Thursday, November 21, 2024
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Howard Buffett: um homem da velha direita

Usando um par de óculos redondos e com o cabelo alisado e penteado para o lado, o corretor de valores mobiliários de 39 anos de Omaha, Nebraska, procurou algo para dizer. Repórteres o pressionaram por uma reação.

Seu nome era Howard Buffett,[1] e ele tinha acabado de derrotar o deputado democrata Charles McLaughlin nas eleições de 1942. O jovem estava nitidamente surpreso. Depois de vasculhar os bolsos em busca de lápis e papel, ele finalmente admitiu: “a única coisa que preparei foi [uma declaração] reconhecendo minha derrota”.[2]

Dois anos depois, ele venceria novamente graças à veemente opinião contrária ao New Deal de Nebraska.[3] No geral, Buffett cumpriu quatro mandatos na Câmara dos Deputados dos EUA, lutando pelo retorno à moeda sólida e contra a interferência federal na economia e no exterior. Ele é talvez o melhor exemplo de um político da Velha Direita e merece a atenção dos libertários modernos.

Ao chegar em Washington, DC, Buffett foi nomeado para servir no Comitê Bancário e Monetário da Câmara. Não demorou muito para que ele discordasse de uma criação dos tempos de guerra em particular: o Departamento de Administração de Preços (DAP). Sua função era impor controles de preços para estabilizar os preços ao consumidor no varejo. Em 1946, a guerra foi vencida, mas o DAP permaneceu em operação. Buffett exigiu audiências para analisar sua eliminação.

Ele argumentou que o DAP havia criado uma “condição crescente de caos industrial e social”. Em particular, Buffett observou que a fixação de preços do governo contribuiu para

          a escassez de madeira e o desmantelamento de usinas, acentuando o déficit habitacional; um declínio constante na produção de manteiga e seu virtual desaparecimento dos centros de distribuição normais; desaparecimento geral de soja, milho e outros grãos dos canais normais de comercialização.[4]

Que o DAP tenha causado escassez no mercado não é surpresa nenhuma e está de acordo com a teoria econômica:[5] fixação de um preço máximo permite que os compradores comprem um determinado bem ou serviço por menos do que seria vendido no mercado livre – caso contrário, não haveria necessidade de colocar um teto no preço.

Primeiro, isso aumenta a demanda pelo bem ou serviço em questão. Com a mesma riqueza e renda, o comprador vê o preço mais baixo e decide que pode aumentar o consumo. Embora alguns poucos sortudos consigam o bem ou serviço por menos do que pagariam, o efeito geral é que a demanda supera a oferta. Fixe o teto de preço baixo o suficiente e não importa quão abundante o bem ou serviço possa ser, a demanda excessiva criará uma escassez.

Em segundo lugar, os controles de preços também afetam a oferta, pois as empresas marginais e menos eficientes não conseguem obter lucro suficiente. Elas reduzem a produção ou irão à falência. O economista George Reisman acrescentou que “o mesmo controle de preços que tira [as empresas menos eficientes] do mercado restringe os lucros dos produtores mais eficientes e os priva do incentivo e também do capital necessário para a expansão”. A tendência, então, é que até mesmo as melhores empresas fracassem.[6]

Buffett viu a eliminação do pequeno produtor como resultado direto das políticas do DAP. O Chicago Tribune relatou a acusação de Buffett: “Vários congressistas durante o debate sobre a extensão da vida do DAP mencionaram o fato de que durante três anos [1941-1943] de racionamento e regulação de preços 507.100 pequenas empresas foram extintas”.[7]

Uma preocupação adicional daqueles que se opõem ao controle de preços era o poder que eles davam aos governos centrais sobre a vida econômica dos cidadãos. Uma vez que o sistema de preços deixou de equilibrar oferta e demanda, algum outro mecanismo teve que decidir quem ficava com o quê. Filas enormes eram um desses mecanismos: aqueles com tempo de espera acabam “superando” os outros pelo bem ou serviço. O outro mecanismo era o clientelismo. Os bem conectados evitavam as filas e aproveitavam o controle político da economia para se abastecer primeiro.

