito poucos e mesmo assim são hostilizados pela direita bolsonarista e por religiosos fanáticos de todos os matizes.

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