Sabemos que a esquerda política se apresenta como um programa político popular, de apoio ao proletariado e à classe trabalhadora. Seus discursos ideológicos são geralmente voltados para as pessoas das classes mais desfavorecidas da sociedade, com a promessa de uma luta constante contra a opressão capitalista e contra a exploração promovida pela classe burguesa, detentora dos meios de produção. Mas também não é novidade alguma que, quando está no poder, o modus operandi da esquerda frequentemente entra em contradição com a maioria dos princípios contidos em seu programa ideológico.
Nos meios masculinistas e redpill, frequentemente ouvimos o conselho de que um homem jamais deve prestar atenção ao que uma mulher diz, mas antes deve estar atento às suas atitudes, ao seu comportamento e à sua conduta (que não raro estarão em contradição). Isso, no entanto, se aplica a muitas outras áreas de atuação e interação social, sendo particularmente notável na política. Tanto esquerda quanto direita frequentemente defendem determinadas pautas quando estão em campanha eleitoral, mas quando estão no poder, agem de formas e maneiras completamente diferentes.
Devemos, portanto, sempre assimilar com cinismo e desconfiaça tudo aquilo que candidatos prometem durante suas campanhas eleitorais, tendo a plena certeza de que, quando eles estiverem no poder, muito possivelmente tomarão ações que estarão em franca contradição com as suas promessas. De fato, a volatilidade inerente ao sistema político faz com que elementos como imprevisibilidade e instabilidade sejam praticamente inevitáveis.
Assim, é natural que tanto direita quanto esquerda defendam determinados princípios em seus programas ideológicos, mas quando passam a ocupar o poder, por uma série de razões e motivos — que nem sempre podem ser reduzidos meramente à questões como hipocrisia e oportunismo —, podem acabar tomando decisões e instituir decretos completamente distintos de seus posicionamentos originais.
Com relação à esquerda, todos sabemos perfeitamente qual é a sua agenda ideológica. A esquerda defende pautas como igualitarismo, feminismo, luta contra o patriarcado e apoio à causa dos trabalhadores, entre outras coisas. No entanto, em referência ao conselho anteriormente mencionado, não devemos prestar atenção naquilo que a esquerda promete fazer quando ela está em campanha, mas naquilo que ela efetivamente faz quando está no poder.
Levando isso em consideração, podemos afirmar que Venezuela e Argentina são, muito provavelmente, os melhores exemplos a serem analisados do que a esquerda faz, quando ela assume o controle do governo de um país, tendo licença plena para implementar as suas pautas ideológicas. Provavelmente, o que mais salta à vista nesses dois casos é o nível excepcionalmente elevado de pobreza e miséria que a esquerda provocou nessas duas nações sul-americanas.
O empobrecimento generalizado da população nesses dois países mostra, enfaticamente, o nível de destruição que a esquerda é capaz de provocar quando está no poder. De fato, o esquerdismo é melhor definido como uma tragédia política. A combinação perfeita de estupidez, burrice, ignorância econômica, intransigência revolucionária, fanatismo ideológico e expectativas utópicas totalmente desconectadas da realidade.
Os exemplos da Venezuela e da Argentina são emblemáticos do que a esquerda realmente é capaz de fazer quando ela é onipotente em uma sociedade. A destruição está aí. Ninguém pode duvidar ou dizer que não aconteceu. Alguns poucos esquerdistas que fazem um mea culpa frequentemente dão aquela velha desculpa que todos nós conhecemos e estamos cansados de ouvir: “Isso não é o verdadeiro socialismo”. Quando, na verdade, sabemos que não apenas é, de fato, o verdadeiro socialismo, como também é resultado da aplicação metódica, meticulosa e impecável do socialismo, em sua vertente ideológica mais implacável e saturada de fanatismo.
Como é de praxe, depois que a esquerda causou toda a destruição, ela decide fingir que nada daquilo existiu ou aconteceu. Quando se permite discutir o problema, a militância coloca a culpa do fracasso no neoliberalismo, no capitalismo ou no imperialismo americano. Evidentemente, a esquerda jamais assume a culpa pelas fatalidades que comete. Ela é ótima em se esquivar das responsabilidades e para isso faz uso de todo o tipo de malabarismos teóricos e ideológicos.