Buffett continuou a atacar a noção de fixação de preços. Embora o DAP tenha sido abolido em 1947, reapareceu sob o nome de Departamento de Estabilização de Preços durante a Guerra da Coréia. O conflito era diferente, mas a falácia econômica permaneceu a mesma.

Os controles de preços governamentais não apenas distorceram os incentivos de empresários e consumidores, como também não conseguiram atingir seu suposto objetivo: acabar com a inflação. Entrevistado pelo New York Times em 1952, Buffett lembrou aos leitores que a fixação de preços “é um remédio falso para a inflação e piora a inflação ao ocultar e adiar seus efeitos.”[8]

O bom senso econômico, no entanto, não foi muito apreciado em Washington, DC. Em 1948, Drew Pearson, do Washington Post, colocou Howard Buffett na lista dos “Não reeleja”, chamando-o de “um pau para toda obra, um político que fala demais e reacionário inveterado”.[9] Seria difícil encontrar um político que não “fale demais”, mas parece claro que Buffett conseguiu irritar a imprensa.

Buffett, no entanto, deixaria sua marca na Velha Direita falando sobre o que ele mais entendia: moeda. Em maio de 1948, o Commercial and Financial Chronicle publicou um artigo escrito por Buffett, intitulado “A liberdade humana repousa na moeda resgatável em ouro”. Está entre os argumentos mais convincentes e concisos contra a moeda fiduciária que existem.

Buffett começou reconhecendo que os leitores podem achar estranho conectar a liberdade, aparentemente uma ideia política, com a ideia econômica de um padrão-ouro. Ele observou, no entanto, que “uma das primeiras iniciativas de Lenin, Mussolini e Hitler foi proibir a propriedade individual de ouro”. Sem dúvida, os americanos da época rapidamente conectaram isso à decisão de Roosevelt em 1933 de suspender a propriedade privada do ouro.

A capacidade de resgatar papel-moeda em ouro, argumentou Buffett, deu aos indivíduos a liberdade de se movimentar pelo mundo porque o ouro tinha um valor aceito em qualquer lugar.[10] Ao sair do padrão-ouro, um governo privou seus cidadãos dessa liberdade e os impediu de “abrir mão do poder de compra para o futuro. [O cidadão] torna-se dependente da boa vontade dos políticos para seu pão de cada dia”.

Mas mais do que uma estratégia de saída ou protetor da independência, Buffett sentiu que o padrão-ouro fornecia aos americanos o único controle eficaz do excesso orçamentário. Enquanto o governo federal pudesse imprimir tanto dinheiro quanto quisesse, nenhum político do mundo resistiria à tentação de gastar.

Buffett comparou a política aos negócios. Assim como qualquer empresário botaria para correr alguém que sugerisse que ele fabricasse um produto que só poderia ser vendido com prejuízo, os políticos resistem a qualquer ideia que lhes faça perder votos. Com uma apreciação inicial da teoria da escolha pública, Buffett escreveu que

     O Congresso é constantemente assediado por grupos minoritários que buscam benefícios do erário público. Muitas vezes, esses grupos controlam votos suficientes em muitos distritos do Congresso para alterar o resultado das eleições. E assim os congressistas têm dificuldade em se convencerem a não ceder a grupos de pressão.

Embora atento à ameaça de domínio da minoria bem organizada, Buffett também entendeu que o problema era mais sistêmico. Não bastava eleger para o Congresso as pessoas certas, pessoas com “bravura”, para interromper os gastos. A moeda fiduciária significava que qualquer pessoa, não importava os princípios, simplesmente carecia das ferramentas necessárias para conter o crescimento orçamentário. Buffet explicou:

     Com a restauração do padrão-ouro, o Congresso teria que resistir novamente às doações. Isso funcionaria assim. Se o Congresso parecesse receptivo a esquemas de gastos imprudentes, as demandas dos depositantes sobre o país por ouro logo se tornariam críticas. Esse alarme, por sua vez, se refletiria rapidamente nos corredores do Congresso. Os legisladores aprenderiam com os bancos em casa e com o funcionário do Tesouro que a confiança no Tesouro estava ameaçada.

