O capitalismo é um sistema pacífico de colaboração entre produtores e consumidores, funcionando conforme as necessidades e os desejos das pessoas em geral, mas respeitando o direito à propriedade de cada uma delas.
A origem da civilização humana remonta ao estabelecimento do direito à propriedade. Com ele, indivíduos podiam possuir terra, capital e bens, trocando-os uns com os outros conforme suas necessidades e seus interesses. Essa atividade econômica é denominada de “mercado”. Isso não significa necessariamente que ela ocorre em um mercado físico; significa apenas que bens e serviços são trocados voluntariamente.
O direito pleno à propriedade sempre esteve limitado àqueles no poder. Por exemplo, um rei, em última instância, tinha controle sobre aqueles que viviam em suas jurisdições. Se ele quisesse beterraba, os agricultores deviam produzir beterrabas. Se ele quisesse ferraduras, os ferreiros deviam fabricar ferraduras. As pessoas comuns podiam realizar trocas entre si, mas aqueles no poder podiam determinar o que seria produzido caso assim o desejassem, punindo os que resistissem. Até hoje, as coisas são assim.
Capitalismo não é isso.
Capitalismo é simplesmente um sistema em que nosso direito natural à propriedade é respeitado e em que, portanto, todas as trocas econômicas são feitas de forma voluntária. Em outras palavras, o livre-mercado.
Sob o capitalismo, até mesmo as pessoas mais vulneráveis da sociedade têm direito absoluto aos frutos de seu trabalho. O capitalismo não garante igualdade de propriedade, mas elimina o direito de qualquer outra pessoa violá-la.
O capitalismo permite que os consumidores – e não aqueles no poder – influenciem o que vai ser produzido na economia. Isso ocorre graças ao sistema de preços e ao lucro. Se houver um número suficiente de pessoas demandando um bem e ele puder ser vendido por um preço maior do que o seu custo, isso significa que a sua produção é lucrativa e ela é incentivada.
Algumas das pessoas mais ricas do mundo hoje ganharam dinheiro agradando não aos ricos, mas às massas. O modelo de negócios do Walmart, por exemplo, é voltado para a venda de bens o mais barato possível para o maior número possível de pessoas.
Críticos do capitalismo tentam rotulá-lo como algo ganancioso. Isso é falso. Ganância e inveja são vícios humanos e existem em qualquer sistema econômico. O que o capitalismo faz é incentivar a produção de bens e serviços conforme o desejo das pessoas em geral, em vez de deixar tais decisões nas mãos de indivíduos poderosos.
Ao longo da história humana, quanto mais respeitado foi o direito à propriedade, mais pessoas saíram da pobreza. Em qualquer lugar do mundo, direito à propriedade e liberdade econômica estão correlacionados com aumento da qualidade de vida, saúde e expectativa de vida.
O capitalismo é um sistema pacífico de colaboração entre produtores e consumidores, funcionando conforme as necessidades e os desejos das pessoas em geral, mas respeitando o direito à propriedade de cada uma delas.
Já o estado é uma entidade ilegítima, coercitiva, que parasita as relações capitalistas. Quando o estado interfere e impõe taxas e regulações aos produtores e consumidores, ele viola o direito à propriedade e distorce todas as atividades econômicas. Em um sistema verdadeiramente capitalista, o estado não tem vez. Assim, o capitalismo é essencialmente anárquico.
Como bem disse Murray Rothbard: “O capitalismo é a expressão mais completa da anarquia, e a anarquia é a expressão mais completa do capitalismo. Não apenas eles são compatíveis, como não é possível ter um sem o outro. A verdadeira anarquia é o capitalismo, e o verdadeiro capitalismo é a anarquia.”
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Este vídeo é uma adaptação do artigo “What Is Capitalism?”, publicado pelo Mises Institute série “Economics for Beginners“.
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Produzido e narrado por Marco Batalha.