É claro que nem todos os militantes de esquerda podem ser categorizados como pessoas essencialmente malévolas, ditatoriais e oportunistas (ainda que algumas delas sejam isso, de fato). Muitas dessas pessoas são simplesmente obtusas economicamente, e consequentemente, ignoram sumariamente o que efetivamente é capaz de produzir prosperidade em uma nação. Em razão disso, elas não sabem que elementos são indispensáveis em uma sociedade para se produzir desenvolvimento. Elas acham que o governo pode criar riquezas por decreto, que a varinha mágica presidencial anula a lei fundamental da escassez e que uma cúpula central de burocratas é capaz de tomar decisões com muito mais eficiência do que o restante da sociedade.
Sabemos que militantes de esquerda acreditam na teoria marxista, em grande parte, porque foram doutrinadas por ideólogos políticos. E, em decorrência de sua intransigência e fanatismo ideológico, essas pessoas se recusam ostensivamente a aprender economia quando alguém tenta ensiná-las.
Consequentemente, acaba sendo natural que a esquerda política persista na aplicação de fórmulas econômicas que estão fadadas ao fracasso. Por isso, os casos venezuelano e argentino são tão interessantes de se estudar. Eles são representativos do grau absurdo de retrocesso e miséria que a esquerda é capaz de provocar, quando usufrui de plenos poderes. O enorme potencial econômico dos dois países analisados torna essa tragédia ainda mais difícil de digerir. No entanto, aprendemos a jamais subestimar a capacidade altamente destrutiva da esquerda.
Se eu disser a você que na década de 1970, a Venezuela estava entre os dez países mais ricos do mundo, e que entre o final do século XIX e princípio do século XX, a Argentina era vista como um rival em potencial dos Estados Unidos, você acreditaria? Pois pode acreditar — Argentina e Venezuela já estiveram entre os países mais ricos, desenvolvidos e promissores do mundo. Eram nações que serviam como destino final para centenas de milhares de imigrantes de inúmeras nacionalidades, que viam nesses dois países excelentes oportunidades econômicas para prosperar, constituir família e acumular patrimônio.
Hoje, no entanto, é impossível fazer qualquer uma dessas coisas. Nem na Argentina, e muito menos na Venezuela, você vai conseguir prosperar economicamente, constituir uma família dando a ela segurança, conforto e estabilidade, tampouco será capaz de acumular patrimônio. A menos que você seja um megaespeculador financeiro com grandes reservas de capital, você não vai conseguir multiplicar a sua receita. E, obviamente, se você for um megaespeculador bilionário, existem locais muito mais seguros e rentáveis onde você pode investir o seu dinheiro.
Antes de tudo, os casos argentino e venezuelano são notórios por serem provas contundentes da capacidade de dilaceração social e destruição econômica da esquerda — e do porque, aonde quer que a esquerda se manifeste e ganhe poder, devemos nos opor com vigor, veemência e convicção.
Nos dois países citados (e devemos lembrar que o programa político-ideológico da esquerda brasileira sempre compartilhou de inúmeras similaridades), o establishment político de esquerda implementou uma série de medidas econômicas uniformes e ultra-centralizadoras, que retiravam autonomia dos indivíduos, dos proprietários e dos empreendedores capitalistas.
Na Venezuela, em meados dos anos 2000, o governo do ditador Hugo Chávez passou a realizar amplos programas de expropriação, o que assustou tanto os empresários nacionais quanto os investidores estrangeiros, que passaram a ser cautelosos (e com toda a razão). Afinal, se o governo pode expropriar qualquer terreno ou “nacionalizar” (estatizar) qualquer empresa, quando ele quiser, a hora que ele quiser, e se da mesma forma, ele pode determinar o que será produzido, em qual quantidade e qual deve ser o valor final do produto, desconsiderando completamente o custo de produção, então você terá um nível exponencial de instabilidade econômica, e consequentemente, de insegurança jurídica. E essa é a receita infalível para um desastre de proporcões titânicas, destinado a gerar uma implacável e destrutiva reação em cadeia.
Esses elementos combinados geram consequências potencialmente explosivas, porque os empreendedores capitalistas passam a lidar com o risco crescente de instabilidade e confisco de riquezas. Você, naturalmente, não vai investir para perder dinheiro e ter prejuízos. Consequentemente, você vai procurar sempre por um país estável e juridicamente seguro para investir. Com investidores mais cautelosos, e cada vez menos dispostos a assumir altos riscos por uma margem de lucro que definitivamente não compensa, é natural que o número de investimentos decline progressivamente.