Sob um padrão-ouro, o “dinheiro de papel da imprenso” pode ser transferido para o banco em troca de uma determinada quantidade de ouro. Em teoria, essa quantidade especificada de ouro restringe a capacidade do governo de imprimir mais papel-moeda sem um aumento correspondente no ouro. Muitas vezes, porém, o governo não resiste à tentação de gastar e aposta, em essência, que ninguém notará que há mais papel-dólares circulando do que ouro nos cofres – ou seja, ninguém notará a inflação.

O que Buffett reconheceu é que, uma vez que as pessoas suspeitem da inflação, elas podem ir ao banco e começar a trocar papel por ouro. À medida que o ouro flui para fora e o papel se acumula dentro dos bancos, os políticos terão que parar com seus hábitos perdulários.

Embora os cidadãos pudessem fazer uma corrida bancária ao banco central para impor maior responsabilidade monetária, os governos estrangeiros tendiam a ser os únicos a fazer o trabalho. O economista Murray Rothbard explicou que

    o Banco Central de um país geraria expansão do crédito bancário; os preços subiriam; e à medida que o novo dinheiro se espalhava da clientela doméstica para a estrangeira, os estrangeiros cada vez mais tentavam resgatar a moeda em ouro. Finalmente, o Banco Central teria que parar e impor uma contração de crédito para salvar o padrão monetário.[11]

Em suma, o padrão-ouro “agiu como um cão de guarda silencioso para evitar gastos públicos ilimitados”.[12]

Ao controlar a capacidade do governo de expandir a oferta de moeda e crédito, o padrão-ouro manteve o imposto inflacionário em segredo. Em um discurso aos eleitores, Buffett disse:

      Lembram dos fechamentos de bancos até 1933? E todo o dinheiro que as pessoas perderam em bancos quebrados? Durante anos, essas perdas – uma verdadeira tragédia – foram a oratória de campanha favorita dos defensores do New Deal. Por maiores que fossem, essas perdas eram insignificantes em comparação com as perdas agora impostas aos detentores de títulos de poupança dos Estados Unidos. Somente em 1950, os títulos de poupança dos Estados Unidos perderam US$3.600 milhões em poder de compra. Em contraste, todas as perdas dos depositantes bancários de 1921 a 1933 totalizaram US$1.900 milhões.[13]

Embora não exista poder de compra perfeitamente estável em um mundo dinâmico e em mudança, o padrão-ouro removeu o controle da arena política. A perda a que Buffett se referiu resultou da impressão de notas do governo e da emissão de crédito. Quanto maior a quantidade de moeda e crédito em circulação, menos cada unidade individual de moeda ou crédito pode comprar.

Os primeiros usuários dos recursos financeiros recém-criados se beneficiaram às custas dos usuários posteriores porque puderam comprar bens e serviços antes que seus preços aumentassem. Dessa forma, a inflação funcionava como um imposto sobre aqueles mais afastados dos gastos do governo.

Buffett resgatou a frase de William Graham Sumner “o homem esquecido” para descrever aqueles que sofrem com o imposto inflacionário: “longe do Congresso”, escreveu ele, “é o verdadeiro homem esquecido, o contribuinte que paga a conta. Ele está em um lugar diferente do comedor de impostos ou do negócio que ganha milhões com esquemas de gastos.”

