Na última década aproximadamente, tem havido um esforço conjunto de alguns economistas mais ou menos próximos da escola austríaca para negar o papel central de Rothbard no renascimento moderno da economia austríaca e para menosprezar sua posição de principal proponente do paradigma misesiano. Em resposta, forneci o que acredito ser evidência textual convincente de que o próprio Mises, bem como alguns de seus seguidores mais próximos, consideravam Rothbard o herdeiro intelectual mais proeminente de Mises (aqui, aqui e aqui). Surge agora dos arquivos de Rothbard um pequeno tesouro que corrobora a evidência aduzida nos meus posts anteriores. Ele vem na forma de uma inscrição concisa e charmosa na cópia de Rothbard da terceira edição do Ação Humana, dizendo:
Para Murray N. Rothbard, pioneiro da análise praxeológica, com meus melhores votos. Dois de março de 1967.
“Pioneiro da análise praxeológica” – considerando a conhecida inibição de Mises em fazer elogios aos seus companheiros economistas, isto é uma grande homenagem sem dúvida e combina perfeitamente com as considerações de Mises sobre a obra de Rothbard em sua carta defendendo a praxeologia contra o positivista francês Louis Rougier, que citei em um post anterior:
A prova do bolo está no comer. Só posso me referir à exposição sistemática de toda a doutrina da praxeologia em meu livro Ação Humana e, atualmente, no brilhante livro de um homem mais jovem, Murray N. Rothbard, Man, Economy and State. . . . .Mas, por favor, primeiro leia o livro de Rothbard. É muito interessante também do ponto de vista epistemológico.
Tradução de Fernando Chiocca
Artigo original aqui.