Invariavelmente, o declínio lento, mas progressivo, em investimentos (tanto estrangeiros quanto domésticos) vai invariavelmente gerar um cenário sistêmico de desemprego e aumento gradual da pobreza.
O cenário de insegurança e estagnação econômica, naturalmente, afugenta os investidores. Quando ficam sabendo que investidores estão indo embora, muitos militantes acabam celebrando o êxodo dos capitalistas “opressores” e “exploradores”. Até porque os efeitos da retração econômica não são sentidos imediatamente. E o governo pode sempre lançar um programa compensatório de subsídios, o que mantém a economia por algum tempo.
No entanto, sempre chega o momento no qual as coisas começam a ir de mal a pior, porque as compensações governamentais — totalmente artificiais e insalubres — eventualmente superam a produtividade e a quantidade de riquezas reais no país. Invariavelmente, o governo passa a não ter mais riquezas suficientes para confiscar. Até porque, com a arrecadação em declínio, o governo tende a aumentar impostos (obtuso para os efeitos da curva de Laffer). No final das contas, isso só serve para afugentar o pouco de capital que ainda resta no país. Consequentemente, a reação em cadeia em direção a pobreza total se torna inevitável.
Quando chega nesse ponto, fica mais difícil disfarçar, e então o governo começa a criar bodes expiatórios, que serão responsabilizados pelos problemas que foram gerados pela própria intervenção governamental.
O governo, no entanto, vai fazendo vista grossa e enxugando gelo da forma mais conveniente possível (geralmente, começa cortando os zeros das cédulas monetárias), enquanto culpa a direita, o imperialismo ou alguma outra abstração esotérica pela ruína econômica. Governos populistas geralmente recorrem a bodes expiatórios, porque jamais terão hombridade suficiente para admitir que seus programas de intervenção econômica foram excepcionalmente prejudiciais à nação.
Como nenhum governo socialista tem caráter (e real conhecimento econômico) para reconhecer que o intervencionismo maciço invariavelmente provocará uma corrosiva e destrutiva recessão, eles deixam o problema crescer. Afinal, depois que a bomba estourar, é só dizer que é tudo culpa do livre mercado e que o governo é necessário para conter os desastres provocados pelo “neoliberalismo”. E, como sempre, uma população ostensivamente ignorante sobre economia acredita em idiotices dessa categoria.
Regimes de esquerda assumidamente socialistas geralmente começam a experimentar os primeiros sintomas do colapso, quando a economia fica combalida por conta da ausência generalizada de investidores e empreendedores capitalistas. Obviamente, quando a arrecadação fica muito abaixo do que o governo precisa para se manter (e governos, especialmente os de esquerda, nunca param de aumentar os seus gastos), ele começa a emitir moeda, geralmente de maneira leviana e desenfreada, totalmente indiferente para a hiperinflação e a corrosão do poder de compra que isso irá acarretar.
Com a lenta, mas progressiva retirada de investimentos, a sociedade vai ter menos empresas e menos produtividade. Consequentemente, haverão menos recursos disponíveis; portanto, haverá uma maior competição entre as pessoas sobre quem é capaz de se apoderar dos recursos existentes. No entanto, sendo o governo o agente social que possui mais força, ele pode se apoderar de qualquer recurso a hora que ele quiser, sob o pretexto de sua preferência.
Isso aumenta ainda mais a insegurança social, pois a população sabe que o governo (especialmente quando é uma ditadura socialista de facto) usufrui de poderes plenipotenciários. Sendo assim, ele pode literalmente fazer qualquer coisa, e portanto pode justificar qualquer loucura da sua parte. E, definitivamente, um governo socialista desesperado por recursos não deve ser subestimado. Afinal, não existirão limites para o totalitarismo, agressividade e insanidade dos psicopatas no poder.
Um exemplo recente no caso da Venezuela é o da disputa territorial com a Guiana, país com o qual faz fronteira, à leste. A Venezuela reclama a região da Guiana Essequiba — cuja área corresponde a aproximadamente 70% do território da Guiana — como parte do seu território soberano.
A Guiana, um pequeno país com aproximadamente oitocentos mil habitantes — que faz fronteira com a Venezuela à oeste, Suriname à leste, e Brasil no sul e sudoeste —, foi uma colônia britânica até 1966, quando conquistou a sua independência. A região guianense disputada pela Venezuela é rica em recursos minerais que, em grande parte, permanecem altamente inexplorados.