Buffett fez questão de se referir ao “verdadeiro homem esquecido”, porque durante a década de 1930 Franklin D. Roosevelt havia roubado a ideia de Sumner e distorcido seu significado. Em vez do contribuinte, Roosevelt usou “o homem esquecido” para se referir aos pobres e desempregados. De repente, em vez de condenar o governo tomando os escassos recursos do homem esquecido para financiar programas pródigos de gastos públicos, o homem esquecido de Roosevelt justificou essa tomada para apoiar os oprimidos.[14]

A única maneira de o homem esquecido proteger seus ganhos de políticos perdulários era trocar seu papel-moeda por ouro. Que Roosevelt eliminou o “direito de se proteger” do indivíduo da inflação parecia a Buffett pôr em perigo a própria fundação do país:

      Mas, a menos que você esteja disposto a entregar seus filhos e seu país à inflação galopante, à guerra e à escravidão, essa causa exige seu apoio. Para que a liberdade humana sobreviva na América, devemos vencer a batalha para restaurar o dinheiro honesto. Não há desafio mais importante para nós do que… a restauração de sua liberdade para garantir ouro em troca dos frutos de seu trabalho.[15]

Sua preocupação com a ambição do governo de planejar a economia e despojar o direito dos indivíduos de impor práticas fiscais e monetárias sólidas aos políticos estendeu-se ao âmbito das relações exteriores. Buffett criticou os esforços do estado para assustar o cidadão e levá-lo à submissão. Recordando a advertência de Mencken de que “todo o objetivo da política prática é manter a população alarmada”, Buffett denunciou o rufar de “tambor de guerra” em 1948 durante o golpe na Tchecoslováquia.

Em uma carta aos eleitores, ele sustentou que “o governo queria aprovar um projeto de lei para a servidão militar compulsória. Eles queriam o povo assustado – para que o Congresso pudesse ser forçado a acabar com a liberdade de nossos jovens. O susto funcionou”.[16]

Roosevelt havia assinado a primeira lei de alistamento em tempo de paz em 1940, estabelecendo o Sistema de Serviço Seletivo.[17] O Congresso permitiu que expirasse em 1947, mas logo descobriu que não havia soldados voluntários suficientes para atender às necessidades do Departamento de Defesa. Em resposta, o Congresso aprovou o projeto de lei de 1948, ao qual Buffett se opôs.

Esses jovens logo estariam lutando e morrendo na Coréia e no Vietnã. No entanto, em uma reunião não oficial na primavera de 1948, o almirante Hillenkoetter, chefe da Agência Central de Inteligência, disse a Buffett que “faltam completamente sinais de guerra ofensiva da Rússia no futuro próximo”. E em audiências públicas em abril daquele mesmo ano, o senador Stuart Symington disse sobre o projeto de lei do serviço seletivo: “Eu não o li com muita atenção… estamos principalmente interessados ​​no serviço seletivo porque o exército o quer”.[18]

O Wall Street Journal criticou a carta de Buffett por entregar “aos russos uma arma de propaganda tão elegante quanto possível”. O jornal passou a admitir que, embora os temores fossem de fato exagerados, esse fato não deveria diminuir aos olhos de ninguém o perigo real representado pelo expansionismo soviético. Em particular, o Journal repreendeu Buffett por seu “extremismo”[19] e explicou que suas palavras “só podem servir para enfraquecer o apoio à defesa necessária. Apenas dá aos comunistas nova munição para convencer outros povos de que os belicistas estão em Wall Street.”[20]

Quatro meses depois, Buffett estava novamente tentando bloquear a “marcha para o militarismo” dos Estados Unidos. Ele falou no plenário da Câmara contra o plano do governo Truman de treinamento militar universal.

O Chicago Tribune observou que, ao se comprometer com vários pactos de defesa mútua, estacionando seis divisões na Europa, tendo 3,5 milhões de militares, enviando 200.000 soldados para a península coreana e solicitando o maior orçamento de defesa da história (cerca de US$52 bilhões – US$353,2 bilhões em 2008 dólares),[21] os Estados Unidos estavam muito mais avançados no caminho da guerra do que em 1941. Também advertiu que “quando os líderes de uma nação forjam um poderoso instrumento para a guerra, eles não o deixam enferrujar por ociosidade.”[22] Essa era exatamente a preocupação de Buffett.

