Znamya Truda, um time de futebol profissional russo, anunciou que Ivan Zaborovsky, goleiro do time, passou por tratamento intensivo após ser atingido por um raio durante o treinamento.
Pessoas sendo seriamente feridas ou mortas por raios são raras. Nos EUA, o Serviço Nacional de Meteorologia do governo dos Estados Unidos retransmite que, nos dez anos de 2009 a 2018, houve uma média de 27 mortes e 243 lesões estimadas a cada ano por raios em todo o país. Embora o risco de um indivíduo ser atingido por um raio seja real, ele também é bastante pequeno. O Serviço Nacional de Meteorologia estabelece a probabilidade da seguinte maneira: uma em 1.222.000 de chances de ser atingida por um raio em um determinado ano e uma em 15.300 de chance de ser atingida na vida de alguém. Já o Brasil é recordista mundial de descargas elétricas: são 77,8 milhões todos os anos, e 300 atingem pessoas.
Um atleta profissional como Zaborovsky sendo ferido por um raio é uma ocorrência muito incomum. Por outro lado, temos ouvido regularmente atletas profissionais de quase todos os esportes com testes positivos para coronavírus. Na NBA, por exemplo, 25 jogadores, cerca de sete por cento dos jogadores da NBA, testaram positivo para coronavírus nas últimas duas semanas. Muitos atletas de outras ligas esportivas profissionais também tiveram resultados positivos. Outros jogadores profissionais de esportes certamente tiveram coronavírus, mas nunca foram testados porque não apresentaram nenhum problema de saúde ou apenas problemas muito leves na época.
Onde estão as muitas hospitalizações em UTIs e mortes entre esses atletas que tiveram coronavírus? Não estamos vendo nada disso. Isso faz sentido, uma vez que o coronavírus tende a não ser uma grande ameaça para as pessoas, quanto mais saudáveis e jovens elas são. Para muitos atletas de ponta na faixa dos 20 e 30 anos, pode fazer mais sentido se preocupar em ser atingido por um raio do que em ter coronavírus. E, para os competidores de esportes ao ar livre, a ameaça de um raio pode estar bem acima da experimentada pela pessoa comum. Muitos atletas profissionais, avaliando os riscos, podem achar que é uma decisão melhor se abrigar por causa de uma tempestade do que evitar praticar e competir em seus esportes por um longo período por causa de preocupações com o coronavírus.
Pode ser uma chatice para jogadores profissionais de esportes permanecerem em ambientes fechados de vez em quando por alguns minutos a algumas horas para garantir que não sejam atingidos por raios. Muitos deles podem achar isso excessivamente cauteloso, especialmente se os impedir de fazer algo que consideram particularmente importante ou desejável. Em comparação, os jogadores podem ver a eliminação de sua capacidade de competir por grande parte de seu auge atlético no ano – impedidos de usar e desenvolver as habilidades que passaram suas vidas desenvolvendo – como uma tragédia, especialmente quando essa restrição é imposta devido a uma doença que não representa praticamente nenhuma ameaça para sua saúde. (taxa de mortalidade para pessoas abaixo dos 45 anos é quase 0%)
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Está correto! Existem vários casos relatados de atletas em campos de futebol atingidos por raios e mortos no Brasil.