Como dirige um governo populista decadente, que precisa desesperadamente de recursos para se manter, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, é bem capaz de realizar uma ofensiva militar no território, com o objetivo de anexar a Guiana Essequiba. Isso certamente lhe daria motivo para reivindicar uma espécie de soberania popular nacionalista para o seu governo, legitimando ainda mais a sua autoridade. Se por alguma razão ele viesse a ganhar a guerra, Maduro assumiria o controle sobre um vasto território, cujas riquezas naturais ele poderia usufruir como quisesse.
Certamente, Maduro as usaria para comprar (e assim fortalecer) a sua base de apoio, recompensando com altas riquezas os ministros e militares de alta patente que são subservientes ao seu governo, e de cuja complacência ele depende, para permanecer no poder. Como golpes de estado são sempre um risco, especialmente para dirigentes governamentais que estão há muito tempo no controle do seu país, Maduro certamente teme o risco de uma instabilidade política e econômica. Sendo assim, nada melhor do que saquear as riquezas naturais de uma região altamente desabitada (mesmo que ela seja, oficialmente, parte de uma outra nação), e assim enriquecer a si próprio e aos elementos da sua cúpula.
Maduro, no entanto, sabe que precisa calcular friamente os riscos de uma possível ofensiva militar pela região da Guiana Essequiba. É fato incontestável que a Guiana é um país pequeno, com um contingente militar inexpressivo. No entanto, pelo fato de ter sido uma colônia britânica, a Guiana é membro constituinte do Commonwealth of Nations. Por essa razão, ela pode contar com auxílio do exército britânico, no caso de uma invasão. E apoio militar e logístico dos Estados Unidos é também uma possibilidade.
Essa estratégia adotada por Maduro, no entanto, é típica de ditaduras socialistas. Quando a escassez de recursos é muito grande, é fundamental criar uma crise. Ela serve tanto como estratégia diversionista — para distrair a população dos problemas reais —, como para buscar novas oportunidades de surrupiar riquezas e recursos, e também insuflar o fervor nacionalista na sociedade.
Em um ato de desespero, Maduro é bem capaz de ordenar uma invasão ao território guianense. No final das contas — na situação política precária em que se encontra —, ele tem muito mais a ganhar do que tem a perder. Com toda a certeza, ele vai fazer o que for necessário para se manter no poder. E invadir a Guiana é uma opção viável (e, definitivamente, proporcional ao seu desespero).
Se para isso ele tiver que criar um conflito (e consequentemente, uma crise de proporções nacionais), ele certamente o fará. Adicionalmente, o populismo demagógico característico do socialismo faz com que seja natural e até mesmo conveniente — ainda mais sob a envergadura apaixonada do fervor nacionalista — deflagrar uma aventura militar que acabará por expandir os poderes discricionários do estado. Por mais arriscado que seja, Maduro tem tanto a ganhar (politicamente, financeiramente e também pessoalmente), que é bem possível ele ordenar uma invasão ao país vizinho, com o objetivo de tentar anexar o território desejado.
Uma guerra, no entanto (ainda mais dessa dimensão), acaba gerando inúmeros problemas de ordem econômica para a população, visto que o governo pode confiscar qualquer coisa, alegando que determinada área, recurso, terreno, bem, dividendos, é estratégica para o esforço de guerra. Com isso, o risco jurídico aumenta e, consequentemente, o país terá uma escassez de produtividade, o que certamente provocará a expansão da pobreza e da miséria — que já é substancial — na sociedade venezuelana.
No final das contas, no entanto, nada disso importa. Afinal, quem fica miserável e na mais extrema penúria é sempre a população, e não a alta cúpula governamental. Então, por que se preocupar? Afinal, é sempre possível ignorar a realidade e colocar no imperialismo americano a culpa por todas as desgraças que acontecem no mundo. De fato, é possível fazer isso e ainda usufruir do inabalável apoio da mídia. A esquerda política não é estúpida ou ingênua, e sempre tem uma carta na manga para isentar-se dos crimes que comete.
De fato, quem mais sofre quando a esquerda está no poder são as pessoas comuns. São essas pessoas que ficam suscetíveis a níveis de penúria e miséria extrema, e são chamados de “fascistas” ou “inimigos da revolução” simplesmente por expressarem sua insatisfação e descontentamento.