Em novembro de 1951, Buffett decidiu não tentar a reeleição.[23] Ele voltou a trabalhar em sua empresa de investimentos em Omaha até sua morte em 1964. Em seu tempo livre, Buffett ainda insistia em questões políticas que lhe eram caras. Dois anos depois de deixar a Câmara dos Deputados, Buffett ingressou na organização sem fins lucrativos For America, que promove a paz e a defesa nacional, se opõe a “todas as formas de totalitarismo” e esperou “preservar a solvência, a soberania, a liberdade e a independência dos Estados Unidos”.[24]

O ex-presidente da Sears Roebuck & Co., general Robert E. Wood, e o professor de direito da Universidade de Notre Dame, Clarence E. Manion, foram os fundadores da For America. Outros membros incluíam o editor do Chicago Tribune, Roger McCormick, um veemente opositor do New Deal, e Frank Chodorov, editor do periódico mensal Analysis e autor do que se tornaria um texto libertário clássico, The Income Tax: Root of All Evil, lançado em 1952.[25] O mais interessante sobre For America é que, dez anos depois, Clarence Manion tornou-se a força motriz que persuadiu Barry Goldwater a concorrer à presidência; e Goldwater então contou com a ajuda de Robert Wood.

No geral, em sua firme defesa da liberdade econômica, do padrão-ouro e do não-intervencionismo, Howard Buffett foi um membro exemplar da Velha Direita.

 

 

 

Artigo original aqui

______________________________________

Notas

[1] Pai do superinvestidor e bilionário Warren Buffett.

[2]Republicano Prepara Discurso Admitindo Derrota; Venc a Eleição“, The Atlanta Constitution, 6 de novembro de 1942.

[3] Arthur Evans, “Nebraska Again Is Expected to Go Republican: Anti-New Deal Tide at Its Crest There“, Chicago Daily Tribune, 22 de setembro de 1944.

[4] The Wall Street Journal – Washington Bureau,O congressista exige que as audiências de controle de preços sejam iniciadas imediatamente: o deputado Buffett diz que a DAP criou ‘caos social’ quer ação antes do empréstimo britânico“, 21 de janeiro de 1946.

[5] É importante distinguir entre “insuficiência” e “escassez”. Ver George Reisman, The Government Against the Economy (Ottawa, Illinois: Jameson Books, 1979) pp. 63-64.

[6] Para mais, veja Ludwig von Mises, Ação Humana – Um Tratado de Economia (San Francisco: Fox & Wilkes, 1996) pp. 758-767.

[7]Mortality of Small Business under OPA“, Chicago Daily Tribune, 12 de julho de 1945. Além de falir, as empresas que lutam contra os controles de preços também procuram evitá-los. Uma maneira é fabricar um produto inferior, mudando para ingredientes de qualidade inferior, mas vendê-lo como o mesmo. Até hoje, minha avó reclama da diferença de sabor entre as barras Hersey pré e pós-Segunda Guerra Mundial.

Outro método é chamado de “venda vinculada”: o professor da Universidade Rutgers, Hugh Rockoff, deu o exemplo de que, para “comprar farinha de trigo pelo preço oficial durante a Primeira Guerra Mundial, os consumidores eram frequentemente obrigados a comprar quantidades indesejadas de farinha de centeio ou batata”. Ver Hugh Rockoff, “Price Controls“, The Concise Encyclopedia of Economics (Library of Economics and Liberty, 2008).

[8]A Food Independent tem volume de vendas: o líder do grupo de mercearias coloca a porcentagem nacional em quase dois terços“, New York Times, 24 de junho de 1952.

[9] Drew Pearson, “Don’t Reelet’ List Given Voters“, The Washington Post, 26 de outubro de 1948.

[10] Ao definir o padrão-ouro, Murray Rothbard acrescentou uma ressalva importante:

         Quando [os Estados Unidos] estavam “no padrão-ouro” antes de 1933, as pessoas gostavam de dizer que o “preço do ouro” era “fixado em vinte dólares por onça de ouro”. Mas essa era uma maneira perigosamente enganosa de olhar para o nosso dinheiro. Na verdade, “o dólar” foi definido como o nome de (aproximadamente) 1/20 de uma onça de ouro.