E é fato incontestável que, quando os casos venezuelano e argentino são analisados objetivamente, de forma meticulosa, uma coisa fica muito nítida: a esquerda política, na prática, parece ser um eficiente programa de erradicação da classe média, visto que — nestes dois países —, esta foi, sem dúvida alguma, a parcela da população mais prejudicada.
Na Argentina e na Venezuela, a classe média empobreceu drasticamente. Muitas pessoas que eram de classe média se tornaram pobres. Mas é claro que a desgraça socialista não foi uma exclusividade dessas pessoas. Os pobres conheceram um nível ainda pior de penúria. Tornaram-se miseráveis e muitos deles passaram a viver abaixo da linha de pobreza.
Mas o mais interessante é que, especialmente na Venezuela, a sociedade passou a se dividir apenas em duas classes: ricos e pobres. Os pobres são a maioria da população, enquanto a pequena parcela de ricos é constituída, majoritariamente, de pessoas diretamente ligadas ao governo e a cúpula do ditador Nicolás Maduro. E — ainda que esse não seja exatamente o caso da Argentina —, no governo de Alberto Fernández, o segundo maior país da América do Sul estava seguindo exatamente por esse mesmo caminho.
Evidentemente, a Venezuela e a Argentina não são casos exatamente iguais. Na Venezuela, a pobreza se disseminou com muito mais força, vindo a afetar aproximadamente 95% da população. Na Argentina, esse número chegou a 45%. Mas podemos supor que, se a esquerda continuasse no poder na Argentina, o programa de expansão sistemática da pobreza prosseguiria de forma inabalável. Mas enquanto continua a existir na Argentina uma classe média — ainda que bastante fraturada e enfraquecida pelo governo de Alberto Fernández —, na Venezuela, a classe média foi praticamente extinta.
De fato, devemos medir o valor de algo pelos seus resultados, e não por aquilo que promete. Na Venezuela e na Argentina (bem como em outros países da América Latina), a esquerda subiu ao poder prometendo à classe trabalhadora que melhoraria a qualidade de vida dos seus integrantes, e lhes daria inúmeros direitos. O que a esquerda fez, no entanto, foi deixar essas pessoas em um nível de miséria e penúria que elas jamais imaginaram conhecer, para depois abandoná-las completamente, alegando que o que elas sofriam era resultado de sabotagem provocada pelo imperialismo americano, ou então culpa do neoliberalismo, da direita ou de alguma outra abstração intangível, de caráter igualmente esotérico.
Também é necessário salientar que, na Argentina, de forma especialmente dramática, a ditadura do coronavírus ampliou a pobreza e a miséria, com a destruição sistemática do mercado e da livre iniciativa, com lockdowns rígidos e opressivos, que praticamente inviabilizaram toda e qualquer atividade produtiva. A Argentina implementou um dos lockdowns mais severos e tirânicos do mundo, o que invariavelmente contribuiu para ampliar de forma generalizada a miséria e a pobreza no país. A esquerda argentina declarava estar “salvando vidas”, mas na verdade estava fazendo o seu melhor para matar as pessoas de fome.
Tanto o caso venezuelano quanto o caso argentino são exemplos formidáveis (verdadeiros casos de estudo) que mostram perfeitamente o que faz a esquerda, quando ela tem plenos poderes políticos, econômicos, sociais e militares, e absolutamente nenhuma oposição significativa para lhe impor um sistema de controle, restrições e punições. Em resumo, podemos afirmar categoricamente que a esquerda política é um programa maciço de expropriação de riquezas, erradicação da classe média e expansão desenfreada da pobreza, sendo capaz de causar níveis dramáticos e irreversíveis de destruição em uma sociedade.
Quando você junta malevolência, ambição obstinada pelo poder e níveis colossais de ignorância econômica, você tem a esquerda política — uma força capaz de causar níveis de destruição similares ao de uma bomba atômica.
Venezuela e Argentina, dois países que já tiveram uma classe média próspera, pujante, criativa e empreendedora, são duas ruínas socialistas que em nada lembram o seu passado glorioso e promissor. É claro que, das duas, a Venezuela se encontra em uma condição muito pior. Mas a Argentina estava exatamente no mesmo rumo: o da tragédia socialista desenfreada e sem limites.