Murray Rothbard,  O que o governo fez com o nosso dinheiro? (Auburn, Alabama: The Ludwig von Mises Institute, 2005), p. 19.

[11] Ibid.

[12] Howard Buffett, “Human Freedom Rests on Gold Redeemable Money”, The Commercial and Financial Chronicle, 6 de maio de 1948 (New York: Foundation for the Advancement of Monetary Education) p. 3.

[13] William Henry Chamberlin, “Sombra e substância: um dólar estável é infinitamente mais importante do que a política de dinheiro barato, cuja principal vítima é o poupador“, Wall Street Journal, 10 de abril de 1951, p. 6.

[14] Para mais, veja Amity Shlaes, The Forgotten Man: A New History of the Great Depression (Nova York: HarperCollins, 2007).

[15] Howard Buffett, “A liberdade humana repousa sobre o dinheiro resgatável de ouro”.

[16]Buffett’s Buffeting“, The Washington Post, 29 de outubro de 1951.

[17] Este termo está entre os exemplos mais flagrantes de eufemismos de estado. Isso levou os velhos direitistas como HL Mencken à loucura, embora talvez George Orwell tenha colocado isso melhor em seu ensaio de 1946 “Politics and the English Language”:

Essa fraseologia é necessária se alguém quiser nomear as coisas sem evocar imagens mentais delas.

[18] Albert Bofman, “Voice of the People: An Uninformed Expert“, Chicago Daily Tribune, 17 de julho de 1953.

[19] É interessante notar a escolha da palavra “extremismo” aqui, tendo em mente que foi exatamente como a imprensa posteriormente rotulou Goldwater durante as eleições de 1964.

[20]Buffett’s Buffeting“.

[21] Samuel H. Williamson, “Six Ways to Compute the Relative Value of a US Dollar Amount, 1790 to Present“, Measuring Worth, 2009.

[22]Formula for War“, Chicago Daily Tribune, 27 de fevereiro de 1952.

[23]Representante do Nebraska Buffett não buscará a reeleição“, The Washington Post, 24 de novembro de 1951.

[24]43 Cidadãos Proeminentes Juntam-se ao Grupo de Política da América“, Chicago Daily Tribune, 14 de novembro de 1954.

[25] Para uma breve visão geral da vida de Chodorov, veja Murray Rothbard, “Who is Frank Chodorov,” (Auburn, Alabama: The Ludwig von Mises Institute).

Noah M. Clarke
Noah M. Clarke
é estudante de doutorado em economia na Universidade Rei Juan Carlos, Madri, Espanha.
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1 COMENTÁRIO

  1. A única coisa que eu admiro no socialista – fundamentalistas não são o meu método de análise, foi que segundo eu li na sua biografia “A bola de neve: Warren Buffett e o negócio da vida”, foi que que o camarada Warren jamais perturbou o pai com suas idéias políticas de esquerda, como muitos fazem por aí. Foi somente após a morte do pai é que ele se sentiu livre para a sua pregração. O Warren não tinha medo do pai, mas respeito.

    “Não demorou muito para que ele discordasse de uma criação dos tempos de guerra em particular: o Departamento de Administração de Preços (DAP)”

    O famigerado Office of Price Administration. Neste caso, a frase “dizes com quem tu anda e te direi quem tu és” faz todo o setido. Quem trabalhava no mesmo DAP e gostava muito do que fazia era o comunista radical e popular autor de livros de “economia” John Kenneth Galbraith. Eu tinha praticamente todos os livros dele durante a faculdade de economia. Depois que conheci Mises, dei todos os livros, à excessão de dois: “A era da incerteza” e o “Novo estado Industrial”.

    “um declínio constante na produção de manteiga”
    É patético. Na trilogia do Evans sobre a Alemanha nazista ele relata o mesmo declínio da manteiga até o virtual desaparecimento. E depois essas marias socialistas entram em pânico quando alguém diz para elas que o nazismo foi uma ideologia de esquerda…

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