Agora, a Argentina tem Javier Milei, um libertário, como presidente. Recém-empossado, ainda é cedo para dizer como ele vai lidar com o titânico e hipertrofiado estado argentino, e o que ele pretende fazer para liberalizar a economia. As medidas que ele tomou até o presente momento mostram que as expectativas são promissoras. Exonerar sete mil funcionários públicos é um ótimo começo. Mas nem os contingentes ensandecidos de parasitas, e nem a esquerda, vão ceder com facilidade. De fato, já estão protestando energicamente contra as reformas decretadas por ele.
Certamente, as coisas não serão fáceis por lá. Reconstruir a Argentina das cinzas não será das tarefas mais simples. Sob uma perspectiva realista, o mais provável é que Milei obterá vitórias e êxitos importantes em determinadas áreas, assim como fracassará miseravelmente em outras. De qualquer forma, ainda é muito cedo para se fazer qualquer avaliação sobre o governo de Javier Milei.
Em situação muito pior encontra-se a Venezuela, que ainda tem Nicolás Maduro no poder. Para os venezuelanos, a única perspectiva viável de vida é mudar de país. Há tempos, o êxodo de venezuelanos para diversos países da América do Sul (incluindo o Brasil) é uma realidade. Não os culpo. Se eu vivesse na Venezuela, também iria embora.
Venezuela e Argentina representam exatamente o que a esquerda é capaz de fazer, quando ela está no poder (e não encontra limites ou oposição maciça). No Brasil, sofremos de muitas das mesmas políticas socialistas que foram aplicadas nesses dois países — podemos, portanto, avaliar e criticar com conhecimento de causa. Afinal, somos tão socialistas quanto a Argentina, e apenas um pouco menos socialistas do que a Venezuela.
Sabemos perfeitamente que a esquerda nos encaminha sempre para a ditadura de um estado titânico e hipertrofiado, que manda em tudo e em todos, e também nos leva pela mão na direção da miséria absoluta, enquanto chama de fascistas todos aqueles que se opõem ao seu deplorável projeto de erradicação sumária da classe média e empobrecimento generalizado da sociedade.
A condição lamentável da Venezuela e da Argentina me leva a concluir que, certamente, o mundo seria um lugar muito melhor, muito mais próspero e muito mais feliz, se a esquerda não existisse. E tenho a sensação de que a maioria dos venezuelanos e argentinos concordaria comigo.
“Isso não é o verdadeiro socialismo”.
Eu tenho visto alguns debates no YouTube entre ateus – sinônimo de esquerdista/estatista -, e cristãos e para minha surpresa, quando alguém lança o argumento: “a União Soviética era um estado ateu!!”, a resposta tem sido: “isso não é o verdadeiro ateísmo”!?! Que porra é essa?
“essas pessoas se recusam ostensivamente a aprender economia quando alguém tenta ensiná-las.”
Se esquerdista se recusa a aprender economia, como esperar que um ateu queira aprender sobre metafísica?
Tem um mesmo método na cabeça do ateu/esquerdista/estatista. Eles se recusam a aceitar provas materiais que estão errados. Eu já vi o Dawkins que mesmo que Deus fizesse qualquer coisa impossível para provar que Deus existe ou falasse pessoalmente com Dawkins, mesmo assim ele continue ateu. E obviamente que ele é um esquerdista radical…
Historicamente a Guiana Essequiba é da Venezuela e para chegar a essa conclusão bastaria fazer um estudo mais aprofundado na história dos dois países. Quanto a Nicolás Maduro ser chamado de “ditador” é só um recurso linguístico vazio. A Venezuela possui a maior reserva auditada e comprovada de petróleo do mundo e não entrega estas vastas reservas petrolíferas para serem exploradas por empresas multinacionais dos EUA e do Reino Unido, como Chevron, Exxon Mobil, British Petroleum, Shell e ao não fazer isso, o país recebe duras e pesadas sanções e bloqueios econômicos, financeiros e comerciais, não podendo negociar com bancos, o país fica impossibilitado de comprar medicamentos , alimentos, fica impossibilitado de exportar petróleo e impossibilitado de importar tudo o que precisa e quem sofre com isso é o povo. Na Síria, os EUA roubam a luz do dia o petróleo do país, mostrando quem é o verdadeiro “DITADOR” do mundo!
Existem estados mais tirânicos que outros mas se tem estado já é ditadura.
Não existe esse negócio de Guiana “pertence” a Venezuela. Quem diz que NÃO PERTENCE é o povo da Guiana… a secessão é um fato consumado.